Candidato do PSDB tem 24% dos votos e ex-senadora alcança 21,4%, segundo levantamento da CNT/MDA. Considerando a margem de erro, porém, resultado ainda mostra empate técnico.
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Uma nova pesquisa de intenção de voto divulgada neste sábado (04/10) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) indica que o ex-governador Aécio Neves (PSDB) ultrapassou a ex-senadora Marina Silva (PSB) na disputa pelo segundo lugar da corrida presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) permanece na liderança.
Na pesquisa estimulada, Dilma tem 40,6% das intenções de voto. Ela se mantém estável desde a última rodada, divulgada nesta segunda-feira, quando aparecia com 40,4%. Aécio Neves, agora em segundo lugar, cresceu 4,2 pontos e alcançou a preferência de 24% do eleitorado.
Já Marina Silva voltou a cair. Com 3,8 pontos a menos que no último levantamento, ela agora tem 21,4% das intenções de voto. A margem de erro é de 2,2 pontos. A análise da evolução dos números das últimas pesquisas mostra tendência de crescimento de Aécio e queda de Marina. Segundo a leitura da empresa MDA, responsável pelo levantamento, o segundo turno será decidido entre Dilma e Aécio, pois a tendência dos votos do tucano é de alta.
Luciana Genro (PSol) é a quarta colocada, com 1,1% das intenções de voto. Depois aparecem Pastor Everaldo (PSC), com 0,8%, e Levy Fidelix (PRTB), com 0,5%. Os outros candidatos pontuam 0,6%. Brancos e nulos somam 5,2%, e outros 5,8% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Na contagem dos votos válidos, o cenário para o primeiro turno fica com a seguinte configuração: Dilma Rousseff com 45,6%; Aécio Neves com 27%; Marina Silva com 24,1%; Luciana Genro aparece com 1,2%; Pastor Everaldo com 0,8%; Levy Fidelix tem 0,6%; e os outros candidatos somam 0,7% das intenções de voto.
Segundo turno
No cenário simulado de uma disputa em segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista aparece com 46% das intenções e o tucano tem 40,8%. Brancos e nulos totalizam 9,7% e outros 3,5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Na segunda simulação, entre Dilma e Marina, a petista ganha 47,6% contra 37,9%. Brancos e nulos representam 11,1% e 3,4% não sabem ou não responderam.
A pesquisa feita pela MDA entrevistou 2.002 eleitores entre 2 e 3 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Momentos marcantes da campanha eleitoral
Durante quase três meses os candidatos à Presidência da República disputaram votos. A campanha eleitoral foi intensa e marcada por ataques, escândalos e a morte de um presidenciável.
Foto: Reuters
Começa a disputa
Com a presidente Dilma Rousseff com amplo favoritismo e ainda com Eduardo Campos, a corrida ao Planalto começou em 6 de julho. A partir de então foi liberada a propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência, governos estaduais, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas.
Foto: Antonio Cruz/ABr
Tragédia muda cenário
A corrida eleitoral, que começara em 6 de julho, teve seus primeiros meses marcados pela morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB. Campos estava em plena campanha, quando o jato particular que o levava caiu em Santos, no litoral paulista, no dia 13 de agosto. Devido à tragédia, Dilma Rousseff e Aécio Neves suspenderam suas campanhas por alguns dias.
Foto: picture-alliance/dpa
Nova candidata
Depois de sete dias de reuniões e discussões, o PSB confirmou em 20 de agosto os nomes de Marina Silva e Beto Albuquerque como novos candidatos à Presidência e vice pelo partido. A entrada da nova candidata representou uma guinada na corrida eleitoral.
Foto: Getty Images/Mario Tama
No rádio e na TV
A propaganda eleitoral no rádio e na TV começou no dia 19 de agosto. O primeiro programa foi marcado por homenagens a Eduardo Campos. Logo, porém, o tempo passou a ser usado pelos partidos, sobretudo PSDB e PT, para ataques aos adversários.
Foto: AFP/Getty Images/Evaristo Sa
Ataques e debates
O espaço destinado ao debate entre os presidenciáveis foi marcado por ataques mútuos e discussões sobre escândalos de corrupçao. A apresentação de propostas acabou ficando em segundo plano.
Foto: picture-alliance/dpa/Sebastião Moreira
Altos e baixos
A entrada de Marina Silva na disputa pela Presidência casou uma reviravolta nas intenções de voto. A candidata teve um crescimento vertiginoso. Deixou para trás Aécio Neves, ficando em segundo lugar nas pesquisas, e passou a disputar votos acirradamente com Dilma Rousseff. Mas nas últimas sondagens, Marina vem perdendo força.
Foto: Reuters/Paulo Whitaker
Escândalos de corrupção
A um mês da eleição, o vazamento do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, à Polícia Federal, sobre políticos beneficiados por um esquema de corrupção na estatal, serviu de munição para ataques a Dilma. Em sua defesa, ela vem afirmando ser a única presidenciável a apresentar propostas de combate à corrupção.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Campanha na ONU
A presidente Dilma Rousseff levou um discurso similar ao de sua campanha à abertura da Assembleia Geral da ONU. Ela usou o espaço para ressaltar os êxitos sociais de seu governo. Dilma negou ter usado o evento de campanha eleitoral e afirmou que o discurso seguiu a linha adotada nos anos anteriores.
Foto: Reuters/Mike Segar
Declarações homofóbicas
O quarto debate dos presidenciáveis da televisão foi marcado pelas declarações homofóbicas do candidato pelo PRTB, Levy Fidelix. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a cassação de sua candidatura. Em algumas cidades do país, simpatizantes da causa LGBT organizaram beijaços em repúdio às declarações.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Reta final
A corrida eleitoral entrou na sua reta final. A propaganda eleitoral no rádio e na TV termina nesta quinta-feira (02/10) e na sexta é o último dia de vinculação de propaganda paga. No domingo, o Brasil vai às urnas eleger o próximo presidente da República, além de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.