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Paradas do "Pokemón Go" são removidas de Hiroshima

6 de agosto de 2016

As chamadas "pokestops", assim como ginásios e pokémons, são retirados do Parque da Paz, marco zero do ataque nuclear que devastou a cidade japonesa há exatos 71 anos.

Pokémon Go
Foto: picture alliance/dpa/P. Steffen

Ginásios, "pokestops" e criaturas do jogo Pokémon Go foram retirados do Parque da Paz de Hiroshima, no Japão, que presta homenagem às vítimas da bomba atômica que devastou a localidade. O ataque completa 71 anos neste sábado (06/08).

As autoridades da cidade japonesa haviam pedido na semana passada à Niantic, parceira da Nintendo e da Pokémon Company na criação do jogo, que removesse os itens do aplicativo do marco zero do primeiro ataque nuclear da história. As paradas e ginásios estavam atraindo um elevando número de jogadores, algo considerado inadequado para o lugar.

"Estamos muito agradecidos", disse um membro do governo local em entrevista à agência Kyodo, que revelou que a divisão japonesa da Niantic informou sobre a mudança.

As autoridades haviam pedido que a remoção fosse feita antes deste sábado, quando cerca de 50 mil pessoas participaram de uma cerimônia no Parque da Paz em memória do ataque nuclear.

Cerca de 30 localizações do parque apareciam destacadas no jogo como "pokestops" e outras três como ginásios, entre elas o Genbaku Domu – a cúpula que ficou de pé após a tragédia e que foi preservada como símbolo da devastação atômica.

Japão em alerta

O governo de Nagasaki – alvo de uma bomba atômica três dias depois de Hiroshima, em 9 de agosto de 1945 – também pediu a remoção dos itens do jogo do Parque da Paz da cidade. A bomba que caiu sobre Hiroshima matou 140 mil pessoas, e a de Nagasaki, mais de 70 mil.

A Corte Suprema do Japão também pediu que Pokémons sejam removidos de seus 486 tribunais, assim como a proprietária da usina nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power. A companhia elétrica fez a solicitação após detectar a presença de uma das criaturas virtuais em uma de suas plantas, onde quer evitar que ocorram invasões como a de três adolescentes que entraram numa usina nuclear de Ohio, no EUA, em busca de Pokémons.

Na semana passada, os criadores do Pokémon Go haviam afirmado que estavam trabalhando para remover do jogo lugares do mundo real que não desejam aparecer no aplicativo.

"Estamos analisando característica do jogo e como afiná-las para que elas sejam atraentes ara os fãs, mas também respeitem as instituições que são afetadas por elas", disse J.C. Smith, diretor de marketing da Pokémon Company.

O aplicativo Pokémon Go, que já conta com mais de 75 milhões de downloads nos mais de 35 países em que está disponível, estreou em julho e chegou ao Japão no último dia 22. No Brasil, o jogo foi lançado na última quarta-feira.

LPF/efe/lusa/ap

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