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Parlamento Europeu coloca em xeque horário de verão

8 de fevereiro de 2018

Após Finlândia pedir extinção do ritual anual de adiantar e atrasar os relógios, parlamentares europeus pedem realização de estudo para avaliar impactos do horário de verão e se ele deve continuar existindo.

Relógio marca horário de verão e outro horário de inverno
Parlamento Europeu quer avaliar necessidade do ato de adiantar e atrasar os ponteiros dos relógiosFoto: picture-alliance/APA/picturedesk/H. Pfarrhofer

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (08/02) uma moção solicitando que a Comissão Europeia realize um estudo que avalie os efeitos do horário de verão e se ele deve continuar existindo. O pedido foi feito pela Finlândia, que defende o fim da prática de adiantar e atrasar os relógios.

A moção para análise da questão foi aprovada por 384 votos contra 153, mas não é vinculativa. Se o estudo for realizado, e dependendo de seu resultado, a Comissão Europeia deve preparar um plano para revisar a mudança nos relógios entre o verão e o inverno.

Leia também: Horário de verão é herança alemã da Primeira Guerra

Em discussão sobre o tema antes da votação, a deputada francesa Karima Delli argumentou que o adiantamento do horário deixa as pessoas cansadas, causando acidentes de trânsito. "Os parlamentares estão respondendo ao desejo de muitos cidadãos mobilizados contra um sistema que se tornou obsoleto", ressaltou.

Defensora do horário de verão, a parlamentar belga Hilde Vautmans contestou a posição da colega e disse que eliminar essa alteração nos relógios significa perder uma hora de luz no fim do dia por sete meses no verão, ou enviar as crianças para a escola ainda no escuro por cinco meses no inverno.

Desde a década de 1990, a União Europeia (UE) estabelece que os cidadãos de seus 28 países-membros adiantem o relógio em uma hora no último domingo de março, voltando para o horário de inverno no último domingo de outubro.

Em janeiro, apoiada por uma petição com mais de 70 mil assinaturas, a Finlândia, país que possui a capital mais ao norte da Europa, pediu que a UE acabe com o horário de verão. Além da Finlândia, Lituânia, Polônia e Suécia são contrárias ao ritual anual.

Críticos do ato de adiantar os relógios afirmam que a mudança pode causar problemas de saúde em longo prazo, principalmente entre crianças e idosos. O horário de verão seria responsável por interrupções no sono e, dessa maneira, poderia afetar a produtividade no trabalho.

Já os adeptos da mudança no horário afirmam que os dias mais longos no verão e a luz extra nas manhãs de inverno podem contribuir para a redução de acidentes de trânsito e para a economia de energia.

O horário de verão já foi extinto na Rússia, Turquia, Bielorrússia e Islândia.

CN/rtr/afp

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