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PF prende Geddel após descoberta de R$ 51 milhões em bunker

8 de setembro de 2017

Agentes cumprem mandado de prisão preventiva após maior apreensão de dinheiro em espécie da história do Brasil ter sido feita em imóvel que seria usado pelo ex-ministro.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, em foto de arquivo
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, em foto de arquivoFoto: Valter Campanato/Agencia Brasil

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta sexta-feira (07/09) mandado de prisão preventiva contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), após mais de 51 milhões de reais terem sido encontrados em imóvel em Salvador que teria sido emprestado a ele – a maior apreensão de dinheiro em espécie da história do Brasil.

Sete agentes da PF chegaram em dois carros ao condomínio do ex-ministro por volta das 6h, deixando o prédio cerca de uma hora depois. Geddel saiu transportado no banco de trás de um dos automóveis, que seguiram rumo ao Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães.

O ex-ministro cumpria prisão domiciliar em Salvador desde julho. Ainda que a Justiça tenha determinado que ele usasse tornozeleira eletrônica, ele não o fazia porque o governo da Bahia não teria o equipamento disponível.

Investigadores encontraram impressões digitais do ex-ministro no apartamento onde estavam os mais de 51 milhões de reais, depositados em malas e caixas. O dinheiro, atribuído a Geddel, foi encontrado na terça-feira, durante busca ordenada pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.

A operação foi batizada de Tesouro Perdido e é decorrente da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Nesse período, Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição. Geddel é acusado de receber 20 milhões de reais em esquema de propinas da Caixa.

Até novembro de 2016, Geddel era ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, mas foi forçado a renunciar devido a fortes pressões decorrentes de suspeitas do crime de tráfico de influência. Ele foi acusado de pressionar autoridades para a liberação de uma obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Salvador.

MD/ots