Pesquisa indica que Dilma diminui diferença para Marina no segundo turno
9 de setembro de 2014
Sondagem da CNT/MDA mostra presidente na frente no primeiro turno e empate técnico no segundo, no qual Marina teria 45,5% e Dilma, 42,7%. Eleitores foram consultados depois de novo escândalo da Petrobras.
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Pesquisa de intenção de votos divulgada nesta terça-feira (09/09) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra recuperação da presidente Dilma Rousseff num possível duelo final pela Presidência da República.
Dilma se mantém na frente no primeiro turno, ampliando seu percentual de 34,2% para 38,1%, e diminui em 3,1 pontos percentuais a diferença para a ex-senadora Marina Silva no segundo turno. A diferença atual, de 2,8 pontos, é considerada empate técnico.
Pela projeção divulgada, Marina venceria o duelo final, com 45,5% contra 42,7% da presidente. As duas candidatas melhoraram seus números em relação à pesquisa anterior, que apontava Marina com 43,7% e Dilma com 37,8%.
A pesquisa foi feita pelo instituto MDA logo após o recente escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, divulgado no último final de semana pela revista Veja.
Para o primeiro turno, os resultados previstos são: Dilma com 38,1%, Marina com 33,5% e o ex-governador Aécio Neves com 14,7%. Na pesquisa anterior, os percentuais eram 34,2%, 28,2% e 16%.
A pesquisa feita pelo MDA foi encomendada pela CNT e ouviu 2.002 pessoas entre 5 e 7 de setembro, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Debate na TV: o que disseram os candidatos?
Sete presidenciáveis participaram do dois primeiros debates antes da eleição de outubro. Conheça alguns dos temas discutidos e propostas apresentadas por cada um deles.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Sete presidenciáveis
O segundo debate entre os candidatos à Presidência, promovido por SBT, "Folha de S. Paulo", UOL e Jovem Pan nesta segunda-feira (01/09), foi transmitido simultaneamente pela TV, internet e rádio. Sete candidatos participaram: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Foto: Nelson AlmeidaA/AFP/Getty Images
Band abriu debates
Os mesmos sete candidatos estiveram no primeiro debate, organizado pela Bandeirantes. O primeiro confronto aconteceu ainda sob o impacto da trágica morte de Eduardo Campos. Marina Silva já participou como sua sucessora. Ela já despontava nas pesquisas, mas ainda sem a força de agora.
Foto: Reuters
Dilma Rousseff (PT)
O empate entre Dilma e Marina, segundo a última pesquisa de intenção de voto, foi destaque no segundo debate. Dilma disse que "a queda é momentânea" e negou a situação de recessão atribuída à economia brasileira. Ao falar da situação nos presídios, a petista defendeu uma mudança constitucional para instituir uma responsabilidade compartilhada entre governos federal, estadual e municipal.
Foto: Reuters
Marina Silva (PSB)
Quando perguntada sobre as propostas do PSB para a economia – como 10% do PIB para a Educação, 10% da receita bruta da União para a Saúde e passe livre para estudantes de escola pública –, Marina disse que o dinheiro virá de uma gestão mais eficiente das contas públicas. Quanto ao polêmico tema do aborto, a candidata disse ser contra a sua prática, mas a favor da realização de um plebiscito.
Foto: Reuters
Aécio Neves (PSDB)
Sobre o tema corrupção, Aécio falou das propostas de "um novo ciclo de governança" que pretende instalar no país, afirmando que "todas as denúncias devem ser investigadas". O tucano também abordou o tema recessão, atacando o governo atual. "Um país que não cresce, não gera empregos. Infelizmente essa é a herança perversa desse governo. O Brasil precisa de um novo ciclo de governo."
Foto: Reuters
Pastor Everaldo (PSC)
O candidato do PSC disse ser contra o aborto e defendeu a família tradicional "como está na Constituição". Pastor Everaldo prometeu ainda criar o Ministério de Segurança Pública, integrar as forças de segurança do país e atacar "a delinquência nas ruas". "Vamos fazer uma força-tarefa para que esse delinquente que rouba, que mata, que estupra seja severamente punido."
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Luciana Genro (PSOL)
No tema economia, Luciana Genro voltou a usar a estratégia já adotada no primeiro debate de criticar as propostas dos três candidatos mais fortes. "Eles querem seu voto para governar com os mesmos de sempre", disse. "Os juros consomem todo nosso dinheiro, fazendo com que os bancos lucrem cada vez mais", afirmou ao propor uma alíquota de imposto sobre as fortunas no país.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Eduardo Jorge (PV)
Eduardo Jorge defende a descriminalização do aborto e a legalização das drogas. Ao ser questionado sobre tal posição em contraste com a defendida em 2010, o candidato do PV disse que, naquele momento de coligação com Marina, não seria possível defender tais ideias. "Como médico defendo isso há mais de 20 anos."
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Levy Fidelix (PRTB)
Sobre o tema segurança pública, o candidato do PRTB defendeu a privatização das penitenciárias e a redução da maioridade penal. "Aqueles que praticam a morte com apenas 16 anos têm que ser punidos com maioridade penal reduzida imediatamente."