Órgão legislativo da UE anuncia decisão em meio a investigações sobre imagens de vítimas do "Estado Islâmico" postadas pela candidata da extrema direita à presidência da França.
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O Parlamento Europeu retirou nesta quinta-feira (02/03) a imunidade parlamentar de Marine Le Pen, candidata da extrema direita à presidência da França. A líder do partido Frente Nacional é acusada de divulgar imagens violentas, no caso de vítimas do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), postadas no Twitter.
Os legisladores decidiram por larga maioria privar Le Pen, que é deputada no Parlamento Europeu, de sua imunidade no caso, o qual começou a ser investigado por promotores franceses em 2015. Ela pode agora responder a processo.
Na ocasião, a candidata da extrema direita divulgou imagens de atrocidades cometidas pelo EI para, segundo ela, protestar contra comparações entre a Frente Nacional e o grupo extremista feitas por um apresentador de rádio. Entre as imagens está uma do jornalista americano James Foley. Le Pen retirou a imagem depois de os pais de Foley se mostrarem indignados.
A Justiça francesa abriu uma investigação por "difusão de imagens de violência" e pediu ao Parlamento Europeu que retirasse a imunidade parlamentar de Le Pen. O Parlamento acatou, por ampla maioria, a recomendação pela retirada da imunidade feita pela comissão responsável.
A decisão divulgada nesta quinta-feira diz respeito apenas às postagens no Twitter e não a supostos desvios de recursos do órgão legislativo da União Europeia (UE), dos quais Le Pen também é acusada.
Le Pen lidera as pesquisas eleitorais para a presidência da França, mas perderia no segundo turno, segundo as sondagens.
LPF/afp/dpa
Eurocéticos comemoram Brexit
Da França à Hungria, da Holanda à Sérvia. políticos populistas de direita de todo o continente se apressaram em declarar sua aprovação à decisão dos eleitores do Reino Unido a favor da saída da UE.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Sulejmanovic
Marine Le Pen - França
"Vitória para a liberdade! Como tenho reivindicado há anos, deve agora haver o mesmo referendo na França e em todos os países da UE", disse Marine Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional.
Foto: Reuters/Y. Herman
Frauke Petry - Alemanha
"Chegou o momento para uma nova Europa!", comentou Frauke Petry, uma das presidentes do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Foto: Reuters/W. Rattay
Geert Wilders - Holanda
"Viva os britânicos! Agora é a nossa vez. Hora de um referendo holandês!", comemorou o líder do Partido para a Liberdade (PVV), Geert Wilders,
Foto: picture-alliance/dpa/S. Koning
Norbert Hofer - Austria
"A União Europeia tem que andar numa nova direção agora, se quiser sobreviver", alertou Norbert Hofer, da legenda populista de direita Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ).
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Vladimir Jirinovski - Rússia
"Vamos enviar um telegrama parabenizando o primeiro-ministro Cameron: 'Caro David, meu amigo, estamos felizes que o povo britânico tenha feito a escolha certa, independente da sua propaganda. Claro que você precisa renunciar imediatamente'", disse Vladimir Jirinovski , chefe do Partido Liberal Democrata da Rússia (LDPR).
Foto: dapd
Viktor Orbán - Hungria
"Bruxelas deve ouvir a voz do povo, esta é a maior lição dessa decisão. A Europa é forte somente se pode dar respostas às principais questões, como a imigração. A UE deixou de dar essas respostas", afirmou o premiê húngaro, Viktor Orbán.
Foto: Reuters
Vojislav Seselj - Sérvia
O líder ultranacionalista Vojislav Seselj, da Sérvia, disse que o resultado do referendo "trouxe alegria para os sérvios em todos os lugares". "Os Ingleses enfiaram uma estaca de madeira no coração do cadáver da UE", acrescentou, com conotações vampirescas.