Após um ano de repetidos protestos antigovernamentais em região semiautônoma, Pequim acredita ter criado condições para uma "estabilidade" com nova lei de segurança nacional. Avaliação é realista?
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Um ano atrás, em 9 de junho de 2019, um milhão de pessoas tomaram as ruas de Hong Kong para protestar contra uma planejada lei de extradição. Embora o governo da região semiautônoma chinesa tenha engavetado a proposta de legislação, Pequim vem erodindo o status especial dessa região administrativa especial chinesa.
No final de maio, os legisladores na China continental, o Congresso Nacional do Povo, deram sinal verde para uma nova lei de segurança nacional que deve ser incorporada à Lei Básica de Hong Kong, que serve como documento constitucional. A medida permite processar os moradores de Hong Kong que organizam protestos anti-Pequim ou fazem declarações críticas à liderança chinesa.
Acusações de "minar a autoridade do Estado" poderiam ser levantadas contra críticos, como é habitual na China continental.
Pequim vê necessidade de ação
Aparentemente, os protestos em massa ao longo do ano passado levaram Pequim a assumir um controle maior da situação em Hong Kong. A vitória eleitoral de figuras críticas a Pequim nas eleições locais da cidade, em 24 de novembro de 2019, quando conquistaram a maioria em 17 dos 18 conselhos distritais, também pode ter desempenhado um papel importante.
A nomeação de um novo chefe para o Escritório de Ligação, que representa Pequim em Hong Kong, também deve ser vista nesse contexto. O presidente Xi Jinping manteve a controversa Carrie Lam como chefe de governo, mas, para surpresa de muitos, nomeou Luo Huining, de 65 anos, para o cargo de fato mais importante em Hong Kong.
Luo, que chega a Hong Kong de "fora", prestou serviços excelentes na "limpeza" da província de Shanxi, abalada pela corrupção. Não há dúvida de que Xi espera que ele faça progressos para "domar" as condições de imprevisibilidade em Hong Kong. A nova lei de segurança fornece a base para tal.
Na verdade, os protestos do ano passado começaram em meados de março, quando um pequeno grupo de ativistas pró-democracia ocupou o lobby da sede administrativa da cidade de Hong Kong no distrito central, bradando "Carrie Lam traiu Hong Kong!", "Parem a lei de extradição."
Embora que, em princípio, os protestos fossem contra a proposta de lei de extradição, a questão principal ‒ como os protestos gerais em 2014 e o movimento "Occupy Central" ‒ era sobre até onde o governo central chinês deveria e poderia intervir nos assuntos de Hong Kong. Também se tratava da pergunta sobre quem deveria moldar o futuro do território: eleitores de Hong Kong ou o regime autoritário em Pequim?
O princípio "um país, dois sistemas", válido por 50 anos, deve expirar em 2047. "E então?" é a questão com que se confrontam os habitantes mais jovens da região administrativa especial chinesa.
Em fevereiro de 2019, a chefe de governo Lam apresentou o rascunho para um projeto de lei de extradição ao Legislativo da cidade. Pela primeira vez, seria possível que suspeitos de crimes em Hong Kong fossem entregues a órgãos policiais na parte continental.
Para muitos habitantes de Hong Kong, isso era absolutamente inaceitável, porque a memória dos livreiros e empresários "desaparecidos" ‒ alguns dos quais fizeram "confissões" que depois foram transmitidas pela televisão estatal chinesa ‒ ainda estava fresca.
Protestos dentro e fora do Parlamento
Em 3 de abril de 2019, a primeira leitura do projeto ocorreu no Parlamento da cidade (LegCo). Lá, os representantes críticos do governo central chinês expressaram seu descontentamento com a "venda" a Pequim. A apresentação do projeto foi interrompida 11 vezes por interjeições barulhentas e gritos no plenário.
No lado de fora, os hongkonguenses demonstravam seu descontentamento contra a lei. Em 9 de junho, mais de um milhão de pessoas se manifestaram nas ruas, segundo dados de ativistas. O motivo do grande protesto foi a segunda leitura do projeto de lei no LegCo, que estava planejada para 12 de junho. Durante sete horas, os manifestantes marcharam pacificamente pelo distrito governamental.
