Peritos detonam bomba da Segunda Guerra em Frankfurt
14 de abril de 2019
Artefato foi encontrado no fundo do rio Meno. Operação provoca retirada de cerca de 600 pessoas do centro antigo da cidade. Cortina de água causada por detonação chega a 30 metros de altura.
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Cerca de 600 pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas no centro antigo de Frankfurt neste domingo (14/04) devido à operação de explosão controlada de uma bomba da Segunda Guerra Mundial descoberta no fundo do rio Meno.
A detonação, realizada por especialistas, provocou uma cortina de água de cerca de 30 metros de altura, além de um forte barulho. "Foi confirmado que a bomba não apresenta mais perigo", informou um porta-voz da polícia, depois que mergulhadores atestaram que o artefato fora destruído.
Bombeiros descobriram a bomba de 250 quilos, de fabricação americana, durante treinamento de mergulho no rio na terça-feira.
O plano inicial era apenas destruir o mecanismo de detonação. Entretanto, os peritos também contavam que a própria bomba explodisse, o que acabou acontecendo, de acordo com as autoridades.
Um grupo de mergulhadores especializados em explosivos removeu o artefato de guerra para uma área de profundidade entre 5,50 e 6 metros, fixou explosivos na bomba e realizou pequenas explosões dentro da água, para afugentar os peixes. Mesmo assim, após a detonação do armamento americano ainda foram vistos alguns animais flutuando sem vida no rio, informou a polícia.
Curiosos assistiram à detonação de uma das pontes próximas. Ruas, o tráfego de embarcações e o transporte coletivo foram parcialmente bloqueados ou desviados. Alguns museus e a catedral de Frankfurt permaneceram fechados.
Mesmo mais de 70 anos após o fim da Segunda Guerra, bombas e outras munições não detonadas ainda são frequentemente descobertas na Alemanha.
Em setembro de 2017 foi realizada a maior operação de retirada de pessoas na Alemanha do pós-guerra após a descoberta de uma bomba britânica de 1,8 tonelada nas proximidades de Universidade de Frankfurt, na região central da cidade. Mais de 60 mil pessoas foram afetadas.
MD/dpa/ap
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Mais de 70 anos após o conflito mundial, estima-se que milhares de explosivos continuem escondidos em solo alemão. Todos os anos, peritos desarmam cerca de 5 mil bombas, além de toneladas de outras munições.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Bockwoldt
Caos no coração de Berlim
Uma bomba da Segunda Guerra Mundial provocou caos na movimentada região em torno da estação central de Berlim em 20 de abril de 2018. O artefato de 500 quilos foi encontrado por trabalhadores de uma construção na área. Cerca de dez mil pessoas tiveram que deixar suas casas. A estação ferroviária e partes do centro da cidade foram bloqueadas e evacuadas.
Foto: picture-alliance/dpa/Polizei Berlin
Megaoperação em Frankfurt
A maior operação para o desarmamento de uma bomba da Segunda Guerra Mundial na Alemanha ocorreu em Frankfurt. Mais de 60 mil pessoas – cerca de 8% da população da cidade – foram obrigadas a deixar suas casas em 3 de setembro de 2017. Muitos aproveitaram o tempo em museus ou foram ao centro de exposições da cidade, onde comida e sofás foram disponibilizados.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Arnold
Outras grandes cidades
Em maio de 2017, cerca de 50 mil pessoas tiveram que deixar suas casas em Hannover para que especialistas desativassem ao menos cinco bombas encontradas numa obra. Dois meses antes, em Düsseldorf (foto), a descoberta de um artefato de 500 quilos levou à retirada de 8 mil moradores.
Foto: picture alliance/dpa/R.Weihrauch
Uma bomba no Natal
Em 2016, especialistas em Augsburg, no sul da Alemanha, precisaram agir em pleno Natal para desarmar uma bomba de quase duas toneladas. Após 12 horas de muito trabalho, o artefato foi neutralizado, e as cerca de 54 mil pessoas retiradas de suas residências puderam retornar.
Foto: picture alliance/dpa/S. Puchner
Em último caso, explodir
Em agosto de 2012, uma bomba aérea americana da Segunda Guerra precisou ser detonada em Munique, após falharem as tentativas de desativar o artefato de 250 quilos. As ondas de choque causadas pela explosão assistida destruíram fachadas e quebraram janelas. O mesmo ocorreu em 2017 em Oranienburg, no estado de Brandemburgo, que possui a maior concentração de bombas enterradas em solo alemão.
Foto: picture-alliance/dpa
Trabalho arriscado
Em meados de 2010, no meio do processo de desarmar uma bomba em Göttingen, na Baixa Saxônia, o artefato acabou explodindo acidentalmente. Três especialistas morreram, e várias pessoas ficaram feridas. Anos antes, a detonação acidental de uma bomba aérea também deixou mortos na pequena cidade de Wetzlar. Apesar de raros, incidentes desse tipo já mataram 11 peritos desde 2000.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Decker
Munição no fundo do mar
Artefatos explosivos da Segunda Guerra, como bombas e granadas, estão também no Mar Báltico, no Mar do Norte e em águas continentais da Alemanha. Estima-se que 1,5 milhão de toneladas dessas munições sigam debaixo d'água. Muitas foram despejadas pelos próprios alemães durante a guerra para que não caíssem nas mãos dos Aliados; outras foram jogadas no mar a mando das forças vitoriosas.
Alvo de muitos ataques aéreos durante a Segunda Guerra Mundial, Koblenz viu várias bombas serem desarmadas ao longo dos últimos anos. Os residentes da cidade precisaram deixar suas casas em 1999, 2011 e 2015 para que peritos pudessem fazer seu trabalho. Em dezembro de 2011, a desativação e detonação de uma série de artefatos no rio Reno levou à retirada de 45 mil pessoas.
Foto: picture-alliance/dpa/F. von Erichsen
Grande evacuação em Ludwigshafen
Em 1997, uma mina aérea britânica de quatro toneladas foi encontrada na cidade de Ludwigshafen, ao sul de Frankfurt. A desativação do explosivo levou à maior evacuação da história pós-guerra até aquela época: 26 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.