Pesquisa mostra que 68% dos brasileiros não confiam em Temer
4 de outubro de 2016
Levantamento revela ainda que apenas 14% da população considera governo Temer bom, já reprovação a modo de governar chega a 55%. Avaliação negativa de presidente cresce em relação à pesquisa realizada julho.
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Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (04/10) revelou que 68% dos brasileiros não confiam no presidente Michel Temer e 55% da população rejeita sua forma de governar. O levantamento do Ibope foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizado no final de setembro.
A pesquisa mostrou que apenas 26% dos brasileiros confiam em Temer e 28% aprovam sua maneira de governar. Essa avaliação piorou em relação à pesquisa anterior, realizada em julho. Como presidente interino na época, ele alcançou índices de aprovação de 31% e 27% de confiança. A reprovação no levantamento passado era de 53% e a desconfiança de 66%.
A pesquisa também revelou que 39% dos brasileiros avaliam o governo Temer como ruim ou péssimo, 34% o consideram regular e apenas 14% acham sua administração boa ou ótima. Essa avaliação mudou pouco em relação ao levantamento de julho, quando 39% dos entrevistados já consideravam o governo Temer como ruim ou péssimo. Houve uma queda percentual do regular, que era de 36%.
O levantamento também comparou as gestões de Temer e da ex-presidente Dilma Rousseff. "Na comparação com o governo Dilma, o percentual que considera que o governo Temer melhor oscila de 23% para 24%. No entanto, o percentual que avalia o governo Temer como pior cresceu de 25% para 31%", destacou a análise.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.002 pessoas em 143 municípios durante os dias 20 e 25 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança 95%.
CN/lusa/abr/ots
Cobertura da violência em protestos
Pelo menos 210 jornalistas foram agredidos pelas forças de segurança do Brasil nos últimos três anos. Comissão Interamericana de Direitos Humanos investiga denúncias de abusos e cerceamento da liberdade de imprensa.
Foto: DW/Y. Boechat
A postos
Policial militar do Estado de São Paulo se posiciona para impedir que manifestantes que protestavam contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016, marchem pela Avenida Paulista.
Foto: DW/Y. Boechat
Ataque
Soldado da tropa de choque de São Paulo atira balas de borracha em manifestantes que protestavam contra o aumento das tarifas de transporte público em junho de 2013.
Foto: DW/Y. Boechat
Contra-ataque
Policial militar de São Paulo é perseguido por manifestante após ficar isolado de sua tropa em um protesto em setembro de 2013, durante enfrentamento que deixou ao menos uma pessoa ferida gravemente.
Foto: DW/Y. Boechat
Pimenta
Policial Militar do Estado de São Paulo ataca fotógrafo com spray de pimenta durante manifestação popular. Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo mostra que 210 jornalistas foram agredidos pelas forças de segurança do Brasil nos últimos três anos.
Foto: DW/Y. Boechat
Estado de guerra
O uso desmedido de munições menos letais pela polícia, como bombas de efeito moral e balas de borracha, tem sido uma das principais críticas dos movimentos em defesa da liberdade de expressão no Brasil. Nos últimos três anos, ao menos quatro pessoas perderam a visão por conta de ferimentos ocorridos por ações da polícia em manifestações.
Foto: DW/Y. Boechat
Vítimas da violência
Com o aumento da violência nas manifestações públicas, soldados da Polícia Militar também são vítimas de agressão. Manifestantes dispostos à violência partem para o confronto ou jogam garrafas e coquetéis molotov contra as forças de segurança.
Foto: DW/Y. Boechat
Equipamento bélico
Desde 2013, as forças de segurança brasileiras passaram a investir milhões de dólares na compra de equipamentos para controle de distúrbios urbanos. O governo de São Paulo, por exemplo, comprou blindados de fabricação israelense para serem usados exclusivamente em manifestações e protestos.
Foto: DW/Y. Boechat
Soldado desconhecido
Desde a eclosão dos protestos populares no Brasil, em 2013, as polícias militares passaram a importar equipamentos e uniformes para que seus soldados pudessem controlar as manifestações de forma mais eficaz.
Foto: DW/Y. Boechat
Clima de guerra
Soldado do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo se prepara para jogar uma granada de efeito moral em direção a manifestantes que protestavam contra o aumento da tarifa de transportes públicos em 2013.
Foto: DW/Y. Boechat
Alvo
Símbolo da repressão, as forças de segurança passaram a assumir um papel de inimigos nos protestos, e a polícia se transformou em alvo preferencial dos manifestantes.