Mas a manifestação terminou em confrontos violentos entre manifestantes e policiais. Cenas semelhantes repetiram-se em 12 de junho, quando manifestantes bloquearam o acesso ao prédio do Parlamento para impedir a segunda leitura do projeto de lei de extradição.
No final da noite, cerca de 2.000 manifestantes, principalmente jovens, se reuniram em frente ao LegCo para uma vigília noturna. A segunda leitura foi adiada.
Carrie Lam cede ‒ um pouco
A pressão pública sobre Carrie Lam aumentou, forçando-a a recuar em 15 de junho. "O governo decidiu suspender a lei", disse a chefe de governo. Mas isso não foi o fim. Mais uma vez houve uma grande manifestação, com os organizadores alegando que havia 2 milhões de participantes, enquanto a polícia estimava 330 mil.
Em 1º de julho, aniversário do retorno de Hong Kong ao domínio chinês, mais de meio milhão de pessoas foram às ruas. Milhares de manifestantes se reuniram para protestar contra a cerimônia da bandeira, realizada anualmente. Outros tentaram invadir o Parlamento, quebrando janelas do prédio governamental e tentando entrar à força.
No segundo semestre de 2019, as manifestações se tornaram mais descentralizadas, frequentes e "criativas". As operações no aeroporto internacional, o hub aéreo mais importante da Ásia, tiveram que ser suspensas várias vezes.
A polícia de Hong Kong passou a tomar medidas mais duras contra os manifestantes; foram usadas granadas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, como também canhões de água. Para identificá-los, o governo da região semiautônoma proibiu as coberturas faciais. Especulou-se sobre se o governo central enviaria soldados do Exército de Libertação Popular estacionados em Hong Kong para restaurar a ordem. No entanto, isso não aconteceu.
Os manifestantes vêm exigindo há muito uma investigação independente sobre acusações de violência policial. Segundo eles, a polícia usou força desproporcional contra as pessoas que protestavam. Eles também exigiram a demissão de Lam e, como em 2015, pediram eleições livres e justas.
Em 17 de novembro, teve início uma ocupação e cerco de 12 dias no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong. Enquanto os manifestantes jogavam coquetéis molotov nos policiais e incendiavam partes dos edifícios, a polícia se deslocava em veículos blindados e disparava granadas de gás lacrimogêneo.
Depois que aqueles que estavam entrincheirados no campus se entregaram, a polícia apreendeu mais de 3.800 coquetéis molotov e 500 garrafas de produtos químicos venenosos. Na ocasião, 1.377 pessoas foram presas, muitas delas estudantes da Universidade Politécnica. Registraram-se os dados pessoais de 318 menores, que foram autorizados a voltar para casa.
O que vai acontecer em 2020 e depois?
A escalada de guerra civil no conflito entre ativistas pró-democracia e forças de segurança não levou, como se esperava, a um fortalecimento do campo pró-chinês. A preocupação e a incerteza causadas pelo surto do novo coronavírus no continente relegaram temporariamente o movimento de protesto em Hong Kong a segundo plano.
Mas os protestos contra a nova lei de segurança e o desrespeito à proibição de reunião em 4 de junho último, dia da comemoração do Massacre da Praça da Paz Celestial, mais uma vez enfatizaram a situação tensa em Hong Kong.
Martin Lee, renomado político e defensor da democracia de Hong Kong, diz ser tanto otimista quanto pessimista quando se trata do futuro da região administrativa especial chinesa. Ele acredita que Pequim também colocará sob seu controle os tribunais anteriormente independentes de Hong Kong, assim como já controla os poderes Executivo e Legislativo.
