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Pegida reúne mais de dez mil pessoas em Dresden

27 de outubro de 2015

Em primeira passeata pós-aniversário, movimento anti-islã mobiliza dez vezes mais manifestantes do que o protesto contrário. Angela Merkel critica dramatização sobre refugiados: "Ódio não nos levará adiante".

Foto: picture-alliance/dpa/A. Burgi

O movimento anti-imigração Pegida (sigla em alemão para "Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente") mobilizou novamente um grande número de simpatizantes na cidade alemã de Dresden, nesta segunda-feira (26/10). No entanto, as marchas levaram menos pessoas às ruas em relação à semana passada, quando o movimento celebrou seu primeiro aniversário.

A marcha desta segunda-feira atraiu entre dez mil e 12 mil pessoas, de acordo com o grupo independente alemão de pesquisa Durchgezählt. Os manifestantes se reuniram numa praça na capital do estado da Saxônia. O protesto contrário ao movimento xenófobo tinha somente entre 1.100 e 1.300 pessoas.

Um dos fundadores do Pegida, Lutz Bachmann, discursou à multidão. Ele criticou a postura do governo da chanceler federal alemã, Angela Merkel, alegando que ela tomou decisões sobre a política de asilo sem consultar o povo. Foram ouvidos gritos de "fora Merkel", "resistência" e "nós somos o povo!".

A Alemanha tem tido dificuldades para lidar com o imenso afluxo de refugiados, muitos deles da Síria e de outros países muçulmanos. O Estado estima a chegada de até um milhão de migrantes em 2015. Merkel tem sido acusada de agravar a situação por abrir mão de regras que exigem os requerentes de asilo sejam registrados em seus países de chegada em território da União Europeia (UE).

A manifestação há exatamente uma semana marcou o primeiro aniversário do movimento Pegida. O evento atraiu entre 15 mil e 20 mil manifestantes. Naquele dia, a marcha de manifestantes contrários ao grupo anti-islã foi ainda maior, com uma estimativa de entre 17.500 e 22 mil participantes.

"Ódio não nos levará adiante"

Também nesta segunda-feira, citando as manifestações contrárias à política de asilo, a chanceler federal advertiu para o ódio e o preconceito. "O ódio não está nos levando para frente", disse Merkel, em Nurembergue. A chanceler federal alertou para uma divisão da sociedade. "Devemos fazer todo o possível para manter o centro, que é tolerante e mantém a Alemanha tão forte, o mais amplo possível", afirmou.

Merkel também criticou a "dramatização" no debate sobre os refugiados e que no momento, às vezes, tem-se a impressão de que estariam chegando tantos refugiados quanto a Alemanha tem de habitantes. "São muitos, muitos mesmo. Mas nós somos 80 milhões", disse.

PV/epd/dpa/afp

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