Após audiência, chanceler alemã disse ter sido encorajada pelo pontífice para continuar lutando pelo cumprimento de acordos internacionais, pela defesa de um mundo sem muros e pela proteção do meio ambiente.
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O papa Francisco recebeu neste sábado (17/06) no Vaticano a chanceler federal alemã, Angela Merkel. Os dois líderes afirmaram que concordam como a necessidade da defesa de um mundo multilateral, da proteção do meio ambiente e em impulsionar o desenvolvimento da África.
Depois do encontro, que durou 38 minutos, Merkel falou aos jornalistas que ela e o pontífice estão em sintonia na ideia de um mundo multilateral "sem muros", que respeite os acordos internacionais e que proteja o meio ambiente.
Eles também discutiram, segundo Merkel, a proteção do meio ambiente e o Acordo de Paris sobre o clima, sublinhando ser uma "lástima" a decisão do presidente americano, Donald Trump, de abandonar o pacto internacional sobre o combate às alterações climáticas.
Angela Merkel disse que o papa está "bastante de acordo" sobre estas questões e que eles falaram sobre a defesa de tratados internacionais e a agenda da cúpula do G20, que será sediada em Hamburgo, na Alemanha, entre 7 e 8 de julho. Ela afirmou que o pontífice "elogiou bastante" o fato de que o futuro da África neste ano seja um dos focos do encontro. "Ele me encorajou a continuar nesse caminho e também a continuar lutando por acordos internacionais como, por exemplo, o Acordo de Paris", afirmou a líder alemã.
Merkel chegou ao Vaticano acompanhada do marido, Joachim Sauer, e foram recebidos pelo prefeito da Casa Pontifícia, o também alemão Georg Ganswein.
A chanceler alemã, filha de um pastor luterano, se encontrou em audiência privada com o papa na biblioteca do Palácio Apostólico.
O papa também expressou os seus pêsames pela morte do ex-chanceler alemão Helmut Kohl, na sexta-feira, aos 87 anos.
Angela Merkel se encontrou também com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e posteriormente visitou o cemitério alemão situado ao lado da basílica de São Pedro e onde se encontra um centro cultural dedicado ao papa emérito Bento 16.
MD/efe/afp/lusa
Mulheres no poder
A maioria dos 193 países nas Nações Unidas é governada por homens. Mulheres à frente de uma nação são raras. Mas há exceções. Algumas são bem conhecidas; outras, nem tanto.
Foto: Reuters/Y. Herman
Angela Merkel
Eleita chanceler federal da Alemanha em 2005, foi a primeira mulher a chefiar um governo alemão. Com 62 anos de idade, cumpre seu terceiro mandato e concorre ao quarto nas eleições de setembro próximo. Muitos consideram Merkel a mulher mais poderosa do mundo. Em 2015, a revista americana "Time" escolheu a filha de pastor protestante a "Personalidade do Ano".
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Theresa May
É a segunda primeira-ministra britânica, após Margaret Thatcher, que governou o país na década de 1980. A ex-ministra do Interior, de 60 anos, mudou-se para Downing Street pouco depois do referendo pela saída do Reino Unido da União Europeia, em julho de 2016. Agora ela enfrenta a difícil tarefa de negociar a saída de seu país do bloco.
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Beata Szydlo
A terceira mulher na chefia do governo polonês está há quase um ano no cargo. Em seu primeiro discurso diante do Parlamento, a política do partido conservador Direito e Justiça (PiS) disse ser uma prioridade do governo "garantir a segurança da Polônia e contribuir para a segurança da UE". Beata Szydlo, da 54 anos, é católica devota.
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Tsai Ing-wen
Tsai Ing-wen é a primeira mulher presidente de Taiwan. Por causa de suas críticas à China, após sua posse, em maio último, Pequim congelou as relações com Taiwan. A China é irredutível na posição de que Taiwan, um estreito aliado dos Estados Unidos, algum dia se tornará independente. Tsai Ing-wen assegura que não vai "ceder a qualquer pressão" na questão da soberania.
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Ellen Johnson Sirleaf
A política hoje com 78 anos foi a primeira líder democraticamente eleita, em 2006, não só na Libéria, mas em todo o continente africano. Em 2011, ela e outras duas ativistas da Libéria e do Iêmen receberam o Prêmio Nobel da Paz "por sua luta pacífica pela segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres à plena participação no trabalho para garantir a paz".
Foto: Reuters/N. Kharmis
Dalia Grybauskaitė
Dalia Grybauskaitėist é a primeira chefe de governo da Lituânia. Da mesma forma como a ex-premiê Thatcher, Grybauskaitė muitas vezes é chamada "dama de ferro". Antes de ser eleita para o governo da Lituânia em 2009, e ser reeleita em 2014, ela conquistou a faixa preta em caratê, ocupou diversos postos no governo de seu país e foi comissária de Programação Financeira e Orçamento da União Europeia.
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Erna Solberg
A Noruega é governada pela segunda mulher, depois de Gro Harlem Brundtland, nos anos 1980 e 1990. Erna Solberg, que tem 56 anos, tornou-se primeira-ministra em 2013. Por causa de sua rígida posição em relação à política de asilo, ela também é chamada "Erna de ferro".
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Saara Kuugongelwa-Amadhila
Ao assumir, em 2015, a política hoje com 49 anos foi a primeira mulher na chefia do governo da Namíbia. Ainda jovem, ela havia se exilado em Serra Leoa. Mais tarde, estudou Economia nos Estados Unidos. Em 1994, ela retornou à Namíbia e iniciou a carreira política.
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Michelle Bachelet
No atual mandato, Michelle Bachelet é presidente do Chile desde 2014, mas ela também já esteve neste cargo de 2006 a 2010, quando foi a primeira mulher a ocupar a chefia do governo chileno. Durante a ditadura chilena, ela esteve presa e foi torturada. Mais tarde, viveu no exílio na Austrália e na então Alemanha Oriental, onde estudou Medicina.
Foto: Getty Images/AFP/C. Reyes
Hasina Wajed
Em 2016, a primeira-ministra de Bangladesh esteve na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a revista "Forbes". Hasina Wajed, de 69 anos, governa o oitavo maior país do mundo em número de população – 162 milhões de habitantes – desde 2009. Ela está na política há várias décadas.
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Kolinda Grabar-Kitarovic
Em 2015, foi eleita presidente da Croácia, tornando-se a primeira mulher neste cargo no país. A política de 49 anos já havia ocupado outros postos no governo de seu país e representou a Croácia como embaixadora em Washington. Grabar-Kitarovic também foi a primeira mulher a ser secretária-geral adjunta para a Diplomacia Pública na Otan.