Partido retira candidatura de princesa a premiê da Tailândia
9 de fevereiro de 2019
No dia seguinte a anúncio que quebrou tradição da família real de se manter fora da política, legenda aceita oposição do rei à candidatura da irmã, afirmando "se submeter à ordem real com lealdade".
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O partido opositor à junta militar da Tailândia, o Thai Raksa Chart, retirou neste sábado (08/02) a candidatura da princesa Ubolratana, de 67 anos, ao cargo de primeira-ministra, após ela ter sido desacreditada publicamente pelo rei Vajiralongkorn.
A indicação da irmã mais velha do monarca, anunciada nesta sexta-feira, pegou os círculos políticos tailandeses de surpresa, pois quebra uma longa tradição da família real de se manter fora da política.
Em comunicado divulgado neste sábado, o partido afirmou que "se submete à ordem real com lealdade e respeito ao rei e a todos os membros da família real", pondo fim à candidatura sem precedentes de um membro da família real desde o estabelecimento da monarquia constitucional, em 1932. O partido cancelou todos os seus atos de campanha.
Poucas horas após o anúncio da candidatura de Ubolratana, o rei divulgou um comunicado contrário à tentativa da irmã, citando uma disposição na Constituição tailandesa que afirma que a monarquia está acima da política e precisa se manter neutra.
"O envolvimento de um membro do alto escalão da família real na política é, de qualquer forma, um ato que entra em conflito com as tradições, costumes e cultura do país e, portanto, considerado altamente inapropriado", afirmou o monarca.
Apesar de a Comissão Eleitoral ter a palavra final sobre a aprovação de candidaturas, era improvável que seus membros ignorassem a poderosa influência do rei ao tomarem uma decisão.
A Tailândia tem uma das mais severas leis de lesa-majestade, que proíbe críticas e insultos à família real. A palavra do rei é considera final. Tailandeses celebraram nas redes sociais a intervenção do rei sobre em relação à candidatura da irmã, com as palavras "vida longa para o rei".
Oficialmente, a princesa perdeu seu título real quando se casou com um americano, em 1972. Ela retornou à Tailândia no fim dos anos 1990, depois de se divorciar. Apesar de não ter recuperado seu título original, ela é vista e tratada como um membro da realeza pela população tailandesa.
Ubolratana é muito popular na Tailândia e tem mais de cem mil seguidores no Instagram. Neste sábado, ela agradeceu a seus apoiadores por meio da rede social, afirmando desejar que a Tailândia "avance". Ela não comentou a decisão sobre sua candidatura.
As eleições a serem realizada em 24 de março serão as primeiras após o golpe de Estado de 2014. O Thai Raksa Chart é ligado ao ex-premiê Thaksin Shinawatra, cujo governo foi deposto no golpe.
O primeiro-ministro Prayut Chan-ocha participará das eleições sob as cores de um novo partido, visto por analistas como uma sucessão democrática à atual junta militar. As plataformas políticas ligadas a Shinawatra, que vive no autoexílio desde 2006 para evitar ser preso após condenação por corrupção, venceram todas as eleições desde 2001, mas acabaram expulsas do poder, pelos militares ou por decisões judiciais questionáveis.
Analistas acreditam que os acontecimentos dos últimos dias vão ajudar a junta militar a consolidar seu poder e aumentar as chances de vitória de Chan-ocha, que liderou o golpe de 2014.
