Ferdinand Piëch, neto do fundador da VW, perde disputa de poder dentro da maior montadora da Europa e deixa presidência do conselho administrativo. O vice de Piëch, Berthold Huber, agora assume interinamente a função.
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A Volkswagen informou neste sábado (25/04), por meio de um comunicado, que Ferdinand Piëch renunciou, com efeito imediato, à presidência e à afiliação no conselho de administração da empresa. Sua esposa, Ursula Piëch, também abdicou de seu cargo no conselho.
Até a eleição de um novo presidente, o vice de Piëch, Berthold Huber, assumirá interinamente a chefia do conselho administrativo. "No desenrolar das últimas duas semanas, houve uma perda de confiança entre o presidente do conselho administrativo e os outros membros do grêmio. Nos últimos dias, tal perda se mostrou irreparável."
Luta de poder
Com a saída de Piëch, encerra-se uma disputa de poder na liderança da VW que vinha se arrastando nas últimas semanas. Há cerca de 14 dias, o empresário de 78 anos declarou à revista Der Spiegel que havia se distanciado do CEO da empresa, Martin Winterkorn, considerado até então seu "filho adotivo".
Winterkorn era cotado para ser o sucessor de Ferdinand Piëch na presidência do conselho administrativo da segunda maior montadora do mundo, a primeira da Europa.
Com o distanciamento, o futuro de Winterkorn passou a ser uma incógnita. Em seguida, foi o próprio Piëch que passou a sofrer cada vez mais pressão.
Grande acionista da VW, chefe do conselho administrativo e antigo presidente-executivo da montadora, Piëch era considerado o centro de poder da empresa. Ele é neto do fundador da Volkswagen, Ferdinand Porsche. Com a renúncia de Piëch, a segunda maior montadora do mundo está agora diante de uma nova era.
CA/dpa/rtr/afp
Modelos brasileiros da Volkswagen
O primeiro veículo totalmente projetado e desenvolvido pela VW do Brasil foi a Brasília, lançada em 1973. Desde então, a Volkswagen lançou diversos modelos nacionais, como o Gol, Parati, Voyage, Fox e tantos outros.
Foto: Volkswagen do Brasil
Protótipo
A partir de 1959, os engenheiros da Volkswagen alemã passaram a trabalhar num protótipo sucessor do Fusca: o EA 97. No entanto, a concorrência interna do Tipo 3, como também do Audi 60, fez com que a VW desistisse de produzir o modelo na Alemanha. Em vez de esquecê-lo para sempre, ele foi desmontado e embarcado para o Brasil, onde deu origem ao primeiro carro "nacional" da Volkswagen.
Foto: DW/C. Albuquerque
VW Variant
No entanto, antes de chegar ao destino brasileiro, o navio e sua carga afundaram. Foi preciso mais de um ano para o resgate e a limpeza. Em 1968, a VW do Brasil retrabalhou o design do sedã, cujos faróis assumiram linhas retilíneas. O resultado desse desenvolvimento: o VW 1600, a Variant (1969) e o fastback TL (1970).
Foto: Volkswagen do Brasil
VW 1600
A linha VW 1600/Variant/TL possuía motor traseiro refrigerado a ar e plataforma do Fusca. As formas retangulares do VW 1600, no entanto, não convenceram a todos. O modelo saiu de linha em 1971. Já a perua Variant e o fastback TL ajudaram a solidificar a posição da VW no mercado brasileiro, como sucessores do Fusca. Somente da Variant, a VW do Brasil produziu quase 257 mil unidades até 1977.
Foto: Volkswagen do Brasil
VW Brasília
O primeiro veículo totalmente projetado e desenvolvido pela VW do Brasil foi a Brasília, lançada em 1973. A Brasília também foi um modelo de grande sucesso da Volkswagen no país, alcançando cerca de 950 mil unidades produzidas nos nove anos em que esteve no mercado. Foi projetada para aliar a robustez do Fusca ao conforto de um carro com maior espaço interno e design mais moderno.
Foto: Volkswagen do Brasil
SP2
Com o mercado fechado às importações, poucos eram os carros esportivos brasileiros. Isso levou a VW do Brasil a desenvolver o SP1 e o SP2, versão que prevaleceu no mercado. Mas o alto preço e a baixa performance do motor não convenceram: o carro saiu de linha em 1976. Produzido em pequena escala, ele é hoje um cobiçado item de colecionador. Na foto: um SP2 (1973) no Museu da VW em Wolfsburg.
