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Peña Nieto lidera apuração e PRI deve voltar ao poder no México

2 de julho de 2012

Contagem preliminar dá a vitória ao candidato de oposição Enrique Peña Nieto. Partido Revolucionário Institucional, que governou o país ao longo de sete décadas, está perto de retomar o poder.

Foto: AP

O candidato de oposição Enrique Peña Nieto ganhou a eleição presidencial no México, segundo os resultados preliminares divulgados pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE). Com isso, o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o país durante sete décadas, retoma o poder.

Peña Nieto, um advogado de 45 anos que se autodenomina pragmático, saiu vencedor do pleito, seguido pelo esquerdista Andrés Manuel López Obrador e pela candidata Josefina Vázquez Mota, que ficou em terceiro lugar. Peña Nieto obteve em torno de 37% dos votos, segundo a contagem preliminar do IFE, que abrange mais de metade das urnas. Obrador alcançou em torno de 33% e Vázquez Mota, 25%.

Com isso, o mexicanos encerram 12 anos de poder do conservador Partido da Ação Nacional (PAN), que em 2000 havia vencido o PRI pela primeira vez em sete décadas.

A incapacidade do atual governo de conter a violência dos cartéis do narcotráfico e uma economia que não cresce rápido o suficiente, a ponto de oferecer empregos e reduzir a pobreza que atinge quase metade dos mexicanos, foram as razões que levaram a população a optar pela volta do PRI à presidência, apontam analistas.

Corrupção e fraudes

"Hoje, os mexicanos deram ao nosso partido uma segunda oportunidade. Vamos honrá-la com resultados", declarou Peña Nieto a seus seguidores. Mesmo considerando que o PRI fincou os pilares do México moderno durante seus governos ininterruptos, tendo dominado a vida política mexicana entre 1929 e 2000, o partido foi diversas vezes acusado de corrupção, fraude eleitoral e também de ter calado por muito tempo as vozes de oposição.

Simpatizantes do presidente eleito comemoram vitória nas urnasFoto: dapd

Agora Peña Nieto assegura que o partido – um camaleão, que congrega numa mesma facção correntes de esquerda e de direita – se modernizou, aprendeu com os erros do passado e está apto a governar de novo. No entanto, escândalos recentes de corrupção e de supostas ligações de pelo menos três governadores do PRI com o crime organizado levam a crer que o partido não se livrou de suas antigas práticas.

Medidas para reduzir a violência

Aproximadamente 49 milhões de eleitores voltaram no maior pleito da história do país, para a escolha de mais de 2.000 cargos públicos, incluindo 500 deputados, 128 senadores e seis governadores.

Narcotráfico e violência: problemas a serem combatidosFoto: Fotolia/Horticulture

Peña Nieto anunciou que fará reformas econômicas e em prol de maior segurança pública, como por exemplo a criação de uma unidade policial especial para frear a violência decorrente do narcotráfico no país. Desde que o governo do atual presidente Felipe Calderón colocou o Exército nas ruas para combater os cartéis da droga, mais de 55 mil pessoas morreram no país.

Algumas medidas são consideradas primordiais para impulsionar a economia mexicana: as expectativas são de um crescimento de 3,5% para este ano. De qualquer forma, um dos primeiros desafios do presidente eleito será aplainar arestas existentes dentro de seu próprio partido. Peña Nieto pretende ainda sentar-se com o presidente Felipe Calderón e do atual Parlamento, a fim de esboçar reformas a serem aprovadas antes que ele assuma o cargo.

SV/rtr/dapd/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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