1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Pensilvânia e Nevada confirmam vitória de Biden

24 de novembro de 2020

Após três semanas de contagem, resultado favorável ao democrata nos estados sacramenta derrota de Trump nas eleições. Biden apresenta parte de seu gabinete e diz que "EUA estão de volta, prontos para liderar o mundo".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresenta parte de seu gabinete
Binden oficializou nesta terça alguns dos principais nomes de seu futuro gabineteFoto: Mark Makela/Getty Images

Os estados da Pensilvânia e de Nevada, nos Estados Unidos, confirmaram nesta terça-feira (24/11) a vitória do democrata Joe Biden em seus territórios, desferindo o último golpe nas reivindicações do presidente Donald Trump de que ele venceu as eleições presidenciais de 3 de novembro.

A Pensilvânia, que tem 20 votos no Colégio Eleitoral, é um dos estados-chave que cimentaram a vitória de Biden sobre Trump na contagem final. Nevada, por sua vez, tem seis votos no Colégio Eleitoral. É necessário um total de 270 votos para vencer o pleito, e Biden soma 306.

O resultado na Pensilvânia foi anunciado pelo governador do estado, Tom Wolf, pelo Twitter. "Conforme requer a lei federal, assinei a certificação de verificação para a lista de eleitores de Joe Biden e [sua vice] Kamala Harris", escreveu.

A eleição no estado terminou com 3,46 milhões de votos para Biden, 3,38 milhões para Trump, e 79 mil para Jo Jorgensen, do Partido Libertário.

O presidente republicano fez da Pensilvânia uma peça central de suas tentativas jurídicas fracassadas de alterar o resultado das eleições, lançando ataques legais sobre as regras de contagem de votos e procedimentos do pleito nos condados.

No sábado, um juiz federal na Pensilvânia rejeitou uma ação da campanha de Trump para anular milhões de votos enviados pelo correio no estado – mais uma decisão que marcou um duro golpe para o presidente.

Já a vitória de Biden em Nevada foi oficializada pelo Supremo Tribunal do estado, em decisão unânime dos sete juízes da Corte. O tribunal respondeu assim a uma ação judicial interposta pelo Partido Republicano alegando fraude eleitoral.

Trump tentou impedir a contagem das cédulas de voto por correio dos 1,8 milhão de eleitores registados em Nevada, considerando haver irregularidades no processo.

Biden venceu no estado com 50,06% dos votos, contra 47,67% de Trump, segundo os resultados aprovados pelas autoridades eleitorais dos 17 condados de Nevada.

Futuro gabinete

A oficialização do resultado ocorre no mesmo dia em que o presidente eleito apresentou formalmente seus indicados para compor a equipe de política externa e segurança nacional de seu futuro gabinete, um dia depois de anunciar os nomes por meio de um comunicado.

"Os Estados Unidos estão de volta, prontos para liderar o mundo", declarou Biden em Wilmington, no estado de Delaware, seu reduto eleitoral.

O experiente assessor de política externa Antony Blinken foi anunciado como secretário de Estado, enquanto John Kerry, ex-secretário de Estado do governo Barack Obama, foi indicado como enviado especial para o clima.

O advogado nascido em Cuba Alejandro Mayorkas será o primeiro latino a chefiar o Departamento de Segurança Interna, que supervisiona a imigração. E Avril Haines, ex-vice-diretora da CIA, será a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora de inteligência nacional.

O presidente eleito também indicou a diplomata de longa data Linda Thomas-Greenfield como embaixadora americana nas Nações Unidas, que tem status de membro do gabinete. Jake Sullivan, que foi assessor de segurança de Biden quando ele era vice-presidente de Obama, foi escolhido como conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

Também na segunda-feira Trump autorizou que seu governo comece a cooperar com a equipe de transição de Biden, embora continue se recusando a reconhecer a derrota nas eleições.

O republicano informou a medida pelo Twitter, logo após a Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês), agência governamental americana, confirmar Biden como o "aparente vencedor" do pleito presidencial, abrindo caminho para o início da transição na Casa Branca.

A GSA é responsável por garantir o funcionamento básico das demais agências federais, e sua declaração na segunda-feira permite que Biden passe a coordenar com essas agências seus planos para assumir a presidência em 20 de janeiro, o que vinha sendo bloqueado pelo atual governo.

EK/afp/ap/dpa/efe/lusa