"Eles [os jovens de Hong Kong] deveriam ter a disposição de adiar essa luta. Eles são mais novos que os líderes chineses, então estão em vantagem e devem se preparar para uma luta longa, mas pacífica, contra as tentativas de Pequim de incorporar completamente Hong Kong", disse Lee.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: AFP/S. Olson
China aprova lei de segurança nacional para Hong Kong
Nova legislação visa combater o que as autoridades chinesas classificam como atividades "subversivas e secessionistas". ONGs e opositores temem que dispositivos vão reduzir ainda mais as liberdades no território semiautônomo. Comunidade internacional condena medida de Pequim. (30/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Yu
França tem "onda verde" nas eleições municipais
O partido do presidente Emmanuel Macron sofreu uma derrota contundente nas eleições municipais francesas, marcadas pela abstenção recorde e pelo avanço dos verdes, que conquistaram várias prefeituras de cidades importantes do país. Em Paris, a socialista nascida na Espanha Anne Hidalgo conquistou mais um mandato com pouco mais de 50% dos votos. (29/06)
Foto: AFP/S. Bozon
Votação mascarada
Presidente da Polônia, Andrzej Duda, e a mulher, Agata, depositam seus votos. O chefe de Estado venceu as presidenciais no país, de acordo pesquisas de boca de urna, e deve concorrer num segundo turno contra o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski. Originalmente agendada para 10 de maio, eleição foi adiada devido à pandemia, tendo ocorrido sob estritas regras de distanciamento. (28/06)
Foto: Getty Images/O. Marquez
Marcha contra protestos antirracistas
Cerca de mil pessoas vão às ruas de Lisboa para negar que haja racismo em Portugal. A passeata foi convocada pelo partido de ultradireita Chega, sob o lema "Portugal não é racista", em resposta às manifestações antirracismo promovidas também no país após morte de George Floyd. Participantes gritam slogans como "a polícia quer respeito" e "policial bom é policial vivo". (27/06)
Foto: Reuters/R. Marchante
EUA acreditam que mais de 20 milhões foram infectados pelo coronavírus
Especialistas acreditam que mais de 20 milhões de americanos podem ter contraído o coronavírus – dez vezes mais que os números oficiais. O diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, Robert Redfield, afirmou que até 8% da população foi infectada, segundo projeção baseada em testes serológicos para determinar a presença de anticorpos, que mostram se um indivíduo teve a doença.(26/06)
Foto: Reuters/E. Munoz
Russos votam reforma que pode manter Putin no poder até 2036
Em meio à pandemia de covid-19, os russos foram chamados às urnas. Ao longo de uma semana, eles deverão votar sobre alterações constitucionais. Pela legislação em vigor, o presidente Vladimir Putin deveria entregar o poder em 2024. Caso as alterações constitucionais sejam aprovadas, elas podem vir a permitir que ele se candidate novamente. (24/06)
Foto: picture-alliance/AP/A. Nikolsky
Cientistas encontram microplástico no ecossistema terrestre da Antártida
Pela 1° vez, cientistas encontraram microplásticos dentro de pequenos organismos que vivem no solo da Antártida, de acordo com um estudo publicado na revista Biology Letters. A equipe de pesquisadores, liderada pela Universidade de Siena, coletou organismos em um pedaço de poliestireno – material usado na produção de isopor – que estava coberto de musgo e líquens na Ilha do Rei George. (24/06)
Foto: picture-alliance/Global Warming Images
Alemanha bane grupo neonazista Nordadler
O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, baniu o movimento alemão Nordadler (Águias do norte), um grupo neonazista. Seus cerca de 30 membros defendem posições antissemitas e racistas e espalham teorias da conspiração. O movimento ainda estaria planejando comprar imóveis em estados da antiga Alemanha Oriental para criar centros de treinamento. (23/06)
Foto: Getty Images/S. Gallup
Sírio é preso na Alemanha suspeito de crime contra humanidade
Um homem suspeito de ser ex-membro do serviço secreto militar da Síria foi preso na Alemanha acusado de crimes contra a humanidade, por práticas de tortura numa prisão de seu país natal, anunciou a Procuradoria-Geral alemã. O sírio Alaa M. foi detido na sexta-feira passada no estado de Hessen. Ele teria trabalhado como médico numa prisão na cidade síria de Homs. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Ourfalian
Dia Mundial dos Refugiados
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), quase 80 milhões de seres humanos estão em fuga por todo o mundo, quase 10 milhões a mais do que um ano atrás, o maior número de todos os tempos. Essas cifras refletem não só destinos humanos infinitamente tristes, mas também um fracasso político de dimensões globais.(20/06)
