Aumentam, entre os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), as exigências de que a Alemanha envie soldados para o sul do Afeganistão. Num encontro dos ministros da Defesa dos países-membros da aliança transatlântica em Vilnius, capital da Lituânia, além dos Estados Unidos e do Reino Unido, também o Canadá, a Holanda e a Lituânia pediram maior engajamento dos parceiros no sul afegão, a região do país em que ocorrem os maiores confrontos com os talibãs. O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, conclamou os aliados a uma flexibilidade máxima.

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, rechaçou as advertências do secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, de uma cisão da aliança. Em sua opinião, não faz sentido classificar as regiões em que cada país atua segundo categorias de risco e ficar fazendo com que as tropas se movimentem de um lado para outro dentro do Afeganistão, disse Merkel em Berlim. A chefe de governo voltou a acentuar que a Alemanha assumiu grande responsabilidade no norte do país.

Tema central do encontro informal em Vilnius foi a futura estratégia da Otan no Afeganistão. Os Estados Unidos pretendem apresentar planos concretos aos parceiros a esse respeito numa reunião de cúpula da aliança em Bucareste, no início de abril. (lk)