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Pfizer e Biontech anunciam que vacina tem eficácia de 95%

18 de novembro de 2020

Empresas dizem que não houve efeitos colaterais graves nos testes e que pedirão em breve aprovação de emergência para sua vacina contra a covid-19.

Vacina da Pfizer-Biontech
Pfizer está produzindo uma vacina para a covid-19 em parceria com a alemã BiontechFoto: Jens Krick/Flashpic/picture alliance

A companhia farmacêutica Pfizer e a empresa alemã Biontech anunciaram nesta quarta-feira (18/11) que a vacina que estão produzindo para combater o novo coronavírus tem uma eficácia de 95%, a partir de sete dias após a aplicação da segunda dose. As duas doses são aplicadas com intervalo de três semanas.

A eficácia entre adultos acima dos 65 anos, que são grupo de risco, foi de 94%, acrescentaram as empresas, com base em dados da fase 3 de testes, que ocorre em vários países, incluindo o Brasil. "A eficácia foi constante segundo a idade, sexo, raça e etnia", segundo as empresas.

Elas anunciaram ainda que a vacina contra a covid-19 é segura, que não houve efeitos colaterais graves e que se preparam para pedir em alguns dias a aprovação de emergência nos Estados Unidos.

Os resultados referem-se a um estudo concluído sobre a vacina, segundo as empresas. Eles serão agora analisado por especialistas independentes e pela agência reguladora de medicamentos e alimentos americana, a Food and Drug Administration (FDA).

O estudo contou com a participação de mais de 43 mil pessoas na Alemanha, no Brasil, nos EUA, na Turquia, na África do Sul e na Argentina. Testes vão continuar a coletar dados quanto à segurança e a eficácia da vacina em voluntários por mais dois anos.

"Céticos têm que tomar vacina contra covid-19"

03:16

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Durante a fase 3 dos testes clínicos foram confirmados 170 casos de infecção entre os mais de 43 mil voluntários, sendo que 162 foram entre voluntários do grupo de placebo, e oito entre os que tomaram a vacina.

"O resultado é um importante passo nessa histórica jornada de oito meses para produzir uma vacina capaz de ajudar a encerrar essa pandemia devastadora", disse o presidente da Pfizer, Albert Bourla.

As empresas já haviam divulgado dias atrás uma primeira avaliação sobre o desempenho do agente imunológico, quando afirmaram que a eficácia era superior a 90%.

Na semana passada, a Pfizer comunicou que está em contato com o governo brasileiro para discutir um possível fornecimento da vacina, que poderia estar disponível já no primeiro trimestre de 2021.

Outras vacinas promissoras

Nesta segunda-feira, outra empresa, a Moderna, revelou que estudos preliminares indicaram uma eficácia de 94,5% para a sua vacina, que, assim como a da Pfizer-Biontech, também usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA).

Até hoje, nenhuma vacina com essa tecnologia foi aprovada para uso.

Nesta terça-feira, um estudo publicado na revista especializada The Lancet Infectious Diseases apontou que a vacina chinesa Coronavac produziu, depois de 28 dias, anticorpos em 97% dos voluntários saudáveis testados e é segura. 

A Coronavac é fabricada pela empresa chinesa Sinovac e está na fase 3 de testes em diversas regiões do Brasil desde julho, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Os dados do estudo são das fases 1 e 2.

AS/afp/efe/ap/rtr