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PMDB oficializa rompimento com o governo Dilma

29 de março de 2016

Partido aprova saída por aclamação e proíbe filiados de ocupar cargos. PMDB era um aliado do PT havia 13 anos, desde o primeiro governo Lula. Decisão eleva chances de um impeachment da presidente.

Dilma Rousseff ao lado do vice-presidente Michel Temer
Dilma Rousseff ao lado do vice-presidente Michel TemerFoto: picture-alliance/dpa/F. Bizerra

O PMDB anunciou nesta terça-feira (29/03) o rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff. Com a decisão, os seis ministros que o PMDB ainda tem no governo devem renunciar ao cargo, sob o risco de serem punidos se não o fizerem.

A moção que selou a saída do PMDB foi aprovada por aclamação, numa reunião que durou menos de cinco minutos em Brasília e que foi conduzida pelo senador Romero Jucá, um dos vice-presidentes do partido. Integrantes que participaram do encontro gritaram "Brasil pra frente, Temer presidente".

A decisão diminuiu as chances de a presidente conseguir impedir o seu impeachment. Se o afastamento de Dilma for aprovado pelo Congresso, o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, assume a Presidência.

Temer não participou do encontro, bem como o presidente do Senado, Renan Calheiros, também do PMDB. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esteve presente. Ele disse que o partido demorou demais para tomar a decisão.

Nesta segunda-feira, o peemedebista Henrique Alves se antecipou à decisão do partido e anunciou sua renúncia ao Ministério do Turismo. Ainda estão com o PMDB os ministérios de Minas e Energia, da Saúde, da Agricultura, dos Portos, da Aviação Civil e da Ciência e Tecnologia.

Desde 1985, o PMDB participou de todos os governos e era um aliado do PT desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após o anúncio, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que a saída do PMDB significa o fim do governo Dilma. "É o último prego no caixão", disse.

AS/efe/dpa/rtr/afp

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