Paulo Mendes da Rocha recebe Prêmio Imperial do Japão
13 de setembro de 2016
Arquiteto capixaba é o segundo brasileiro agraciado com a distinção japonesa, considerada o Nobel das artes. Entre suas obras mais importantes estão o Centro Cultural Fiesp e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Anúncio
O arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha foi agraciado nesta terça-feira (13/09) com o 28º Prêmio Imperial do Japão, considerado o Nobel das artes, na categoria arquitetura. O arquiteto de 87 anos é apenas o segundo brasileiro a receber o prêmio. O outro é o também arquiteto Oscar Niemeyer, premiado em 2004.
Mendes da Rocha e Niemeyer são, aliás, os únicos brasileiros que conquistaram também o Prêmio Pritzker, a principal premiação internacional da arquitetura. Mendes da Rocha venceu o Pritzker em 2006. Em 2016, o arquiteto capixaba já havia recebido o Leão de Ouro por sua trajetória profissional na 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza.
Entre seus trabalhos mais conhecidos destacam-se o Centro Cultural Fiesp e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Mendes da Rocha começou sua carreira na década de 50 e fazia parte do movimento de vanguarda conhecido como Escola Paulista.
Paulo Mendes da Rocha recebe Prêmio Imperial do Japão
01:11
O Prêmio Imperial do Japão, dotado com 15 milhões de ienes (cerca de 150 mil dólares), será entregue numa cerimônia que será realizada em Tóquio em 18 de outubro. A cada ano, desde 1989, a Associação das Artes do Japão entrega a premiação em cinco categorias: pintura, escultura, música, arquitetura e cinema e teatro.
Os outros agraciados de 2016 são o cineasta americano Martin Scorsese, a pintora americana Cindy Sherman, a esculturista francesa Annette Messager e o violinista e diretor de orquestra letão Gidon Kremer.
Em edições anteriores receberam o Praemium Imperiale (título original da honraria) artistas como os diretores de cinema Francis Ford Coppola (EUA), Ingmar Bergman (Suécia) e Jean-Luc Godard (França), o tenor Plácido Domingo (Espanha) e os arquitetos Frank Gehry (Canadá), Tadao Ando (Japão), Peter Yumthor (Suíça) e Zaha Hadid (Iraque).
PV/efe/ots
Os novos Patrimônios Mundiais da Unesco
Além da Pampulha, no Brasil, a Unesco adicionou outros 20 sítios naturais e culturais à lista de Patrimônios da Humanidade. Qual você gostaria de visitar?
Foto: Imago/Zuma Press
Sítio arqueológico de Filipos
A cidade grega de Filipos foi fundada em 362 a.C. Ela fez parte do Império Romano e foi o local da Batalha de Filipos, no ano 42 a.C., entre as tropas comandadas pelos assassinos de Julio Cesar, Brutus e Caio Cássio, e as legiões de Marco Antônio e Otaviano. Dali vem a frase "Em Filipos nos veremos", imortalizada em "Júlio César", de William Shakespeare.
Foto: Imago
Sítio arqueológico de Ani
A cidade medieval de Ani foi a capital do império e da dinastia bagrátida da Armênia e hoje fica na província turca de Kars.
Foto: Fahriye Bayram
Lápides Stećci e cemitérios medievais
A Unesco considerou patrimônios mundiais 30 cemitérios e sepulturas medievais na Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Croácia. As sepulturas, dos séculos 12 a 16, são dispostas em fileiras, um costume na Europa desde a Idade Média. Os stećci são na sua maioria esculpidos em pedra calcária.
Foto: Imago
Obra arquitetônica de Le Corbusier
Dezessete prédios projetados por Le Corbusier levaram o título por sua contribuição excepcional ao Movimento Moderno. Eles se localizam na Argentina, Bélgica, França, Índia, Japão, Suíça e Alemanha (em Stuttgart, na foto). Le Corbusier foi um arquiteto, urbanista, escultor e pintor suíço, naturalizado francês. Ele é considerado um dos mais importantes arquitetos do século 20.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kraufmann
Qanat persa
Nas regiões áridas do Irã, os assentamentos agrícolas são abastecidos pelo antigo sistema qanat de gestão de água. A água é conduzida ao longo de túneis subterrâneos através da gravidade, muitas vezes ao longo de muitos quilômetros. Os 11 qanats representando este sistema incluem áreas de descanso para os trabalhadores, reservatórios de água e moinhos de água.
Foto: S.H. Rashedi
Deserto de Lut, no Irã
Na maior parte do deserto de 5.400 km2 não há nenhum tipo de vida animal ou vegetal. Devido a sua vastidão, apenas parte dele (nas proximidades da cidade histórica de Shahdad) foi considerada pela Unesco. A adversidade do clima torna impossível viver neste deserto, que é um dos locais mais quentes do planeta. Em 2005, um sensor da Nasa registrou ali mais de 70 ºC como temperatura de superfície.
Foto: picture-alliance/Mary Evans Picture Library
Cavernas de neandertais em Gibraltar
Formas geométricas entalhadas nas paredes da caverna Gorham, no entorno rochoso de Gibraltar (território britânico no sul da Espanha), teriam sido feitas há 39 mil anos e são atribuídas ao Homem de Neandertal.
Foto: Clive Finlayson, Gibraltar Museum
Dólmens de Antequera
Em Antequera, na Espanha, ficam os túmulos megalíticos de Menga e Viera e a câmara funerária El Romeral. As construções de grandes blocos de pedras, típicas das sociedades pré-históricas, estão ligadas às formações rochosas Peña de los Enamorados e El Torcal.
