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PF faz buscas em sala de deputado por atos antidemocráticos

18 de janeiro de 2024

Bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) foi um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga financiadores, incitadores e mentores de atos antidemocráticos que levaram aos ataques do 8 de Janeiro.

Carro escuro da Polícia Federal deixando garagem
Polícia Federal (foto de arquivo) cumpriu oito mandados no Rio de Janeiro e dois no Distrito FederalFoto: Jose Lucena/ZUMAPRESS.com/picture alliance

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de mandados de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, lançada nesta quinta-feira (18/01). A operação investiga financiadores, mentores e incentivadores de atos antidemocráticos que levaram aos ataques do 8 de Janeiro.

Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Oito deles ocorreram em endereços no Rio de Janeiro, e dois no Distrito Federal. Os agentes foram até o gabinete na Câmara dos Deputados e à residência do deputado, onde uma arma e R$ 1 mil foram apreendidos.

Entre os supostos crimes investigados estão abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

Segundo nota da PF, a nova fase da operação mira especificamente atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.

Também foram alvos da PF pessoas que montaram acampamento em frente à 2ª Companhia de Infantaria em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

"Mandado arbitrário"

Em vídeo divulgado no X, antigo Twitter, Jordy afirmou que o mandado é "totalmente arbitrário" e que nunca apoiou atos antidemocráticos. 

"É inacreditável. Esse mandado de busca e apreensão que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Em momento algum do 8 de Janeiro eu incitei ou falei para as pessoas que aquilo era correto. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, embora as pessoas tivessem todo o direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito", declarou.

Ele chamou a busca de "autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal".

"Fui acordado hoje às 6h, estava dormindo com a minha filha e a minha esposa. E fui acordado com fuzil no rosto pela Polícia Federal", reclamou Jordy.

md/bl (ots, EBC)

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