Foto: UNHCR/Aristophane Ngargoune
Anel de fogo para poucos
Observadores dos céus numa estreita faixa da África Ocidental até a Península Árabe, Índia e o Extremo Oriente puderam ver neste domingo uma dramática eclipse solar "anel de fogo". Ela ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, mas ainda deixando um delgado anel luminoso. O fenômeno anual só é visível a partir de cerca de 2% da superfície do planeta. (Fotos de Nova Déli, Índia) (21/06)
Foto: AFP/J. Samad
Aos 22 anos, Malala se forma em Oxford
Aos 22 anos, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014 pela sua luta pela educação, anunciou ter recebido o diploma de licenciatura pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde foi admitida em 2017. "É difícil expressar a minha alegria e gratidão agora que me formei em Filosofia, Política e Economia em Oxford", disse a jovem de 22 anos, em mensagem no Twitter. (19/06)
Foto: Reuters/EIF/XQ Handout
Bolsonaro demite Weintraub
Após desgaste com o STF e 14 meses de polêmicas, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou sua saída do governo. Em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ele disse que deixará o cargo nos próximos dias. O nome de seu substituto não foi informado. Ele não se prolongou sobre os motivos de sua saída, mas afirmou que deixa o governo para assumir a direção do Banco Mundial. (18/06)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Camargo
Fabrício Queiroz é preso
A Polícia Civil prendeu Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, em Atibaia (SP), numa operação conjunta com o Ministério Público do Rio. Ele estava num imóvel pertencente a Frederick Wasseff, que atua como advogado de Flávio e do presidente Jair Bolsonaro. A operação ocorre no âmbito da investigação de um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio na Alerj. (18/06)
Foto: Imago Images/Agencia EFE
OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. A decisão diz respeito aos ensaios clínicos do estudo Solidarity, patrocinado pela OMS e realizado em mais de 400 hospitais em dezenas de países do mundo. (17/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Parlamento da Hungria retira poderes quase ilimitados de Orbán
O Parlamento da Hungria aprovou a suspensão do estado de emergência que concedeu ao primeiro-ministro Viktor Orbán poderes quase ilimitados em meio à pandemia de covid-19. A lei aprovada agora, que devolve os poderes ao Parlamento, teve o apoio unânime dos 192 deputados presentes. Críticos haviam acusado Orbán de se aproveitar da crise para minar ainda mais a democracia húngara. (16/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Z. Szigetvary
Movimentos antidemocráticos na mira da Justiça
A Polícia Federal realizou uma operação contra membros de movimentos antidemocráticos e cumpriu seis mandados de prisão, após autorização do STF. Um dos alvos foi a líder do movimento de extrema direita "300 do Brasil" Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter. O grupo, que apoia o presidente Jair Bolsonaro, prega o fechamento do STF e do Congresso. (15/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Gilmar Mendes diz que incentivar invasão de hospitais é crime
O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que estimular a invasão de hospitais em meio à pandemia é um crime e pediu que o Ministério Público tome medidas contra quem defender essa prática. A declaração ocorreu dois dias após o presidente Jair Bolsonaro pedir para que seus apoiadores entrassem em hospitais públicos e filmassem as alas para verificar se os leitos estão livres ou ocupados. (14/06)
Foto: Getty Images/I. Estrela
Onze bairros de Pequim voltam a adotar quarentena
Autoridades de Pequim isolaram onze bairros após o registro de novas infecções por coronavírus. Nove escolas e jardins de infância também foram fechados. As sete novas infecções estão relacionadas a um mercado de carne. Em Pequim já havia sido registrado um caso de infecção local nas 24 horas anteriores, o primeiro em 55 dias e o primeiro caso de contágio local na China em 18 dias. (13/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Baker
Brasil passa Reino Unido e é o segundo país com mais mortes por covid-19
Quase três meses após registrar a primeira morte por covid-19, o Brasil atingiu a marca de 41.828 óbitos. Foram mais 909 registros em 24 horas. Com essa nova marca trágica, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e assumiu a segunda posição no ranking de países com mais vítimas. Com 828 mil casos, o Brasil também é o segundo país com mais infectados diagnosticados. (12/06)
Foto: picture-alliance/dpa/PPI
Discórdia sobre encenação