Foto: Conjunto Arqueológico Dólmenes de Antequera
Centro budista Nalanda Mahavihara
Hoje só restam ruínas, mas em Nalanda Mahavihara, no nordeste da Índia, ficava a mais antiga universidade budista no país. Os estabelecimentos em torno do templo e da escola funcionaram dos séculos 3º ao 8º.
Foto: picture-alliance/dpa/R.Raj
Parque Nacional Khangchendzonga
Localizado no coração do Himalaia, no norte da Índia, o parque tem uma diversidade única de planícies, vales, lagos, geleiras, montanhas cobertas de neve e florestas antigas, incluindo o terceiro maior pico do mundo, o Khangchendzonga. Histórias mitológicas estão associados a esta montanha, que tem um grande número de elementos naturais, como cavernas, rios e lagos.
Foto: FEWMD
Arte rupestre de Huashan
Nos penhascos íngremes nas regiões de fronteira do sudoeste chinês há 38 locais de arte rupestre que ilustram a vida e rituais do povo Luoyue. Eles datam do período em torno do século 5º a.C.
Foto: Zhu Qiuping
Floresta de Shennongjia
O parque protege as florestas primárias remanescentes na China Central e fornece habitat para muitas espécies de animais raros, como a salamandra gigante chinesa e o urso preto asiático.
Foto: Institute of Botany, The Chinese Academy of Science/Jiang Yong
Centro cerimonial Nan Madol
É o primeiro patrimônio mundial da Micronésia. Em 99 ilhas artificiais diante da ilha Pohnpei, no Oceano Pacífico, estão ruínas de palácios, templos, sepulturas e residências de um povo cuja derrocada aconteceu há 500 anos. E mais uma vez este bem está ameaçado: Nan Madol pode ser inundado por causa do aquecimento global.
Foto: picture-alliance/dpa/J-M. La-Roque
Arquitetura Moderna da Pampulha
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, é formado por uma igreja, uma casa de baile, um iate tênis clube, um cassino (hoje museu de arte), e a Casa Kubitschek. O conjunto arquitetônico e paisagístico foi inaugurado em 1943, na gestão de Juscelino Kubitschek como prefeito da capital mineira. A obra foi projetada por Oscar Niemeyer e teve Roberto Burle Marx como paisagista.
Foto: Marcilio Gazzinelli
Estaleiro de Antígua e Barbuda
O estaleiro "Nelson's Dockyard" fica em um porto histórico. Os primeiros ingleses chegaram aqui em 1671. Mais tarde, o porto se tornou uma importante base da Marinha. Nos dias de hoje, muitos prédios históricos estão restaurados e a área se tornou o maior museu ao ar livre do Caribe. É o primeiro Patrimônio Mundial de Antígua e Barbuda.
Foto: Nicola & Reg Murphy
Ilhas de Revillagigedo
O arquipélago de Revillagigedo pertence ao México, fica no Oceano Pacífico e é formado por quatro ilhas não habitadas. Os únicos moradores vivem numa base da Marinha e numa pequena guarnição militar. Devido à flora e à fauna peculiares, as ilhas são Reservas Mundiais da Biosfera.
Foto: Imago/OceanPhoto
Fósseis pré-cambrianos no Canadá
Mistaken Point ("ponto dos enganos") é o nome deste cabo em Terranova, no Canadá. Devido ao nevoeiro frequente na região, muitos navios se despedaçaram nos rochedos porque os tripulantes das embarcações pensavam tratar-se do vizinho porto Cabo Race. Esta ponta também é famosa pelos fósseis de mais de 500 milhões de anos encravados em seus rochedos.
O arenito do maciço de Ennedi, no Chade, foi esculpido por erosão hídrica e eólica, formando um planalto com cânions e vales e uma paisagem espetacular, marcada por falésias e arcos naturais. No grande cânion, a presença permanente de água tem um papel essencial para o ecossistema. Milhares de imagens pintadas e esculpidas nas pedras representam um dos maiores conjuntos de arte rupestre no Saara.
Foto: Imago/Westend61
Parques nacionais Dungonab e Sanganeb
Sanganeb tem uma estrutura de recife de coral no Mar Vermelho e é o único atol a 25 km da costa do Sudão. Ele se tornou Patrimônio Mundial junto com outro parque marinho sudanês, o Dungonab, que tem um sistema altamente diverso de recifes de coral, mangues, algas, praias e ilhotas.
Foto: imago/imagebroker
Tien Shan Ocidental
A cordilheira transnacional de montanhas é uma das maiores cadeias de montanhas do mundo, passando por Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão. OTien Shan Ocidental fica a uma altitude de 700 metros a 4.500 metros e tem paisagens muito variadas, o que proporciona uma biodiversidade excepcionalmente rica.
Foto: picture alliance/blickwinkel/G. Pohl
Ahwar do sul do Iraque
Este Patrimônio Mundial no Iraque é não só um refúgio de biodiversidade, mas também relíquia da Mesopotâmia. As cidades arqueológicas de Uruk, Ur e Eridu (onde, segundo os sumérios, teriam nascido os primeiros deuses míticos) representam cidades e assentamentos sumérios que se desenvolveram no sul da Mesopotâmia entre o 4º e o 3º milênio a.C., no delta dos rios Tigre e Eufrates.