Pesquisas confirmam partido de Merkel na liderança
15 de setembro de 2017
Duas novas sondagens colocam CDU/CSU bem à frente do Partido Social-Democrata, que se mantém na segunda colocação. Disputa pelo terceiro lugar continua acirrada, com tendência favorável à AfD.
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Duas novas pesquisas eleitorais divulgadas nestas quinta e sexta-feira (15/09) pelas emissoras de televisão ARD e ZDF mostram que a coligação entre a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU), com a chanceler federal Angela Merkel como candidata de ponta, deverá vencer com folga a eleição legislativa da Alemanha, em 24 de setembro.
Na pesquisa da ARD, a CDU/CSU está com 37% da intenção da voto, mesmo percentual da sondagem anterior. Na da ZDF, as duas legendas irmãs alcançam 36%, queda de dois pontos percentuais em relação à enquete anterior.
Já o Partido-Social Democrata (SPD), liderado pelo candidato Martin Schultz, alcança 23% na pesquisa da ZDF (alta de um ponto percentual) e cai para 20% na sondagem divulgada pela ARD (queda de um ponto percentual). Este é o pior resultado do SPD numa sondagem desta campanha.
Em ambas as pesquisas, o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e o Partido Liberal Democrático (FDP) vêm em seguida, com a AfD alcançando 12% na pesquisa da ARD e 10% na da ZDF, e os liberais chegando a 9,5% e 10% nas mesmas sondagens.
Na pesquisa da ZDF, o partido A Esquerda ficou com 9% das intenções de voto, e o Partido Verde, com 8%. Na enquete da ARD, A Esquerda soma 9%, e o Partido Verde, 7,5%.
A uma semana da eleição, as pesquisas também mostram que em torno de 40% dos eleitores alemães ainda não decidiu em que legenda vai votar.
A pesquisa semanal da ZDF foi feita pelo instituto Wahlen e ouviu 1.383 eleitores entre os dias 12 e 14 de setembro. A da ARD foi feita pelo Infratest Dimap e consultou 1.503 pessoas entre 12 e 13 de setembro.
KG/dpa/rtr/ots
Todos os chefes de governo da Alemanha
Da eleição para o primeiro chanceler federal da Alemanha, em 1949, até hoje, a Alemanha testemunhou mudanças históricas. Relembre algumas delas e os nove chefes de governo da história do país.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Olaf Scholz (desde 2021)
Assumiu como chanceler federal em dezembro de 2021, comandando uma coalizão de seu Partido Social-Democrata (SPD) com o Partido Verde e o Partido Liberal Democrático (FDP). Antes, foi vice-chanceler de Angela Merkel e ministro das Finanças.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Angela Merkel (2005-2021)
A democrata-cristã doutora em Física foi a primeira mulher a chefiar um governo na Alemanha, em 2005. Foi reeleita em 2009, 2013 e 2017. Após 16 anos no poder, ela decidiu se aposentar.
Foto: dapd
Gerhard Schröder (1998 - 2005)
O social-democrata governou em coalizão com o Partido Verde. Por negar o apoio à guerra no Iraque, causou uma crise nas relações com os EUA. Com o tempo, a coalizão perdeu apoio principalmente por causa do fraco desempenho da economia alemã e por críticas ao programa de reformas Agenda 2010. O governo Schröder terminou com a perda da moção de confiança no Parlamento.
Foto: picture-alliance/dpa
Helmut Kohl (1982 - 1998)
Em outubro de 1982, Helmut Kohl assumia como chanceler federal alemão, cargo que ocuparia por 16 anos. Foi o chefe de governo alemão que por mais tempo ficou no cargo.
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Helmut Schmidt (1974 - 1982)
O governo de Helmut Schmidt foi marcado pelo terrorismo da Fração do Exército Vermelho (RAF).
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Willy Brandt (1969 - 1974)
Willy Brandt foi o primeiro chanceler federal social-democrata da Alemanha. Renunciou ao cargo em 1974, em consequência de um caso de espionagem.
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Kurt Georg Kiesinger (1966 - 1969)
Foi eleito por uma grande coalizão de partidos e assumiu o problema da crise econômica.
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Ludwig Erhard (1963 - 1966)
O segundo chanceler federal alemão teve apenas três anos de mandato. Ele renunciou devido ao rompimento da coalizão de governo. Mesmo assim, o democrata-cristão participou de forma ativa da reforma monetária alemã do pós-guerra.
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Konrad Adenauer (1949 - 1963)
A eleição do democrata-cristão Konrad Adenauer para primeiro chefe de governo da República Federal da Alemanha, em 15 de setembro de 1949, marcou o início de um longo processo de reestruturação política no país. Reeleito em 1953, 1957 e 1961, ele renunciou ao cargo aos 87 anos de idade, em 1963.