Enquanto moscas têm as células reprodutivas masculinas várias vezes maiores que o próprio corpo, as de elefantes são comparáveis às dos humanos. Ou seja, tudo depende do porte do animal, diz estudo.
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O tamanho dos órgãos reprodutivos femininos determina se os machos produzem grandes quantidades de espermatozoides pequenos ou pequenas quantidades de espermatozoides maiores, aponta uma nova pesquisa realizada nas universidades de Estocolmo e Zurique e publicada na revista científica Proceedings B nesta quarta-feira (18/11).
O estudo, que analisou amostras de esperma de cem espécies de mamíferos, explica por que o tamanho do espermatozoide está relacionado ao tamanho dos animais.
"Em espécies cujo aparelho reprodutor feminino é realmente grande, como nos elefantes, o esperma ejaculado fica muito diluído ao entrar nesse órgão", explica Sean Fitzpatrick, pesquisador da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e um dos autores do estudo.
°Assim, o esperma se perde lá dentro. Os espermatozoides não conseguem encontrar o caminho para os óvulos. Ou eles são tantos que precisam dar um jeito de chegar ao destino final. Nesses casos, vale a pena produzir muito esperma", diz o cientista à DW.
Por outro lado, nas espécies menores, há menos diluição de esperma e, com isso, mais facilidade de chegar ao óvulo. No entanto, se as fêmeas cruzam com mais de um macho, as células reprodutivas masculinas correm o risco de ser "abatidas" por outras. Nesses casos, vale a pena produzir grandes espermatozoides, que terão sucesso na corrida pela vida, diz o estudo.
A concorrência também é um problema entre as espécies maiores de mamíferos, mas os canais do aparelho reprodutivo dessas fêmeas são tão grandes que o tamanho dos espermatozoides realmente não importa. Nesse caso, se trata mais de encontrar força na quantidade.
Fitzpatrick compara o órgão sexual feminino a um campo de futebol, onde os jogadores são os espermatozoides. "Se o campo for enorme, há menos chance de interação entre os jogadores. Mas se o campo for pequeno, é mais provável que eles interajam fisicamente uns com os outros, enquanto se movem em direção ao gol."
O espermatozoide das moscas drosófilas, por exemplo, pode chegar a seis centímetros quando esticado de uma ponta a outra. Ou seja, é muitas vezes maior que o próprio animal, que mede entre 1 e 2 milímetros. Como a célula se enrola, consegue entrar no canal reprodutivo da fêmea para, então, tentar combater seus adversários.
Entre os mamíferos, o camundongo (espécie Mus musculus) é o animal com o espermatozoide mais longo em relação a seu peso corporal; e o elefante asiático (espécie Elephas maximus) é o que possui o mais curto, sendo semelhante ao tamanho do espermatozoide humano.
Os peixes mais curiosos do mundo
Há cerca de 30 mil espécies de peixes. Algumas delas são de cair o queixo, capazes de façanhas como se camuflar, dar choque ou inflar o próprio corpo.
Foto: imago/Olaf Wagner
Poraquê
O poraquê não é uma enguia, mas uma espécie de peixe-elétrico. Ele é capaz de gerar descargas elétricas elevadas, suficientes para matar até um cavalo. Mas geralmente o animal usa sua arma para caçar pequenos peixes. Pesquisadores descobriram recentemente que, ao mesmo tempo, ele usa seu poder de produzir descarga elétrica para localizar presas, como fazem os morcegos com seu sonar.
Foto: imago/Olaf Wagner
Peixe-arqueiro
Este animal vive em mangues e tem outro truque curioso para matar sua presa: ele cospe um jato de água em direção ao ar. Os insetos atingidos caem na água, e o peixe-arqueiro obtém, assim, o seu almoço. Os maiores exemplares chegam a cuspir a até dois ou três metros de distância.
Esse peixe, da família uroscopidae, se esconde na areia e espera que sua presa passe por cima de sua cabeça. Então, ele se atira, rápido como um raio, sobre a vítima e saboreia a comida. Ele tem uma cabeça grande, com uma boca grande, voltada para cima. Quem encontrar esse bicho na natureza tem que ter cuidado, pois ele é venenoso.
Foto: picture-alliance / OKAPIA KG
Peixe-pedra
Venenoso e bom de camuflagem. O peixe-pedra é especialista em ambas as modalidades. Se parece a uma pedra cheia de algas, mas quem pisa em cima, sente seus espinhos venenosos. O veneno causa muita dor e pode matar uma pessoa.
Foto: gemeinfrei
Baiacu
Ele tem uma espécie de estômago de borracha, que pode encher rapidamente com uma grande quantidade de água, quando se sente ameaçado, se tornando maior e redondo. Mas ele também produz o veneno tetrodotoxina, que pode matar uma pessoa rapidamente, mesmo em pequena quantidade. Apesar disso, no Japão, o peixe é uma iguaria – contanto que o cozinheiro saiba como prepará-lo.
Foto: picture alliance/Arco Images
Peixe-pescador
O peixe-pescador atrai a presa com uma espécie de isca, que traz sobre a cabeça. Esta isca até chega a emitir uma luz, despertando a curiosidade da presa. Quando a vítima se aproxima, acaba sendo abocanhada pelo predador. Essa espécie habita quase todos os mares – até mesmo as zonas mais profundas.
Foto: Flickr/Stephen Childs
Peixe-víbora
Para quem procura criaturas bizarras, o fundo do mar é o lugar certo. Com um clima dominado por alta pressão, quase ausência de luz e comida escassa, os animais têm de se adaptar. O peixe-víbora, de até 35 centímetros de comprimento, tem aparência assustadora, com sua boca grande e dentes afiados.
Foto: picture-alliance/dpa
Linguado
O linguado é chato e se camufla extremamente bem, se enterrando na areia do fundo do mar. Quando um pequeno linguado vai se desenvolvendo, seu olho migra através da cabeça até o outro lado, de modo que ambos os olhos fiquem numa só face do peixe.
Foto: picture-alliance/dpa/H.Bäsemann
Cavalo-marinho
Quando falamos de espécies estranhas de peixes, também temos de mencionar este tipo aqui, mesmo que ele se pareça tão doce. O cavalo-marinho é uma das poucas espécies que nadam na vertical. Mas isso não funciona bem, fazendo dele um mau nadador. Os machos carregam os ovos fertilizados e dão à luz os filhotes.
Foto: picture-alliance/ dpa
Saltador do lodo
Este ser parece não ter conseguido se decidir se prefere a água ou a terra e optou por ambos. Ele vive nos manguezais ou, como o nome sugere, no lodo. Suas barbatanas peitorais são bastante fortes, de modo que consegue, assim, se mover na terra. Ele respira através da pele, assim como fazem os anfíbios. Mas ele é, claramente, um peixe.
Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP
Tubarão-martelo
Quem diria que esta forma da cabeça não é estranha? Pesquisadores acreditam que a cabeça achatada para os lados, com um olho em cada ponta, possibilite uma melhor visão panorâmica. Assim, o tubarão-martelo consegue ver mais.