Capital francesa entra em estágio de alerta máximo e toma medidas drásticas para evitar avanço da covid-19. Infecções crescem exponencialmente na cidade, especialmente entre os jovens.
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A cidade de Paris entrou em estágio de alerta máximo devido ao crescimento exponencial no número de casos de coronavírus, e a partir desta terça-feira (06/10) cafés e bares da capital francesa deverão ficar fechados por duas semanas.
"A epidemia está avançando muito rápido. Temos que freá-la agora antes que o sistema de saúde fique sobrecarregado", disse em entrevista coletiva o chefe da polícia parisiense, Didier Lallement, ao anunciar o fechamento dos bares. Restaurantes poderão continuar abertos, mas sob severas medidas de restrição.
Nos últimos sete dias, Paris registrou mais de 250 casos por 100 mil habitantes, e a cifra chega a 500 na faixa etária entre 20 e 30 anos. Atualmente, 36% dos leitos de UTI da capital francesa estão ocupados por pacientes com covid-19. O número de infectados acima dos 65 anos também é preocupantemente alto.
"Estamos entrando numa nova fase", disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também presente na entrevista coletiva. Ela pediu aos franceses que "trabalhem todos juntos" para proteger os mais frágeis.
Além dos bares, deverão permanecer fechados clubes, salões de dança, ginásios, academias e piscinas. Também continuarão proibidos os eventos com mais de mil pessoas e agrupamentos de mais de dez pessoas em espaços públicos, assim como a venda de álcool e o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas a partir das 22h e festas de qualquer tipo.
A fim de garantir a continuidade da atividade econômica, o comércio permanecerá aberto, mas deverá limitar o atendimento a um cliente a cada quatro metros quadrados de superfície. Instituições culturais, como teatros, cinemas e museus, também podem continuar abertos, desde que cumpram o protocolo sanitário.
Todas essas medidas dão às autoridades "novas armas" para continuar a luta contra o coronavírus, segundo Lallement, que lembrou que o uso da máscara também continua obrigatório.
Até agora, segundo dados oficiais, mais de 32 mil pessoas morreram de coronavírus na França.
IP/lusa/afp/efe/dpa
Pandemia esvazia locais turísticos na Europa
O silêncio ocupa os principais pontos turísticos das capitais europeias, devido às restrições de contato social por causa da pandemia do novo coronavírus. Veja como estão alguns lugares da Europa.
Desde domingo, quando a chanceler federal Angela Merkel anunciou mais restrições à circulação de pessoas na Alemanha, as ruas de Berlim e outras cidades alemãs estão mais vazias. O plano de nove pontos anunciado pelo governo proíbe encontros públicos de mais de duas pessoas, a não ser familiares. Todos devem manter uma distância de 1,5 metro dos outros e ir para a rua somente se necessário.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Estrangeiros barrados, fronteiras fechadas
Além de limitar o movimento interno, a Alemanha reforçou as restrições à entrada de estrangeiros no país. Como resultado, o tráfego no aeroporto mais movimentado do país, em Frankfurt, teve uma queda significativa.
Foto: picture-alliance/nordphoto/Bratic
Os bávaros devem ficar em casa
Na Baviera, estado mais meridional da Alemanha, as pessoas estão proibidas de sair às ruas para evitar a propagação do novo coronavírus. Sob as medidas que estarão em vigor por pelo menos duas semanas, as pessoas não podem se reunir no exterior em grupos e os restaurantes foram fechados. As ruas de Munique ficaram vazias.
Foto: picture-alliance/Zuma/S. Babbar
Paris isolada
A atividade nas ruas normalmente movimentadas de Paris parou completamente depois que a França anunciou um bloqueio nacional na semana passada. As pessoas não podem sair de casa, a menos que seja para como comprar comida, visitar um médico ou ir ao trabalho. O prefeito de Paris, no entanto, pediu medidas de confinamento mais rigorosas à medida que o número de infecções aumenta em todo o mundo.
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Camus
Capital britânica ficou mais vazia
O Reino Unido fechou todos os bares, pubs e restaurantes para combater a ameaça do coronavírus. O primeiro-ministro, Boris Johnson, exortou todos os cidadãos a evitar qualquer viagem e contatos não essenciais com outras pessoas.
Foto: picture-alliance/R. Pinney
Milão, no coração da pandemia
No norte da Itália, só os pombos se atrevem a fazer aglomerações na rua. A catedral de Milão ergue-se solitária para o céu numa praça deserta. Na Itália, as pessoas só podem sair de suas casas para trabalhar ou fazer compras.
Foto: picture-alliance/dpa/AP/L. Bruno
Vaticano fechado ao público
Embora um número esmagador de casos de coronavírus tenha sido registrado na região da Lombardia, no norte da Itália, Roma e o Vaticano também foram forçadas a restringir severamente as reuniões públicas. Toda a Itália está sob quarentena. As lojas fecharam e os turistas deixaram o país. A Praça de São Pedro, no Vaticano, está bloqueada. Em Roma, museus e pontos turísticos estão fechados.
Foto: picture-alliance/dpa/Zuma/G. Galazka
Espanha, um país fortemente atingido pela crise
O governo espanhol prorrogou até 11 de abril o estado de emergência no país. A Espanha tem o segundo maior número de casos de doenças pelo novo coronavírus na Europa, atrás da Itália. Barcelona e Madri são particularmente atingidas.
Os cidadãos austríacos também já não podem circular livremente. Desde meados de março, todos os bares e restaurantes estão fechados. O marco de Viena - a Catedral de Santo Estêvão - está fechada aos turistas, os serviços na igreja são realizados sem fiéis e são transmitidos por rádio. Também a praça em frente à catedral, normalmente bastante movimentada, está deserta.
Foto: picture-alliance/dpa/W. Gredler-Oxenbauer
República Tcheca se fecha
A tradicional Ponte Carlos, em Praga, normalmente visitada por multidões de turistas, agora está em silêncio. A República Tcheca declarou estado de emergência por causa da pandemia do novo vírus e impôs uma extensa proibição de entrada e saída. Todas as ligações transfronteiriças de trens e ônibus também foram suspensas. A liberdade de circulação dos habitantes foi rigorosamente restringida.