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Paraíso tropical no Leste alemão

(lk)18 de dezembro de 2004

O hangar em que a fracassada CargoLifter queria reativar a produção de zepelins abriga agora um parque tropical, que está sendo inaugurado neste fim de semana. Investidor asiático aplicou 70 milhões de euros no projeto.

O parque Tropical IslandsFoto: dpa Zentralbild

"Quem quiser passar pela experiência de uma floresta tropical não vai mais precisar pegar o avião para uma longa viagem. É muito mais fácil vir de carro até aqui, em Brand", anuncia Colin Au. O investidor da Malásia conhece a predileção dos alemães pelo sol e o calor e conta com 2,5 a 3 milhões de visitantes por ano no parque temático que criou na cidadezinha situada 50 quilômetros a sudeste de Berlim e que batizou de Tropical Islands.

Nas instalações cobertas, de 107 metros de altura e 66 mil metros quadrados, caberiam até os arranha-céus da praça Potsdamer Platz, da capital alemã. Espaço suficiente para abrigar 8000 visitantes ao mesmo tempo que, a temperaturas entre 25 e 35 graus centígrados com 60 por cento de umidade no ar e água a 32 graus, vão poder se sentir em plenos Mares do Sul, no Pacífico.

Milhares de plantas tropicais

Foto: dpa Zentralbild

Tomar banho de sol numa das 850 cadeiras dispostas numa praia artificial. Nadar nos 4000 metros quadrados de superfície aquática. Caminhar pela floresta úmida que abriga milhares de plantas de 500 diferentes espécies e palmeiras de até 14 metros de altura. Visitar as aldeias que imitam povoados do Congo, de Bornéu ou do Amazonas. Almoçar ou jantar num dos restaurantes que oferecem lugar a até 3000 pessoas. São muitos os superlativos deste projeto que custou ao multimilionário Colin Au, que vive em Cingapura, e ao consórcio malaísio Tanjong PLC 70 milhões de euros.

Após a inauguração na noite deste sábado (18/12), com a participação do governador do Estado de Brandemburgo, Matthias Platzeck, tudo isto estará à disposição dos visitantes, que pagarão nos dias úteis 15 euros por uma permanência de quatro horas e, nos fins de semana, cerca de 20 euros. Fazem parte da oferta: shows, festas, esportes e ioga, bem como projeções simulando o nascer e o pôr-do-sol. O investidor acredita que dentro de um ano os investimentos estarão amortizados e o parque começará a dar lucro.

Otimismo não generalizado

Foto: dpa Zentralbild

O Tropical Islands foi levantado por 400 operários no tempo recorde de oito meses, no gigantesco hangar desocupado que abrigou no passado os sonhos da empresa CargoLifter de reativar a produção de zepelins. O projeto, subsidiado pelos cofres públicos, fracassou em 2002, um choque para uma região castigada por problemas de infra-estrutura e uma taxa de desemprego de 20 por cento.

O governo de Brandemburgo deposita esperanças no novo parque tropical, que começa a funcionar com 375 funcionários. Mas há também os críticos, que acusam o parque de um consumo exagerado de energia. E os céticos, que duvidam da rentabilidade do projeto. A população, escaldada, teme antes de mais nada uma nova decepção, como no caso da CargoLifter.

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