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Peritos descartam envenenamento como causa da morte de Neruda

8 de novembro de 2013

Não foram encontrados agentes químicos que pudessem estar ligados à morte do poeta. Análise bioquímica indica que ele morreu em consequência de um câncer de próstata.

Após sete meses de análise, uma equipe de peritos descartou nesta sexta-feira (08/11) que o poeta chileno Pablo Neruda tenha morrido por envenenamento.

"Não foram encontrados agentes químicos significativos que pudessem estar ligados à morte de Neruda", afirmou o chefe do serviço médico legal do Chile, Patricio Bustos, ao apresentar os resultados de análise bioquímica em Santiago.

De acordo com ele, os peritos encontraram vestígios de medicamento usado para tratar câncer nos restos mortais do poeta, que sofria de câncer de próstata.

"Diversas técnicas confirmaram a presença de metástases em vários segmentos do esqueleto, o que está de acordo com a doença de que Pablo Neruda era tratado", ressaltou Bustos.

Neruda morreu em circunstâncias suspeitas no dia 23 de setembro de 1973, pouco depois do golpe militar que levou Augusto Pinochet ao poder. Desde então, o seu motorista e outras pessoas levantaram suspeitas de um possível envenenamento por agentes da ditadura.

Após uma longa batalha judicial, a exumação dos restos mortais do poeta foi realizada em abril na Isla Negra, na costa central do Chile, local de residência de Neruda e onde ele foi sepultado.

Um ativo membro do Partido Comunista e famoso por seus poemas de amor, Pablo Neruda recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1971.

CGF/dpa/afp/rtr/lusa

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