O Parlamento Europeu elegeu nesta terça-feira (15/07) o luxemburguês Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia. A escolha se deu por ampla maioria – 422 de 751votos –, superando o apoio que o atual presidente, José Manuel Durão Barroso, recebeu nas eleições de 2004 e em 2009. O ex-primeiro-ministro de Luxemburgo precisava de uma maioria de, no mínimo, 376 votos. Ele assumirá em outubro o cargo ocupado nos últimos dez anos pelo português Durão Barroso.

Juncker, de 59 anos, foi o candidato à Comissão nas eleições europeias de maio deste ano pelo Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita. Logo após o pleito, ele já havia recebido o apoio dos líderes dos principais partidos representados no Parlamento Europeu para exercer a presidência da Comissão. Em junho, foi indicado pelos países-membros da União Europeia (UE) como candidato ao cargo.

Ele será o 12º presidente do órgão que representa o poder executivo da UE e o terceiro luxemburguês a ocupar o cargo, depois de Gaston Thorn (1981-1985) e Jacques Sante (1995-1999). Luxemburgo passa a ser o primeiro Estado-membro a deter por três vezes a presidência da Comissão.

Considerado um europeísta e federalista convicto, Jean-Claude Juncker conhece como poucos os corredores de Bruxelas, dada sua longa carreira política. Ele foi chefe de Governo de Luxemburgo (e, como tal, membro do Conselho Europeu) entre 1995 e 2003. No quadro das lideranças rotativas semestrais, presidiu o Conselho Europeu por duas vezes, em 1997 e em 2005. Foi também titular da pasta das Finanças de Luxemburgo durante duas décadas, de 1989 a 2009, tendo presidido o fórum de ministros das Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, entre 2005 e 2013.

LPF/lusa/afp/dpa