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Pitadas: Sopa de aspargos frescos

Luisa Frey
27 de maio de 2017

Já conhecido por gregos e romanos, vegetal é muito apreciado na Alemanha de abril a junho, quando restaurantes lhe dedicam boa parte de seus cardápios. Aprenda a preparar a sopa de aspargos brancos ou verdes.

Sopa de aspargos brancos guarnecida com aspargos brancos e verdes
Sopa de aspargos brancos guarnecida com aspargos brancos e verdesFoto: Imago

Adoro a primavera na Alemanha, quando grande parte dos restaurantes tem um cardápio especial dedicado aos aspargos. Aspargos com molho holandês, presunto e batatas; sopa de aspargos; salada de aspargos. É preciso aproveitar, porque a temporada de spargel é curta por aqui, indo de abril a junho.

Em tempos de globalização, acho muito interessante esse valor que se dá a produtos da época. Apesar de haver aspargos de países como Espanha e Peru em outros períodos do ano nos supermercados, o aspargo alemão é o mais valorizado. A colheita dos primeiros vegetais produzidos no país é aguardada ansiosamente, e quase todo alemão tem em casa um descascador específico para a iguaria.

Em 2015, houve 25,7 mil hectares de plantações de aspargos na Alemanha, tendo sido o vegetal mais cultivado no país em termos de área. No total, foram colhidas 114 mil toneladas de aspargos, a maioria produzida nos estados da Baixa Saxônia, Baviera, Renânia do Norte-Vestfália e Brandemburgo.

Até o século 18, os aspargos verdes eram os mais conhecidos. Somente a partir de então, com o desenvolvimento de métodos especiais na Holanda, é que as variedades brancas começaram a se difundir: protegidos da luz, eles não tomam cor.

As propriedades medicinais do aspargo já eram conhecidas há milênios por chineses, egípcios, gregos e romanos. O vegetal é rico em vitamina C, A, K, fibras, manganês e potássio, e atua como antioxidante.

Comer aspargos pode provocar imediatamente um cheiro forte na urina, resultado do processamento de um de seus componentes, que contém enxofre. Mas nem todo mundo tem esses metabólitos – e mesmo que tenha, o odor não é tão ruim que possa desencorajar o consumo da iguaria, com seu sabor fresco tão característico.

Seguem duas receitas de sopas de aspargos frescos – uma com brancos e outra com verdes, que podem ser mais fáceis de encontrar no Brasil.

Sopa de aspargos brancos

Ingredientes (para 4 pessoas)

750 g de aspargos brancos frescos

sal

1 pitada de açúcar

1 colher (chá) de suco de limão

125 ml de creme de leite fresco

2 gemas

2 colheres (sopa) de vinho branco seco

pimenta-do-reino

20 g de manteiga

salsinha picada para decorar

Modo de preparo

Lavar os aspargos e pelá-los com um descascador de legumes. Retirar a ponta da parte de baixo dos aspargos e cortá-los em pedaços de cerca de 3 centímetros. Cozinhar por 15 minutos os pedaços de aspargos em 800 ml de água com sal, açúcar e suco de limão.

Acrescentar o creme de leite ao caldo de aspargos. Bater as gemas com o vinho e acrescentar aos poucos à sopa ainda quente, mas não mais fervente, mexendo sempre. Temperar com sal e pimenta-do-reino a gosto, não deixando mais ferver. Distribuir a salsinha picada sobre a sopa na hora de servir.

Aspargos brancos são hoje mais apreciados que os verdes na AlemanhaFoto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger

Sopa de aspargos verdes

Ingredientes (para 4 pessoas)

1 kg de aspargos verdes frescos

2 cebolas

800 ml de caldo vegetal

40 g de manteiga

200 g de creme de leite fresco

1 maço de salsinha

2 colheres (sopa) de suco de limão

sal

pimenta-do-reino

Modo de preparo

Lavar os aspargos, deixar escorrer e cortar as extremidades inferiores, mais duras. Descascar apenas o terço inferior. Picar os aspargos em pedaços de 3 centímetros. Descascar e picar bem a cebola. Lavar e picar a salsinha. Colocar a manteiga numa panela e refogar a cebola e os aspargos.

Acrescentar o caldo vegetal e deixar cozinhar por cerca de 15 minutos. Acrescentar o creme de leite, salsinha e suco de limão. Temperar com sal e pimenta-do-reino a gosto. Dispor a sopa em pratos e polvilhar com mais um pouco de salsinha.

Toda semana a coluna Pitadas traz receitas, curiosidades e segredos da culinária europeia, contados por Luisa Frey, jornalista aspirante a mestre-cuca.

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