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Pfizer confirma mais 100 milhões de doses ao Brasil

15 de maio de 2021

De acordo com o Ministério da Saúde, imunizantes chegarão ao Brasil entre setembro e novembro. Anúncio de nova compra de vacinas ocorre em meio à CPI da Pandemia, que investiga possíveis omissões do governo.

Muitas ampolas da vacina. Ela tem tampa roxa.
Imunizante exige armazenamento em temperaturas baixíssimasFoto: Chris Aluka Berry/REUTERS

A farmacêutica americana Pfizer confirmou nesta sexta-feira (14/05) que assinou um novo contrato com o governo brasileiro para a venda de 100 milhões de doses da vacina contra covid-19 desenvolvida em parceria com a empresa alemã BioNTech.

Na terça-feira, o Ministério da Saúde adiantou que havia fechado um novo acordo com a Pfizer, mas que ainda aguardava a assinatura da farmacêutica.

"Estamos muito felizes em celebrar este acordo adicional com o governo brasileiro e assim ampliar nosso apoio à imunização de milhões de brasileiros", disse Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil, em comunicado.

De acordo com o Ministério da Saúde, os 100 milhões de doses serão entregues entre setembro e novembro e se somam a outros 100 milhões de um contrato firmado em março.

O primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer-BioNTech chegou ao Brasil no final de abril e foi destinado às capitais, devido à dificuldade de logística, já que o imunizante exige armazenamento em temperaturas baixíssimas. Conforme o cronograma, está prevista a entrega de outros 2,5 milhões em maio e 12 milhões em junho.

Aquisição em meio à CPI

O anúncio desta sexta-feira ocorre em meio à CPI da Pandemia, que investiga possíveis omissões do governo federal na condução da crise sanitária no Brasil, e um dia após o depoimento aos senadores do gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, que afirmou que a companhia fez ao menos cinco ofertas de imunizantes ao Brasil no ano passado, todas ignoradas pelo governo federal.

Segundo Murillo, a primeira proposta da Pfizer ao Brasil foi feita em 14 de agosto de 2020. A empresa ofereceu contratos para a compra de 30 milhões ou 70 milhões de doses da vacina. Depois de uma primeira reunião, a farmacêutica procurou o governo outras duas vezes ainda em agosto de 2020, com propostas semelhantes, mas o governo ignorou as ofertas da empresa, que tinham validade de 15 dias, segundo o representante da Pfizer. "Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas tampouco aceitou."

Após os contatos de agosto, a empresa voltou a procurar o governo brasileiro duas vezes em novembro. 

Isso soma cinco ofertas ignoradas pelo governo Bolsonaro em 2020. Elas se juntam a uma sexta proposta feita pela Pfizer em 15 de fevereiro de 2021, também recusada.

le (Agência Brasil, ots)

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