1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Peça rara

28 de agosto de 2009

A cabeça de uma estátua de cavalo surpreendeu pelo ótimo estado de conservação. Parte de uma escultura equestre dos tempos do imperador César Augusto, que provavelmente o representava, destruída pelos germanos em ritual.

Peça de bronze com ornamentos em ouroFoto: picture-alliance/ dpa

Uma descoberta feita perto de Waldgirmes, no estado de Hessen, trouxe de volta parte da história enterrada há mais de 2 mil anos: arqueólogos encontraram a cabeça de um cavalo de bronze ornamentada com ouro, além do pé de um cavaleiro.

Eles acreditam tratar-se de fragmentos de uma estátua equestre, criada entre 3 e 4 a.C., e que provavelmente retratava o imperador César Augusto. A rédea é adornada com imagens de Marte, deus da guerra e da vitória.

Ao todo, foram encontradas mais de 100 pedaços da mesma peça, em 12 de agosto último. A apresentação ao público foi na quinta-feira (27/08), no Instituto Arqueológico Alemão de Frankfurt.

"Esta escultura de bronze está entre as melhores peças relacionadas ao Império Romano já encontradas", declarou Eva Kühne-Hörmann, secretária de Cultura e Ciência de Hessen. O sítio arqueológico de Waldgirmes, local de uma cidade na época de Augusto (23 a.C.-14 d.C.), vem sendo escavado desde 1993.

Ritual dos antepassados

No ano 9 d.C. tribos germânicas derrotaram os romanos na Batalha de Teutoburgo. Possivelmente como parte de um ritual de vitória, os germanos quebraram a estátua do cavaleiro e jogaram sua cabeça num poço.

"Uma estátua como essa era muito emblemática no mundo antigo, principalmente por representar o imperador em pessoa", analisa o especialista Egon Schallmayer. A secretária da Cultura completa: "Este achado documenta a determinação dos romanos de estender suas províncias até a margem direita do Rio Reno – mas também o fracasso desses planos".

Justamente por estar imersa, a cabeça de bronze do cavalo ficou bem preservada ao longo dos anos. O trabalho de restauração da peça deve durar aproximadamente dois anos, e depois a estátua deverá ficar exposta em Hessen.

NP/dpa/rtr
Revisão: Augusto Valente

Pular a seção Mais sobre este assunto