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Pequim manterá obras no Mar do Sul da China

31 de maio de 2015

Durante cúpula em Cingapura, EUA pedem suspensão imediata de construções chinesas em ilhas e recifes, alvo de polêmica envolvendo países da região. China alega que atividades visam melhorias em toda a área.

Taiping Dao
Foto: picture alliance/CPA Media

A China rejeitou neste domingo (31/05) as exigências dos Estados Unidos para suspender obras de construção em ilhas e recifes no Mar do Sul da China, reafirmando a "legitimidade" das atividades e a situação "tranquila e estável" na região marítima.

"Nunca existiu qualquer problema à liberdade de navegação", afirmou o almirante Sun Jianguo, chefe da delegação chinesa, no último dia da cúpula Diálogo Shangri-La, um dos mais importantes encontros sobre segurança na Ásia.

Durante o evento, realizado em Cingapura, Sun Jianguo acrescentou ainda que além de atender às necessidades de defesa de seu país, as construções visam "melhorar o desempenho da China em suas obrigações internacionais em matéria de busca e salvamento marítimo, prevenção de desastres, investigação científica, proteção ambiental", entre outros.

Um dia antes, porém, o secretário americano de Defesa, Ashton Carter, havia acusado Pequim de descumprir regras e normas internacionais ao manter as atividades na região. Carter fez um apelo para que o governo chinês suspenda imediatamente as obras.

Ainda segundo o secretário de Defesa, os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" diante da crescente atividade militar na área.

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, rejeitando reclamações de países como Vietnã, Filipinas, Malásia e Brunei. No ano passado, a instalação de uma plataforma de petróleo chinesa em águas territoriais reivindicadas pelos vietnamitas intensificou as tensões na região, fazendo eclodir violentos protestos antichineses no Vietnã. Segundo especialistas, há indicações de importantes reservas de petróleo e gás natural. A área é ainda uma importante rota comercial marítima.

MSB/afp/efe/lusa/dpa

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