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História

Os 75 anos do pior massacre nazista contra civis na França

Jane Mcintosh cn
10 de junho de 2019

Em Oradour-sur-Glane, nazistas executaram 642 pessoas. Maioria das vítimas eram mulheres e crianças que foram queimadas vivas. Ruínas da vila foram transformadas em memorial para lembrar crueldade cometida ali.

Ruínas de Oradour-sur-Glane
Ruínas de Oradour-sur-Glane viraram memorialFoto: picture-alliance/All Canada Photos/I. Cook

A França lembrou nesta segunda-feira (10/06) os 75 anos do massacre de Oradour-sur-Glane numa cerimônia nas ruínas da vila, que foi palco do pior ataque nazista contra civis no país durante a Segunda Guerra Mundial. Soldados alemães mataram 642 moradores do local.

A ministra francesa de Estado, ligada ao Ministério da Defesa, Genevieve Darrieussecq, prestou homenagem aos mortos e participou de uma passeata pelas ruínas da antiga vila, localizada na região central da França.

O massacre ocorreu apenas quatro dias depois do Dia D – a invasão dos aliados da França ocupada pelos nazistas. Os civis teriam sido mortos, no entanto, em retaliação ao rapto de um soldado alemão pela resistência francesa.

Oradour-sur-Glane foi incendiada após massacreFoto: picture-alliance/dpa/Y. Valat

No dia 10 de junho de 1944, o regimento "Der Führer" da divisão de tanques da SS (organização paramilitar ligada ao partido nazista) foi enviado para a pequena vila de Oradour-sur-Glane, localizada a 20 quilômetros ao norte de Limoges.

Mulheres e crianças foram reunidas e levadas para a igreja da vila que foi incendiada. Aqueles que tentavam escapar das chamas eram fuzilados. Os homens foram metralhados em celeiros e garagens. Soldados vasculharam ainda toda a vila em busca de sobreviventes para mata-los. Após o massacre, Oradour-sur-Glane foi queimada.

Ao todo, 642 pessoas foram mortas. Entre as vítimas havia 246 mulheres e 207 crianças, seis delas bebês com menos de seis meses.

Cerca de 30 mil pessoas visitam a vila memorial por anoFoto: Jean-Pierre Muller/AFP/Getty Images

Depois do massacre, o então presidente francês Charles de Gaulle ordenou que as ruínas da vila, intactas, fossem transformadas num memorial em lembrança dos assassinatos e da crueldade cometida ali.

Até hoje não se sabe exatamente os motivos que ocasionaram o massacre. Em 1953, um tribunal militar em Bordeaux ouviu acusações contra 65 dos 200 alemães que participaram das mortes. Em 2014, um tribunal em Colônia, no oeste da Alemanha, apresentou acusações contra um ex-membro da SS de 88 anos que participou da ação, mas o julgamento foi suspenso por falta de testemunhas.

Em 2004, o então chanceler federal alemão Gerhard Schröder participou das cerimônias que marcaram o Dia D na França e prometeu que a Alemanha jamais esqueceria as atrocidades nazistas, mencionando especificamente Oradour-sur-Glane. Em 2013, o então presidente alemão Joachim Gauck visitou a vila com o presidente francês François Hollande.

Cerca de 30 mil pessoas visitam a vila memorial por ano.

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