LPF/efe/afp/rtr
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Bolsonaro recebe Guaidó em Brasília
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deram início à sua segunda cúpula em Hanói, no Vietnã, em um clima mais otimista. A reunião tem como foco fazer avançar o diálogo sobre a desnuclearização. Os dois líderes tiveram uma reunião privada de 20 minutos, seguida de um jantar. Ambos previram sucesso para a nova cimeira e trocaram elogios. (27/02)
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O presidente Jair Bolsonaro assinou a revogação do decreto que promovia alterações na Lei de Acesso à Informação (LAI) e ampliava o número de autoridades que podem impor sigilo secreto e ultrassecreto a dados e documentos do governo. A decisão vem uma semana depois de a Câmara ter aprovado a suspensão dos efeitos do texto. O governo estaria temendo uma nova derrota, dessa vez no Senado. (26/02)
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O cardeal australiano George Pell, chefe das finanças do Vaticano e que já foi um importante conselheiro do papa Francisco, foi declarado culpado pela Justiça da Austrália em cinco acusações de abuso sexual contra dois coroinhas de 12 e 13 anos, crimes cometidos há mais de duas décadas. Ele se tornou o clérigo católico de mais alto escalão a ser condenado por abuso de menores. (25/02)
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No discurso de encerramento da cúpula histórica sobre os abusos contra menores por membros do clero, o papa Francisco disse que a Igreja "não se cansará de fazer todo o necessário para levar à Justiça qualquer um que tenha cometido abusos sexuais". O encontro de quatro dias foi marcado tanto por muita autoanálise e autorrecriminação por parte dos representantes da Igreja. (24/02)
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Tensão nas fronteiras da Venezuela
O governo de Nicolás Maduro reprimiu duramente as tentativas da oposição de entrar na Venezuela com ajuda humanitária a partir da Colômbia e do Brasil. Caminhões carregados de mantimentos foram impedidos de ingressar no país, deparando-se com as fronteiras fechadas e bloqueadas por tropas militares. Confrontos entre manifestantes e forças do regime deixaram mortos e centenas de feridos. (23/02)
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Morre o estilista alemão Karl Lagerfeld
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Marcada pelas incertezas em torno da manutenção da ordem mundial, Conferência de Segurança de Munique se encerra na capital bávara. Um dos destaques foi o discurso da chanceler federal alemã, Angela Merkel, em defesa do multilateralismo. A conferência sobre segurança é o maior evento de debates sobre o tema no mundo e ocorre desde 1963 na Baviera. (17/02)
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"Synonymes" é melhor filme na Berlinale
Júri do 69° Festival de Cinema de Berlim premiou o longa-metragem "Synonymes", do diretor israelense Nadav Lapid, com o Urso de Ouro, como melhor filme da Berlinale. Filme conta a história de jovem israelense que tenta recomeçar sua vida em Paris. Dieter Kosslick, que dirigiu o Festival por 18 temporadas, despede-se este ano da Berlinale, cujo lema em 2019 foi "O privado é político". (16/02)
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"Marighella" estreia na Berlinale com protestos
O primeiro filme dirigido pelo ator Wagner Moura, Marighella, estreou na mostra principal do Festival de Cinema de Berlim. A obra retrata a história de Carlos Marighella, guerrilheiro baiano assassinado pela ditadura militar em 1969. A estreia foi marcada por protestos. No tapete vermelho, Wagner Moura entrou com uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco. (15/02)
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Airbus anuncia fim da produção do superjumbo A380
O grupo europeu Airbus anunciou que deixará de fabricar em 2021 o superjumbro A380, a maior aeronave de passageiros do mundo. O gigante entusiasmou viajantes, mas não conseguiu conquistar companhias aéreas suficientes para justificar seus enormes custos. A Airbus anunciou a decisão após o seu principal cliente do A380, a Emirates, decidir reduzir suas encomendas do avião. (14/02)
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Bolsonaro recebe alta e deixa hospital
O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta e deixou o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado há 17 dias. "Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte", escreveu o presidente no Twitter. O presidente foi internado em 27 de janeiro, véspera da cirurgia para retirada de bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal. (13/02)
Foto: Divulgação/Presidência da República
Macedônia do Norte
A Macedônia passou a se chamar oficialmente Macedônia do Norte, depois de entrar em vigor alterações na Constituição do país que colocaram fim ao embate com a Grécia. O pequeno país reivindica o nome Macedônia desde sua independência em 1991, após o fim da Iugoslávia. Atenas era contra, pois temia que a nação vizinha exigisse o território de mesmo nome localizado no norte grego.(12/02)
Foto: Getty Images/AFP/R. Atanasovski
Jornalista Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero
O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu após a queda de um helicóptero, na zona oeste de São Paulo. Além de Boechat, morreu o piloto da aeronave, que tentou fazer um pouso de emergência e acabou atingindo um caminhão. Veterano com mais de quatro décadas de jornalismo, Boechat era atualmente âncora do Jornal da Band e do programa matinal da rádio BandNews FM. (11/02).
