Petrúcio Ferreira leva ouro em Tóquio e quebra recorde
27 de agosto de 2021
Paratleta mais rápido do mundo, brasileiro conquista bicampeonato paralímpico nos 100 metros da classe T47 e bate recorde da categoria.
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O paraibano Petrúcio Ferreira dos Santos se tornou nesta sexta-feira (27/08) bicampeão paralímpico na prova dos 100 metros rasos da classe T47 (deficiência nos membros superiores). Petrúcio, de 24 anos, ainda alcançou um recorde paralímpico na categoria: 10s53.
O pódio teve ainda o carioca Washington Júnior, de 24 anos, que conquistou a medalha de bronze, com o tempo de 10s68. A prata ficou com o polonês Michal Darua (10s61). O paulista Lucas de Sousa Lima também competiu nos 100m rasos da classe T47, terminando em sexto lugar, com o tempo de 11s14.
Petrúcio já acumula quatro medalhas em Jogos Paralímpicos. Além de dois ouros, o paraibano conquistou duas pratas na Rio 2016: nos 400 metros rasos (T47) e no revezamento 4x100m (T42-47).
O paraibano continua sendo o paratleta mais rápido do mundo, título que conquistou em 2019, após fazer um tempo de 10s42 na semifinal dos 100m no Campeonato Mundial de Atletismo em Dubai.
Com o tempo de 10s53 atingido em Tóquio, o paraibano não quebrou, portanto, seu próprio recorde mundial, mas pôde comemorar o recorde paralímpico.
O paulista Christian Gabriel da Costa e o fluminense Ricardo Gomes Mendonça disputaram a prova de 100 m rasos da classe T37 (atletas com paralisia cerebral andantes). Mendonça foi o brasileiro mais bem colocado, tendo encerrado sua participação em quinto lugar, com o tempo de 11s52. Já Costa terminou na sétima posição, com 11s55.
Ainda nesta sexta-feira, o brasiliense Wendell Belarmino se tornou o campeão na prova de 50 metros livre masculino S11 (cegueira), com o tempo de 26s03.
Já o paulista Gabriel Bandeira conquistou medalha de prata na prova de 200 metros livre da classe S14 (deficiência intelectual), com o tempo de 1min52s74. Esta é a segunda medalha de Bill nesta atual edição dos Jogos, pois ele já havia levado ouro na prova de 100 m borboleta da classe S14 (deficiência intelectual).
A primeira medalha individual no feminino nos Jogos Paralímpicos veio com a pernambucana Maria Carolina Santiago na prova dos 100 metros costas da classe S12 (baixa visão). Ela faturou o bronze com o tempo de 1min09s18.
O Brasil já acumula 16 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio: cinco de ouro, quatro de prata e sete de bronze.
jps/lf (Agência Brasil, ots)
Grandes medalhistas olímpicos
Alguns já morreram, outros não competem mais. As modalidades dos atletas de maior sucesso nos Jogos Olímpicos são natação e hipismo.
Foto: dapd
Michael Phelps
Ele é o maior: não só por sua altura (1,92 m), mas também pelas medalhas olímpicas conquistadas. Em quatroOlimpíadas, o nadador americano ganhou 28 medalhas, sendo 23 delas de ouro. Em 2012, ele havia encerrado a carreira, mas não aguentou e voltou a competir dois anos depois. No Rio, garantiu cinco ouros e uma prata.
Foto: Getty Images/T. Pennington
Larissa Latynina
Seu sonho era se tornar bailarina, mas por sorte ela mudou de ideia, já que o balé não é disciplina olímpica. Entre 1956 e 1964, a então ginasta soviética subiu 18 vezes ao pódio, para receber nove medalhas de ouro. Depois de encerrar a carreira como atleta, ela se dedicou ao treinamento das equipes de ginástica olímpica da então União Soviética.
Foto: Imago
Paavo Nurmi
De 1920 a 1928, o finlandês conquistou 12 medalhas olímpicas, das quais nove de ouro. Nurmi estabeleceu 24 recordes mundiais, dos 1.500 metros até a corrida de uma hora. Em 1931, ele fez propaganda para o medicamento Rejuven, que hoje seria considerado anabolizante. Em 1932, ele recebeu uma proibição vitalícia de competir, sob a acusação de lesar as regulamentações de amadorismo.
Foto: picture-alliance/Imagno/Austrian Archives
Mark Spitz
Nos Jogos de 1972, em Munique, o nadador americano ganhou sete medalhas de ouro. Na Olimpíada anterior, no México, ele havia conquistado prata e bronze. Aos 22 anos de idade, ele encerrou a carreira para comercializar sua popularidade. Em 1992, aos 41 anos, ele tentou se qualificar para os Jogos de Barcelona, mas fracassou.
Foto: Imago
Carl Lewis
O americano dominou o salto em distância e os 100 metros rasos nas décadas de 1980 e 1990. Em 1999, ele inclusive foi eleito "atleta do século". Com nove medalhas de ouro e uma de prata, ele é um dos atletas mais bem sucedidos da história olímpica. Em 2003, Lewis admitiu ter usado substâncias proibidas durante a carreira no atletismo.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Birgit Fischer
A canoísta é a alemã mais bem sucedida em Olimpíadas. Ainda nos tempos da Alemanha Oriental e mais tarde pela Ocidental, ela conquistou 12 medalhas (oito de ouro e quatro de prata). Ela participou de seis Jogos, sendo que em 1984 não pôde ir a Los Angeles por causa do boicote da Europa Oriental. Sua supremacia por tanto tempo lhe valeu um registro no livro Guinnes de recordes.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Reiner Klimke
O cavaleiro Reiner Klimke é o segundo maior medalhista olímpico alemão. Nos Jogos de 1964 a 1988, ele conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze no adestramento. Klimke fez doutorado em Direito e foi um dos poucos atletas alemães ativos na política. Até hoje, é um dos mais bem sucedidos atletas olímpicos em sua modalidade.
Foto: picture-alliance/dpa
Kristin Otto
A nadadora participou apenas uma vez de Jogos Olímpicos, em 1988 em Seul, quando arrebarou nada menos que seis medalhas de ouro para a então Alemanha Oriental. Em 1999 e 2000, a equipe de natação alemã-oriental e seu treinador foram condenados por prática de doping anos a fio. Kristin, hoje jornalista esportiva, afirma que durante sua carreira nunca soube que era vítima de doping sistemático.
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Isabell Werth
Em Tóquio, a alemã participou pela sexta vez de uma Olimpíada. Ela coleciona sete medalhas olímpicas de ouro e quatro de prata. Em 2009, uma substância proibida encontrada em seu cavalo lhe valeu uma suspensão de seis meses. Em 2013, novas acusações de doping contra ela não foram comprovadas.
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Torben Grael e Robert Scheidt
Eles são os brasileiros com o maior número de medalhas olímpicas (cinco cada). Grael conquistou ouro em Atenas (2004) e em Atlanta (1996), bronze em Seul (1988) e em Sydney (2000) e prata em Los Angeles (1984). Já Scheidt (na foto) ganhou ouro em Atlanta (1996) e em Atenas (2004), prata em Sidney (2000) e em Pequim (2008) e bronze em Londres (2012).