Foto: DW/C. Albuquerque
VW Gol
Na década de 1980, com o parque automobilístico brasileiro consolidado, a Volkswagen iniciou a produção da série que se tornaria seu maior sucesso de vendas e que deu origem aos modelos Gol, Parati, Saveiro, Voyage e Fox. Lançado em 1980, o Gol é o modelo de maior êxito da marca VW no Brasil, com 7 milhões de unidades produzidas e 26 anos consecutivos na liderança de vendas.
Foto: Volkswagen do Brasil
Novo Gol
Em 1980, o Gol era vendido apenas com motor movido a gasolina ou álcool. Em 1988, a VW lançava o Gol GTI, o primeiro automóvel brasileiro com injeção eletrônica. Ele também foi o primeiro carro do Brasil com propulsor bicombustível (2003). Em 2013, o Gol passou a adotar o padrão mundial de identidade da Volkswagen, composto pelas barras horizontais e faróis com linhas retangulares.
Foto: Volkswagen do Brasil
VW Parati
No início da década de 1980, a VW do Brasil lançou a chamada Família BX (Gol, Saveiro, Voyage e Parati). Em 1982, o lançamento da versão station wagon (perua) do Gol marcou o fim da produção da VW Brasília e da Variant. A princípio, ela deveria se chamar "Angra". Para evitar uma correlação com as usinas nucleares localizadas naquela cidade fluminense, optou-se então pelo nome Parati.
Foto: Volkswagen do Brasil
VW Parati 2013
Com a queda de vendas e a concorrência do SpaceFox, uma das maiores surpresas da linha 2013 apresentada pela VW foi a manutenção da Parati em sua palheta de produtos, pois seu fim já havia sido especulado em 2012. A VW Parati 2013 é um dos modelos mais antigos da Volkswagen ainda em vendas no país. Assim como a Kombi, muito acreditam que sua produção também deverá se encerrar este ano.
Foto: Volkswagen do Brasil
Voyage
O VW Voyage foi lançado no Brasil em 1981. O design desse sedã compacto baseado no Gol seguia a tendência dos carros da VW fabricados na Europa durante a década de 1970. A parte mecânica era a do Passat fabricado no Brasil. Apesar de manter o nome, o Voyage mudou radicalmente ao longo dos anos e, com 30 anos de história, a primeira geração já virou peça de colecionador.
Foto: Volkswagen do Brasil
Novo Voyage
Em 2008, a VW do Brasil lançava a nova geração do Voyage. Juntamente com o então Novo Gol, ele inaugurou um novo padrão de qualidade, economia e desempenho no segmento de carros de entrada. Já o Novo Voyage (2013) passou por mudanças na traseira e dianteira. Assim como os modelos anteriores, ele se baseia na plataforma do Gol e se destina principalmente ao mercado sul-americano.
Foto: Volkswagen do Brasil
Saveiro
Lançada em 1982, a VW Saveiro é a versão picape do Gol. A inspiração do nome veio da embarcação destinada ao transporte de mercadorias. Inicialmente, a picape foi fabricada com motor refrigerado a ar, mas logo em 1985 a concorrência fez com que a VW mudasse para a refrigeração a água. Até 2002, a VW Saveiro foi o utilitário leve mais vendido no Brasil.
Foto: Volkswagen do Brasil
Saveiro Cross
Assim como o Gol, a atual geração da VW Saveiro estreia a nova identidade visual da Volkswagen em 2013. A Saveiro Cross, picape top de linha que na foto aparece na versão 2010, fica com formas mais discretas. Mas a grande novidade está no lançamento da Nova Saveiro Cabine Dupla. A falta da cabine dupla ainda era o ponto fraco da VW na disputa pela liderança desse segmento de mercado.
Foto: Volkswagen do Brasil
Fox BlueMotion
Este é o terceiro modelo da VW do Brasil com tecnologia BlueMotion. Sua aerodinâmica aliada a modificações mecânicas e aos pneus de baixa resistência ao rolamento proporcionam economia de combustível, reduzindo assim o impacto no meio ambiente. O VW Fox BlueMotion é mais caro que o Fox 1.6 tradicional, mas é uma boa opção para quem quer contribuir para a sustentabilidade do planeta.