1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Pisa 2009

7 de dezembro de 2010

Segundo o estudo do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Brasil ocupa posições inferiores no ranking de 65 países liderado por Xangai, na China. Mas só duas nações tiveram progressos maiores em dez anos.

470 mil estudantes são avaliados pelo PisaFoto: AP

A cada três anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avalia os conhecimentos de matemática, leitura e ciências entre estudantes de 15 anos de idade provindos de 65 países.

De acordo com o mais recente relatório do Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), divulgado nesta terça-feira (07/12), os jovens da cidade chinesa de Xangai têm a melhor formação do mundo, tendo conquistado as melhores notas nas provas aplicadas em 2009.

Outros países asiáticos, como a Coreia do Sul e Cingapura, também obtiveram pontuações altas. Eric Charbonnier, especialista em educação da OCDE, atribua esses resultados a valores educacionais que priorizam tanto a igualdade quanto a qualidade.

"Em Xangai, uma cidade com 20 milhões de habitantes, a política tenta combater as condições sociais desfavoráveis, à medida que observa as escolas com maiores dificuldades e para lá envia os melhores professores", afirma Charbonnier.

Europa bem cotada

A Finlândia, elogiada pelos especialistas do Ocidente por seu sistema educacional, é o país europeu com melhor classificação no ranking, ficando em segundo lugar em ciências (554 pontos), terceiro em leitura (536) e sexto em matemática (541).

Outros sete países europeus também tiveram uma pontuação boa, mantendo-se acima da média da OCDE: Bélgica, Estônia, Islândia, Holanda, Noruega, Suíça e Polônia. Esta fez um rápido progresso desde a implementação das reformas educacionais, observa o relatório.

Alemanha fora do pódio

Segundo a avaliação da OCDE, o desempenho dos alunos alemães melhorou nos últimos dez anos. O país alcançou a média de pontos das demais nações ricas, equiparando-se a Estados Unidos, Suécia, França, Irlanda, Dinamarca, Inglaterra, Hungria e Portugal.

Mas a Alemanha ainda está longe de ocupar o topo da lista. Os alunos alemães fizeram 497 pontos em leitura, 513 em matemática e 520 em ciências.

Annette Schavan é ministra da Educação da AlemanhaFoto: AP

Para a ministra da Educação, Annette Schavan, a Alemanha demonstrou grandes avanços, mas não alcançou seu objetivo. Para reverter esse cenário, ela propôs um plano de ação que prevê a ampliação do programa de incentivo à leitura. Outra meta é aumentar o número de estudantes formados nas escolas profissionalizantes e criar grupos de tutores.

Brasil cresce, mas continua mal colocado

Apesar de ter melhorado sua colocação ao longo da década, o Brasil ainda ocupa os últimos lugares do ranking de 65 países. A pontuação dos alunos brasileiros foi de 405 em ciências (52º lugar), 412 em leitura (51º lugar) e 386 em matemática (55º lugar).

Ainda de acordo com os resultados apresentados pela OCDE, o país está entre as três nações que alcançaram a maior evolução no setor educacional na última década. Desde que ingressou no Pisa, em 2000, o Brasil conseguiu elevar sua média de 368 para 401 pontos.

Nesse mesmo período, apenas dois países demonstraram melhorias superiores: Chile (mais 37 pontos) e Luxemburgo (mais 38 pontos).

MDA/afp/dpa/abr/lusa
Revisão: Simone Lopes

Pular a seção Mais sobre este assunto