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Papa pede que Polônia acolha refugiados

27 de julho de 2016

Em seu primeiro discurso no país, Franciso cobra do governo polonês que faça mais por "aqueles que fogem da guerra e da fome". Em contraste com outras nações, Polônia se nega a acolher número elevado de refugiados.

O papa Francisco e o presidente da Polônia, Andrzej Duda, durante encontro em CracóviaFoto: picture alliance/dpa/P. Supernak

O papa Francisco chegou nesta quarta-feira (27/07) à Polônia e pediu ao governo do país para se mostrar disposto a receber "aqueles que fogem da guerra e da fome", no seu primeiro discurso em Cracóvia, perante autoridades polonesas, no Castelo Real de Wawel.

Leia também: "O mundo está em guerra, mas não religiosa", diz o papa

Francisco ficará na cidade polonesa até o próximo domingo para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016 e, em seu primeiro ato, foi ao Castelo Real para uma reunião com o presidente polonês, Andrzej Duda.

O pontífice pediu aos governantes para que evitem a emigração de seus compatriotas, mas também se abram aos refugiados. "Deve-se identificar as causas da emigração na Polônia, facilitando o retorno daqueles que desejam, mas, ao mesmo tempo, é preciso haver disposição para receber os que fogem da guerra e da fome, solidariedade com os que estão sendo privados de seus direitos universais, inclusive exercer, livremente e com segurança, sua própria fé", afirmou.

Em contraste com outros países europeus, a Polônia se nega a acolher um número elevado de refugiados vindos de regiões em crise, como Síria, Iraque e Afeganistão.

Francisco pediu aos governantes "colaborações e sinergias internacionais para encontrar soluções para os conflitos e guerras, que obrigam muitas pessoas a deixar suas famílias e sua pátria".

A figura de São João Paulo 2º foi a primeira citada por Francisco, ao explicar que o papa polonês foi o promotor da Jornada Mundial da Juventude e que sempre destacava a história dos povos para "ressaltar sua humanidade e espiritualidade".

Andrzej Duda: "O mundo necessita de valores e fé"

Em seu discurso de boas-vindas, o presidente polonês disse que "o mundo está necessitado dos valores e da fé que o pontífice encarna".

"Fico feliz que este encontro se desenvolva na cidade de João Paulo 2º, o local de onde decidiu servir como chefe espiritual do mundo", destacou Duda. O chefe do Estado polonês lembrou em várias ocasiões a figura de Karol Wojtyla, o precursor da Jornada Mundial da Juventude.

Duda também citou a visita de João Paulo 2º a Varsóvia em 1979, "quando pronunciou palavras que ficaram para a história: que o Espírito desça e renove a face da Terra".

"No ano de 1979, essas palavras anteciparam a mudança política que a Polônia viveu posteriormente, quando as autoridades que eram inimigas da fé, que assassinavam e perseguiam os sacerdotes, foram embora, e os poloneses recuperaram a liberdade", acrescentou.

PV/efe/ap

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