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Pelo menos 300 desaparecidos em desastre de Brumadinho

25 de janeiro de 2019

Mar de lama destrói casas e deixa feridos e mortos na região metropolitana de Belo Horizonte, após rompimento de barragem na Mina Córrego do Feijão, da Vale. Causas do incidente são desconhecidas.

Mar de lama gerado com rompimento de barragem em Brumadinho
Ao todo, 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos vazaram em rompimento de barragem Foto: Reuters/Washington Alves

Uma barragem da Vale se rompeu nesta sexta-feira (25/01) em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um mar de lama destruiu diversas casas na região. Pelo menos nove pessoas morreram, entre 300 e 350 estão desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros.

O rompimento ocorreu na Mina Córrego do Feijão. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa Civil municipal foram mobilizados para o local. Em comunicado, a Vale afirmou que foi ativado um plano de emergência.

"As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens", disse a mineradora. A empresa destacou que a prioridade é preservar e proteger "a vida de empregados e de integrantes da comunidade".

As causas do rompimento são desconhecidas. A Vale disse que havia 427 funcionários na área que foi atingida e 279 foram resgatados com vida. Mais de 150 funcionários da mineradora estão desaparecidos: no momento do desastre, a maioria se encontrava no restaurante, que foi soterrado.

O rompimento ocorreu na Mina Córrego do Feijão. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa Civil municipal foram mobilizados para o local. Em comunicado, a Vale afirmou que foi ativado um plano de emergência.

"As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens", disse a mineradora. A empresa destacou que a prioridade é preservar e proteger "a vida de empregados e de integrantes da comunidade".

As causas do rompimento são desconhecidas. A Vale disse que havia 427 funcionários na área que foi atingida e 279 foram resgatados com vida. Mais de 150 funcionários da mineradora estão desaparecidos: no momento do desastre, a maioria se encontrava no restaurante, que foi soterrado.

Mar de lama varreu casas na regiãoFoto: Reuters/Washington Alves

Quase 100 bombeiros trabalham no local em busca de vítimas. Mais 200 devem integrar a equipe de resgaste nas próximas horas.

Em entrevista coletiva, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que no momento do desastre havia 300 funcionários no local atingido e 100 foram encontrados com vidas. "Dessa vez é uma tragédia humana. Porque estamos falando de uma quantidade grande de vítimas. Possivelmente, o dano ambiental é menor", disse.

Schvartsman afirmou ainda que uma barragem rompeu e outras duas que estavam abaixo desta transbordaram. Ao todo, 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos vazaram. Ele destacou que a barragem que se rompeu estava inativa e disse que ela era antiga e resistente.

Construída em 1976, a barragem que se rompeu fica na Mina  Córrego do Feijão e tem um volume de 12,7 milhões de metros cúbicos. Segundo o site da Vale, ela não estaria mais recebendo rejeitos desde 2014 devido a uma mudança no processo de beneficiamento do minério.

Bombeiros procuram vítimas em meio a mar de lamaFoto: Getty Images/AFP/D. Magno

A Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais disse que tanto a mina quanto a barragem estão devidamente licenciadas e destacou que a estabilidade da barragem foi garantida por um auditor em agosto de 2018. Schvartsman disse que a auditoria foi feita pela empresa alemã TÜV-SÜD.

As sirenes de alerta não teriam tocado. O presidente da Vale não soube confirmar essa informação e disse que tudo ocorreu muito rápido.

A Agência Nacional das Águas (ANA) informou que o mar de lama deve ser amortecido pela barragem da usina hidrelétrica Retiro Baixo, localizada a 220 quilômetros do local do rompimento. A onda de rejeitos deve chegar a esse ponto em dois dias.

Nas redes sociais, a prefeitura de Brumadinho e de outras cinco cidades na região emitiram alertas para que a população fique longe do rio Paraopeba. Moradores da parte baixa de Brumadinho estão sendo retirados de suas casas. O Instituto Inhotim também foi esvaziado por precaução.

Entre os desaparecidos há mais de 100 funcionários da ValeFoto: Reuters/Washington Alves

Em sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que enviou dois ministros para acompanhar o caso de perto. "Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil para a região", afirmou.

Num breve pronunciamento, Bolsonaro anunciou que vai sobrevoar a região atingida junto com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para avaliar os danos e decidir as medidas necessárias "para minorar o sofrimento de familiares e possíveis vítimas, bem como a questão ambiental".

O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que o governo não pode ser culpado pelo desastre. "É uma empresa privada, a Vale é uma empresa privada. Tem que apurar o que houve. Era considerada a barragem de menor grau de risco", destacou.

Uma barragem rompeu e causou transbordamento de outras duasFoto: Agencia Brasil/Divulgação/Corpo de Bombeiros

O caso aconteceu três anos após o rompimento de outra barragem no mesmo estado, na cidade de Mariana, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton. A tragédia foi considerada a maior catástrofe ambiental da história do Brasil, com vazamento de resíduos minerais e um saldo de 19 mortes.

Em 5 de novembro de 2015, o mar de lama com rejeito de minério se espalhou por 650 quilômetros e varreu o distrito de Bento Rodrigues. Os moradores aguardam até hoje a reconstrução de suas casas. A recuperação ambiental da região atingida também vai a passos lentos.

O desastre levou a Samarco, a Vale e a BHP Billiton ao banco dos réus. As mineradoras respondem na Justiça por homicídio e crime ambiental.

CN/efe/afp/rtr/lusa/ots

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