Foto: TV Bandeirantes
Direita protesta na Espanha
Dezenas de milhares protestaram em Madri a favor da unidade espanhola e contra o governo socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez, acusando-o de fazer concessões demais a separatistas da Catalunha. A manifestação, a maior enfrentada por Sãnchez, foi convocada por partidos de direita e extrema direita. (10/02)
Foto: DW/V. Cheretskiy
O povo nas ruas em Roma
Centenas de milhares de manifestantes exigiram investimentos públicos e privados em grande escala, assim como reformas mais ambiciosas, na maior passeata do gênero na Itália, em quatro anos, organizada pelos sindicatos, sob o slogan "Um futuro para o trabalho" . Críticas também à planejada renda básica para os italianos mais pobres, como um esvaziamento da luta contra pobreza e desemprego. (09/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/A. Ronchini
Incêndio no centro de treinamento do Flamengo
Um incêndio no centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, deixou dez mortos e três feridos, dois deles em estado grave. Nas instalações atingidas pelo fogo, conhecidas por Ninho do Urubu, dormiam atletas das categorias de base, com idades entre 14 e 17 anos. A perícia trabalha com a hipótese de que o fogo foi causado por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado. (08/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Spyrro
Alemanha contra o Facebook
O órgão antitruste da Alemanha quer restringir a coleta de dados pelo Facebook, argumentando que essa prática indiscriminada contribuiu para uma posição dominante de mercado da empresa americana no país. O órgão determinou que unificação de dados recolhidos em diferentes plataformas, como Instagram, Whatsapp e sites externos, só pode ocorrer com consentimento expresso do usuário. (07/02)
Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/D. Lipinski
Nova condenação de Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação penal sobre as reformas realizadas num sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Esta é a segunda condenação do petista na Lava Jato. Ele ainda é réu em outros sete processos. (06/02)
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Rússia anuncia novos mísseis
Moscou planeja desenvolver antes de 2021 uma versão terrestre dos mísseis utilizados pela sua Marinha, depois da saída dos Estados Unidos do Tratado INF, sobre sistemas de mísseis terrestres de alcance intermediário. O ministro russo da Defesa disse que o país desenvolverá o armamento em resposta à decisão dos EUA. (05/02)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Nikolsky
Visita histórica
O papa Francisco iniciou em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, a primeira viagem de um líder da Igreja Católica à Península Arábica, o berço do islã. Em seu primeiro discurso na região, o pontífice mencionou o conflito no Iêmen e em outros países do Oriente Médio e pediu o fim da violência justificada pela religião. (04/02)
Foto: Reuters/A. Jadallah
Papa nos Emirados Árabes Unidos
O papa Francisco chegou a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para uma visita histórica – é a primeira de um pontífice à região. Cerca de 9% da população desse país árabe são cristãos que vivem como trabalhadores imigrantes. Apesar de algumas limitações, eles dispõem de relativa liberdade e direitos. Segundo analistas, a visita de Francisco visa fortalecer o cristianismo na região. (03/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Medichini
Os novos presidentes do Congresso
Após um intenso processo de renovação nas últimas eleições, a Câmara e o Senado empossaram seus novos parlamentares e elegeram seus presidentes. Na Câmara, o atual presidente, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi reeleito sem surpresas. Já no Senado, uma votação marcada por confusões acabou dando a vitória, no dia seguinte, ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP, na foto). (01 e 02/02).
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
EUA e Rússia deixam acordo de desarmamento
A Casa Branca anunciou que os EUA vão deixar o Tratado INF, assinado em 1987 com a então União Soviética. A decisão será implementada em seis meses, a não ser que a Rússia "volte a respeitar o tratado" nesse período, disse a Casa Branca. Especialistas temem uma nova corrida armamentista se o anúncio se concretizar. No dia seguinte, a Rússia também anunciou sua saída do pacto. (01 e 02/02)