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Platini é preso em investigação sobre Copa do Catar

18 de junho de 2019

Ídolo do futebol francês e ex-presidente da Uefa é detido pela polícia francesa, que investiga possível compra de votos pelo país árabe para ter o direito de sediar o Mundial de 2022.

Michel Platini
Foto: picture-alliance/empics/J. Moscrop

O ex-presidente da Uefa Michel Platini foi preso nesta terça-feira (18/06) em Paris, segundo noticia a imprensa francesa, dentro de uma investigação sobre possíveis fraudes na eleição do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.

A lenda do futebol francês, eleita para dirigir a entidade máxima do futebol europeu em 2007, foi detida pela polícia anticorrupção francesa, que está à frente das investigações.

O ex-jogador, que foi presidente da Uefa até 2015, cumpre uma suspensão de quatro anos - que expira em outubro - por violar o código ético da Fifa ao aceitar, em 2011, um pagamento autorizado pelo então presidente da entidade, Joseph Blatter, de aproximadamente 1,8 milhão de euros por trabalhos feitos entre 1998 e 2002.

Além de Platini, foi presa uma antiga conselheira do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Sophie Dion. O ex-secretário-geral do Palácio do Eliseu Claude Guéant prestou depoimento sob o status de "suspeito livre", segundo o jornal Le Monde.

Em 2016, a Promotoria Nacional Financeira abriu uma investigação por suposta corrupção na escolha do Catar para sediar a Copa de 2022, caso no qual o próprio Platini já havia prestado depoimento como testemunha em dezembro de 2017.

A investigação é centrada na reunião ocorrida em novembro de 2010 entre as autoridades do Catar com Sarkozy e Platini, na sede do governo francês, que também contou com a participação de Guéant e Sophie Dion.

O Catar foi acusado de comprar votos na sua candidatura para sediar a Copa do Mundo. Um relatório do investigador independente americano Michael Garcia revelou uma série de transações financeiras suspeitas, muitas ligadas a Sandro Rosell, o ex-presidente do Barcelona que serviu como consultor do Catar.

Platini, três vezes vencedor da Bola de Ouro de melhor jogador do mundo, deveria suceder Blatter como presidente da Fifa em 2016, quando o escândalo de corrupção eclodiu. Ele luta para limpar seu nome desde então.

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