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Partido conservador voltará ao governo no Japão

16 de dezembro de 2012

Após uma surpreendente derrota em 2009, o conservador Partido Liberal Democrata conquista quase dois terços do Parlamento japonês. Com isso, o Partido Democrático do Japão terá que deixar o poder.

Japan's Prime Minister Yoshihiko Noda, who is also the leader of the Democratic Party of Japan (DPJ), leaves a news conference at his party's election headquarters in Tokyo December 16, 2012. Japan's conservative Liberal Democratic Party (LDP) surged back to power in an election on Sunday just three years after a devastating defeat, giving ex-Prime Minister Shinzo Abe a chance to push his hawkish security agenda and radical economic recipe. Voters had expressed disappointment with Noda's DPJ, which swept to power in 2009 promising to pay more heed to consumers than companies and reduce bureaucrats' control of policymaking. REUTERS/Issei Kato (JAPAN - Tags: ELECTIONS POLITICS TPX IMAGES OF THE DAY)
Foto: Reuters

O conservador Partido Liberal Democrata (PLD), do ex-premiê japonês Shinzo Abe, obteve entre 274 e 310 assentos dos 480 que compõem a câmara baixa do Parlamento no pleito realizado neste domingo (16/12) no Japão. A informação foi divulgada pelas emissoras japonesas de televisão NHK e NTV.

Depois de ter ficado fora do governo durante três anos, o PLD retornará ao poder, e Abe deve ocupar novamente o cargo de primeiro-ministro. Juntamente com o parceiro de coalizão Novo Komeito, é possível que o partido de Abe consiga alcançar até mesmo uma maioria de dois terços no Parlamento.

Defesa de mudança da Constituição pacifista

O Partido Democrático do Japão (PDJ), do atual primeiro-ministro Yoshihiko Noda, sofreu, como previsto, uma derrota acachapante. A legenda só ocupará entre 50 a 77 cadeiras no Parlamento, conforme anunciou a emissora NHK. Antes das eleições, a sigla tinha 233 assentos. Em 2009, o PDJ conseguiu ganhar o poder e interromper as décadas do PLD no governo. No entanto, as expectativas de um recomeço político no país não foram alcançadas.

Shinzo Abe deverá retornar ao cargo de primeiro-ministroFoto: Reuters

O conservador de direita Abe ocupou o posto de premiê entre 2006 e 2007 no país, quando teve que renunciar devido a problemas de saúde. Abe defende, entre outros pontos, uma mudança na Constituição pacifista, que vigora no país desde o pós-guerra, e uma política linha-dura nos atritos com os países vizinhos China e Coreia do Sul.

Crise econômica e Fukushima prejudicaram PDJ

O Partido Democrata do Japão, que permaneceu três anos no poder, não teve muita sorte desde o início de seu governo. O Executivo foi obrigado a contornar os efeitos da crise econômica mundial e ao mesmo tempo teve que tentar debelar as consequências do acidente nuclear em Fukushima, bem como do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011. Além disso, o partido quebrou a confiança dos eleitores em função de desavenças internas.

Para o pleito no Japão estavam registrados aproximadamente 104 milhões de eleitores. Um total de 1.504 candidatos de 12 partidos concorreram a cadeiras no Parlamento. Dos 480 deputados, 300 serão designados em votação uninominal em circunscrições locais, enquanto os 180 restantes serão distribuídos de acordo com o direito proporcional de cada partido.

SV/afp/dapd/dpa/rtr
Revisão: Mariana Santos

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