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Robô de casa

20 de novembro de 2011

No Japão, os robôs já são parte integrante da sociedade. Eles plantam arroz, trabalham em fábricas e até como recepcionistas. Num futuro próximo, eles também serão usados ​​em tarefas domésticas e no cuidado de idosos.

Os robôs "Nao", que foram apresentados em 2006
Robôs "Nao", que foram apresentados em 2006Foto: picture-alliance/dpa

Diferente do Ocidente, os robôs no Japão já são há muito tempo parte integrante da sociedade. Mais de 370 mil robôs estão em uso no país.

A Alemanha está em segundo lugar em número de robôs, na frente dos Estados Unidos. No campo da pesquisa em robótica, a Alemanha está bastante avançada. Mas ainda há grande reserva por parte dos alemães em aceitar robôs fora das fábricas, ou seja, em casa.

Por que a aceitação de robôs no Japão é maior? Que aparência um robô deve ter e o que deve saber fazer para que seja melhor aceito?

Professor Helge Ritter (centro) e os colegas Hiroshi Ishiguro (à direita) e Minoru AsadaFoto: DW

É com estas questões que se ocupa o Professor Helge Ritter e seus colegas do Grupo de Excelência em Tecnologia de Interação Cognitiva de Bielefeld (Citec) e do Instituto de Pesquisa para Cognição e Robótica (CR-Lab).

O instituto beneficia-se do fácil acesso à Universidade Bielefeld, que permite um trabalho de pesquisa interdisciplinar com cientistas da computação, neurocientistas, físicos, linguistas, psicólogos e especialistas em exercícios físicos.
 
Questão de aceitação

Há anos o Instituto em Bielefeld mantém uma intensa colaboração com os dois principais institutos de robótica da Universidade de Osaka. Na cidade japonesa de oito milhões de habitantes, as ideias tomam forma muito mais rápido.

Num futuro próximo, os robôs também poderão ser aceitos no Ocidente como ajudantes nas tarefas domésticas, uma espécie de mordomo, acredita o professor Helge Ritter, de 52 anos.

Ele já tem em mente até um modelo para a divisão do trabalho: os robôs executam as tarefas desagradáveis e assim as pessoas têm mais tempo para se concentrarem no que fazem de melhor: ouvir um amigo com atenção, demonstrar simpatia, dedicar-se aos outros.

Os fatores decisivos para uma maior aceitação dos robôs não são consenso entre os cientistas de Bielefeld e seus colegas japoneses. Aliás, os pesquisadores buscam aplicações bastante diferentes.

"Geminoid F", feita à imagem e semelhança humanasFoto: DW

O Professor Hiroshi Ishiguro apostou até agora em robôs com aparência incrivelmente real. Ishiguro ficou mundialmente famoso com seu irmão gêmeo robô, que é idêntico a ele até o último fio de cabelo.

Também são necessários alguns minutos até se perceber que sua robô "F Genoid" não é um ser humano, mas uma máquina. Curiosamente, Isuhto limitou sua nova invenção, "R1 Telenoid", às características humanas absolutamente necessárias, deixando de lado detalhes como extremidades ou cabelo.

Os projetos em andamento para um robô de bolso devem em breve substituir o telefone celular comum.

Menos é mais

A simplificação radical dos robôs também é considerada pelos pesquisadores de Bielefeld, já que isso poderia facilitar a comunicação entre homem e máquina.

Assim, a cabeça de seu mais novo robô "Flobi" corresponde, com seus grandes olhos e rosto redondo, às características faciais de uma criança.

"Flobi", com grandes olhos capazes de expressar emoçõesFoto: DW

Com o movimento de lábios, sobrancelhas e pálpebras, Flobi pode expressar emoções básicas, como tristeza, alegria, medo e surpresa de maneira convincente.  

Além da aparência externa, o comportamento do robô é fundamental para que ele seja aceito. Ele não deve agir de forma mecânica, mas de forma independente e tomar suas próprias decisões.

Para isso, os robôs precisam ser capazes de aprender. Pela convivência entre homem e máquina, o robô deve identificar as pessoas pelo nome e aprender a reagir de maneira adequada. Só assim a máquina pode parecer mais humana.

Autor: Alexander Freund (bv)
Revisão: Francis França

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