PIB brasileiro cresce 1,2% e volta ao patamar pré-pandemia
1 de junho de 2021
Resultado no 1° trimestre veio acima do esperado, mesmo com piora da pandemia no país. Mas há desaceleração no ritmo de recuperação, após alta de 3,2% no quarto trimestre de 2020, e desemprego continua com alta recorde.
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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o último trimestre de 2020, segundo dados divulgados nesta terça-feira (01/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números do IBGE confirmam um início de ano de expansão para a economia brasileira. Entretanto, há desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% ocorrido no quarto trimestre de 2020. O novo resultado vem na esteira da piora da pandemia no país, que teve uma aceleração em março.
O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução econômica.
Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 1%.
Este é o terceiro resultado positivo após os recuos registrados no primeiro (-2,2) e no segundo (-9,2) trimestres do ano passado.
A expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%).
De acordo com o IBGE, "com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014".
Mesmo com a alta incerteza e as preocupações decorrentes da pandemia de coronavírus, indicadores econômicos vêm surpreendendo positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB em 2021.
Apesar da recuperação do PIB, outros indicadores continuam a mostrar números negativos. No fim de maio, o IBGE divulgou que desemprego no Brasil atingiu a taxa recorde de 14,7% no primeiro trimestre. O número de desempregados também bateu um novo recorde, chegando a 14,8, milhões de pessoas. É o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.
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Expectativa para 2021
A expectativa do mercado financeiro é de que o PIB brasileiro tenha crescimento de 3,96% neste ano, conforme o último Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. A projeção está acima da expectativa do próprio governo, que prevê uma alta de 3,5% para o PIB neste ano, de acordo com o Boletim Macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), do Ministério da Economia. Entretanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o país pode crescer de 4,5% a 5%.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve nesta segunda-feira a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas previu que o pais deverá ter um crescimento menor que a média mundial.
md/jas (ots)
Os ricos que lucraram com a covid-19
Enquanto muitos negócios foram duramente atingidos pela pandemia do novo coronavírus, alguns conseguiram multiplicar fortunas com a crise. Entre eles estão conhecidos bilionários.
Foto: Dennis Van TIne/Star Max//AP Images/picture alliance
Como ficar mais rico
Jeff Bezos (na foto com a namorada Laura Sanchez no Taj Mahal), fundador da Amazon, já era a pessoa mais rica do mundo e com o coronavírus multiplicou seu patrimônio. A revista "Forbes" estima sua fortuna em 193 bilhões de dólares. Sua empresa de comércio eletrônico fez negócios em ritmo acelerado durante a pandemia. As ações da Amazon bateram novos recordes.
Foto: Pawan Sharma/AFP/Getty Images
Tecnologia em alta no mercado
A Tesla, empresa de Elon Musk, produz carros, mas na bolsa é tratada como uma empresa de alta tecnologia. Musk lucrou com o entusiasmo do mercado em torno de ações de tecnologia durante a pandemia. Há pouco tempo, o empresário sul-africano ultrapassou Bill Gates na lista dos mais ricos do mundo. Sua fortuna é avaliada em 132 bilhões de dólares.
Foto: Getty Images/M. Hitij
Uma ideia certa no momento ideal
O aumento do número de pessoas trabalhando em casa durante a pandemia foi a grande oportunidade de Eric Yuan. O fundador do Zoom se mudou da China para os EUA quando tinha 27 anos. Depois de alguns anos na rival WebEx, ele lançou sua própria plataforma de videoconferência, o Zoom, em 2019. Desde a crise, as ações da empresa explodiram. Estima-se que Yuan tenha uma fortuna de 19 bilhões de dólares.
Foto: Kena Betancur/Getty Images
Sucesso com exercícios físicos
Regras de distanciamento e fechamento de academias foram ótimos para John Foley. Em 2013, ele ainda buscava apoio para seu equipamento de ginástica numa plataforma de financiamento coletivo. Hoje, as pessoas estão dispostas a gastar muito dinheiro com o Peloton. As ações da empresa triplicaram durante a pandemia, e inesperadamente Foley, de quase 50 anos, se tornou bilionário.
Foto: Mark Lennihan/AP Photo/picture alliance
Conquistador do mundo
Desenvolvido por Tobias Lütke, a Shopify permite que comerciantes criem suas próprias lojas online. Nascido em Koblenz, o alemão emigrou para o Canadá em 2002 e começou um negócio de garagem como tantos outros. Hoje, a Shopify é a empresa mais valiosa do Canadá, com os preços de suas ações dobrando desde março. A revista "Forbes" estima a fortuna de Lütke, de 39 anos, em 9 bilhões de dólares.
Foto: Wikipedia/Union Eleven
Bilionário da noite para o dia
Já no início de janeiro, Ugur Sahin apostou no cavalo certo ao trabalhar numa vacina contra a covid-19. O imunizante desenvolvido por sua empresa alemã Biontech já foi aprovado no Reino Unido. A vacina empurrou Sahin para os holofotes e o tornou bilionário. O valor de ações que ele possui é estimado em 5 bilhões de dólares.
Foto: BIONTECH/AFP
Ingredientes de sucesso
A empresa de kits de refeição entregues em casa HelloFresh está em alta. Os lucros mais do que triplicaram durante a pandemia, segundo dados de novembro. Cofundador e acionista Dominik Richter aproveitou ao máximo o fechamentos de restaurantes. Ele ainda não está no nível dos bilionários que se beneficiaram com pandemia, mas tem os ingredientes certos para chegar lá.
Foto: Bernd Kammerer/picture-alliance
Amazon em dobro
Jeff Bezos não é o único que ficou mais rico com a Amazon durante a pandemia. Graças a ações que possui da empresa, a ex-esposa de Bezos, Mackenzie Scott, chegou ao primeiro lugar na lista de mulheres mais ricas do mundo. Sua fortuna é estima em 72 bilhões de dólares.
Foto: Dennis Tan Tine/Star Max//AP/picture alliance