Maior autoridade militar do país, o general Mark Milley diz que sua presença no ato do dia 2 de junho, em que Trump posou para uma foto diante de uma igreja, deu impressão de envolvimento de militares na política americana. Em discurso gravado em vídeo, o chefe do Estado Maior dos EUA pediu desculpas publicamente por ter participado da encenação do presidente americano. (11/06)
Foto: Reuters/T. Brenner
Suécia encerra investigação da morte do premiê Olof Palme
Mais de 34 anos depois do assassinato do premiê Olof Palme, investigadores da Suécia afirmaram que o caso foi encerrado porque o principal suspeito do crime já morreu. Palme foi morto a tiros no centro de Estocolmo em 1986. O procurador responsável pelo caso identificou o atirador como sendo o homem que, no início da investigação, era o principal suspeito, Stig Engström, morto em 2000. (10/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Holmstrom
Última homenagem a George Floyd
O funeral de George Floyd, morto durante uma ação policial nos Estados Unidos, reuniu centenas de pessoas numa igreja em Houston, no Texas, a cidade onde ele cresceu. Ele será enterrado junto de sua mãe. Além da família e amigos de Floyd, artistas, políticos e atletas famosos participaram da homenagem. (09/06)
Foto: Reuters/G. A. Vasquez
Nova Zelândia se declara livre do coronavírus
A Nova Zelândia removeu todas as medidas restritivas após a última paciente com covid-19 receber alta, informou a premiê Jacinda Ardern. Apesar de manter rigidez nos controles de fronteira, medidas como distanciamento social e limites de reuniões públicas não são mais necessárias. "Estamos confiantes de que eliminamos, por ora, as transmissões do vírus", disse a premiê. (08/06)
Foto: Getty Images/AFP/M. Mitchell
Cidades têm protestos contra Bolsonaro e a favor da democracia
Várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, registraram protestos a favor da democracia, contra o governo do presidente Jair Bolsonaro e contra o racismo e o fascismo. Atos pró-Bolsonaro também ocorreram, mas em menor escala. Em meio à pandemia, manifestantes se aglomeraram, a maioria usando máscaras. (07/06)
Foto: Reuters/D. Vara
Protestos antirracistas pelo mundo
Milhares de pessoas participaram em várias cidades do mundo de protestos antirracistas e contra a violência policial organizados em apoio às manifestações que ocorrem há dias nos Estados Unidos, apesar de restrições impostas pela pandemia de covid-19. Em Berlim, ato reuniu cerca de 15 mil manifestantes. (06/06)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/E. Contini
ONU lança iniciativa para zerar emissões
O secretariado da ONU para o clima lançou uma nova iniciativa de combate às mudanças climáticas. Com o lema "Race to Zero" ("corrida para o zero"), a campanha tem como objetivo eliminar as emissões de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono, até, o mais tardar, 2050. Meta já conta com a adesão de centenas de cidades, empresas e universidades. (05/06)
Foto: picture-alliance/AP/Imaginechina
Autores pedem retratação de estudo sobre cloroquina
Três dos quatro autores de um estudo alvo de críticas sobre a cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 publicado pela revista científica "The Lancet" pediram a retratação da publicação. Eles argumentaram que não é possível garantir a veracidade dos dados utilizados. Com o pedido, a revista cancelou a validade do artigo. Estudo levou à suspensão de pesquisas em todo o mundo. (04/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Zuma/Quad-City Times/K. E. Schmidt
Nova pista no caso Madeleine
Pouco mais de 13 anos após o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann em Portugal, o Departamento Federal de Investigações da Alemanha anunciou que está investigando um alemão de 43 anos suspeito de envolvimento no caso. Ele está preso por outro crime. Além de ter passagem por tráfico de drogas, ele foi condenado diversas vezes por crimes sexuais. (03/06)
Foto: picture-alliance/empics/J. Stillwell
Protesto contra racismo termina em confronto em Paris
Um protesto não autorizado em Paris contra a violência policial e a injustiça racial terminou em confronto entre a polícia e os manifestantes. Incialmente pacífico, o ato reuniu 20 mil pessoas na capital francesa e homenageou George Floyd e também Adama Traore, um jovem negro detido em 2016, que morreu sob custódia da polícia francesa. (02/06)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/D. Cole
Proteção sarcástica
A criatividade nas medidas protetoras contra o coronavírus ganha também tons macabros, como no caso deste motorista de ônibus colombiano. O humor amargo não é totalmente sem motivo: ele participa de um protesto em Bogotá, estando há quatro meses sem trabalho nem salário devido às restrições ditadas pela pandemia. (01/06)