Pfizer e Moderna aumentam preço de vacina anti-covid para UE
1 de agosto de 2021
Com base em trechos do contrato entre farmacêuticas americanas e União Europeia, jornal revela que termos da transação mudaram. Bloco se diz próximo de vacinar pelo menos 70% de sua população nos próximos dois meses.
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As fabricantes americanas de vacinas Pfizer e Moderna subiram os preços de seus imunizantes contra a covid-19 nos contratos de fornecimento com a União Europeia, relatou o jornal Financial Times neste domingo (01/08).
"Brasil errou ao não negociar vacinas no momento adequado"
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O preço da Pfizer saltou de 15,50 euros (Rnbsp;95,80) por dose para 19,50 euros (Rnbsp;120,50); enquanto a Moderna passou dos 19 euros exigidos pelos primeiros lotes para 25,50 euros por dose – ainda abaixo dos 28,50 euros (Rnbsp;176,20) inicialmente acordados, já que nesse meio tempo a encomenda aumentou.
O FT baseou sua reportagem em trechos a que teve acesso do contrato relativo às vacinas contra o novo coronavírus, além de fontes ligadas à transação. Procuradas pela agência de notícias Reuters, nenhuma das duas fimas farmacêuticas se dispôs a comentar.
Na terça-feira, a Comissão Europeia informou que a UE estaria próxima da meta de vacinar completamente pelo menos 70% de sua população adulta, até o fim do verão (meados de setembro). Em maio, o bloco declarara que, dentro do mesmo prazo, esperava ter recebido mais de 1 bilhão de doses de quatro farmacêuticas. Ao todo a UE conta cerca de 449 milhões de habitantes.
av (Reuters,ots)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.