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Parentes de passageiros do voo MH370 ameaçam entrar em greve de fome

18 de março de 2014

Familiares dos passageiros chineses, que eram dois terços das 239 pessoas a bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines, exigem informações mais claras das autoridades malaias.

Foto: Reuters

Parentes chineses de passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 8 de março, cobraram nesta terça-feira (18/03) das autoridades malaias informações mais detalhadas sobre o paradeiro do Boeing 777, ameaçando entrar em greve de fome caso o pedido não seja atendido.

Pelo menos dois terços das 239 pessoas a bordo do avião, que voava de Kuala Lumpur a Pequim, eram chinesas e, dez dias depois do sumiço da aeronave, familiares dos passageiros ainda aguardam por respostas em um hotel da capital chinesa. "Nós não temos notícias, e todos estão preocupados", disse Wen Wancheng, cujo filho estava a bordo do avião. Ele criticou as autoridades da Malásia. "O embaixador malaio deveria estar aqui, mas não está."

Segundo ele, os familiares dos passageiros estão insatisfeitos com a situação e alguns já falam até mesmo em fazer greve de fome. "Já que eles não nos falam a verdade sobre a vida dessas pessoas, todos nós estamos protestando", afirmou uma mulher que pediu para não ser identificada. "Todos os parentes estão passando por um colapso emocional."

As autoridades chinesas vêm criticando duramente a maneira como governo da Malásia tem lidado com a crise. "Desde o começo, a China vem exigindo que o governo malaio e a Malaysia Airlines respondam honestamente aos razoáveis pedidos das famílias chinesas", disse o porta-voz do Ministério do Exterior da China, Hong Lei.

Um representante da companhia aérea malaia na China, porém, justificou a situação, afirmando que as informações exigidas pelas famílias iam além da sua capacidade. "Eu aceito as críticas e erros que vocês apontaram, mas o problema é que nós não temos acesso a algumas informações e materiais", disse o representante. "Eu não tenho como acessá-las, então eu imploro pelo seu perdão."

RM/afp/rtr

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