Pedro Barros após a prata: "Podemos fazer um Brasil melhor"
5 de agosto de 2021
Após dar ao Brasil sua terceira medalha olímpica no skate, catarinense afirma que o esporte pode servir de exemplo para o povo brasileiro: "A gente pode cair várias vezes, mas a missão é ver um amanhã melhor."
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O brasileiro Pedro Barros conquistou a prata no skate park nesta quinta-feira (05/08), a terceira medalha para o skate brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, nos quais o esporte estreou como modalidade olímpica.
O skatista de 26 anos garantiu a segunda posição com a nota de 86,14 pontos. O ouro ficou com o australiano Keegan Palmer, com 95,83, e o bronze com o americano Cory Juneau, que fechou com a nota de 84,13.
Além de Pedro Barros, o Brasil foi representado no último dia de competições do skate por Luiz Francisco e Pedro Quintas, que haviam sido o líder e o terceiro colocado nas eliminatórias, respectivamente, e terminaram na quarta e oitava posições entre oito participantes.
Considerado uma lenda do skate, Pedro Barros, de Florianópolis, despontou em 2008 ao conquistar o primeiro título de X-Games (o equivalente aos Jogos Olímpicos para esportes extremos) logo na estreia, aos 13 anos de idade, no vertical amador. No ano seguinte, ele conquistou o bronze, e hoje coleciona dez medalhas em X-Games em nível profissional, seis delas de ouro.
Após as inéditas conquistas olímpicas para o Brasil no skate, com as pratas de Rayssa Leal, de apenas 13 anos, e Kelvin Hoefler na categoria street, Pedro Barros celebrou mais um feito histórico brasileiro.
"É um sentimento incrível poder viver esta história. É algo quase de conto de fadas. Todos esses esportistas competindo, mas ao mesmo tempo torcendo uns pelos outros, querendo o melhor uns dos outros, se abraçando. Acho que é algo de que o mundo precisa. O skate deu um exemplo”, disse o catarinense, citado pela agência de notícias AFP.
"A gente vem lutando por isso a vida inteira, sempre rodeado de pessoas maravilhosas que lutaram muito para fazer minha vida melhor. Essa história do park, nas olimpíadas, minha história, é só um exemplo para o povo brasileiro de que está na nossa mão. Podemos fazer do nosso país um lugar melhor através do amor e do respeito. A gente pode cair várias vezes no chão, mas a missão é ver um amanhã melhor", declarou ao canal SporTV 2 após a final.
Agora, o Brasil soma 16 medalhas em Tóquio e pode ultrapassar o recorde de 19 pódios conquistados no Rio, em 2016. Ao menos outras três medalhas de prata já estão garantidas: uma no futebol, já que a seleção masculina se classificou para a final, e outras duas no boxe, com Herbert Conceição e Beatriz Ferreira também disputando finais. A seleção masculina de vôlei perdeu a semifinal para o Comitê Olímpico Russo nesta quinta-feira e agora irá disputar o bronze.
lf (AFP, Efe, Agência Brasil, ots)
As mascotes dos Jogos Olímpicos
Os Jogos tiveram mascotes a partir de 1972, em Munique. Animais e figuras reais ou fantasiosas representam cada edição e motivam atletas e espectadores.
Foto: kyodo/dpa/picture alliance
Munique 1972: cão-salsicha Waldi
A primeira mascote da história dos Jogos Olímpicos foi o dachshund (cão-salsicha) Waldi. O famoso designer alemão Otl Aicher, que o concebeu para Munique 1972, escolheu esta raça canina porque ela se caracteriza pela resistência, tenacidade e agilidade, atributos importantes dos atletas.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel
Montreal 1976: o castor Amik
O castor preto Amik representa, para os canadenses, trabalho árduo. O nome significa castor na língua algonquin, a mais difundida entre os indígenas canadenses. A escolha pelo animal, nativo do Canadá, se deveu a características importantes para um atleta: paciência e trabalho duro para construir as barragens onde vive.
Foto: Sven Simon/imago
Moscou 1980: o urso Misha
Em 1980, os Jogos em Moscou tiveram o animal nacional da Rússia como mascote. Ele foi concebido pelo caricaturista e ilustrador de livros infantis russo Viktor Chizhikov, que alcançou fama internacional com Misha. A imagem da mascote chorando na cerimônia de encerramento emocionou o mundo.
Foto: Sven Simon/imago
Los Angeles 1984: a águia Sam
Outro animal símbolo nacional: a águia Sam. Idealizado pelo desenhista Robert Moore, dos estúdios Disney, o animal tinha um chapéu cartola e gravata borboleta nas cores da bandeira dos Estados Unidos.
Foto: Tony Duffy/Getty Images
Seul 1988: o tigre Hodori
Nos Jogos na capital da Coreia do Sul, o escolhido foi o tigre Hodori, um animal enraizado na cultura e mitologia coreanas, e que representa vigor e espírito de luta. Em sua cabeça, a mascote usa um sangmo, chapéu típico de músicos populares sul-coreanos. Seu criador foi Kim Hyun. O nome é uma mistura de horangi, que significa tigre, e dori, diminutivo de garoto.
Foto: Sven Simon/imago
Barcelona 1992: o cão pastor Cobi
A mascote espanhola idealizada pelo designer Javier Mariscal no estilo do cubismo foi uma homenagem ao pintor espanhol Pablo Picasso. O nome vem do comitê organizador dos Jogos de Barcelona.
Foto: Pressefoto Baumann/imago
Atlanta 1996: Izzy
Izzy foi a primeira mascote olímpica que não representava um animal típico do país. O designer americano John Ryan criou uma criatura puramente imaginária. O difícil era dizer do que se tratava, tanto que o nome é uma abreviação de "Whatizit", forma informal da pergunta "What’s it?" (O que é isso?, em inglês).
Foto: Michel Gangne/AFP/Getty Images
Sydney 2000: Olly, Syd e Millie
Pela primeira vez, os Jogos tiveram três mascotes numa edição. Criadas pelo designer Matthew Harton, elas representam animais nativos australianos. Olly, cujo nome vem de Olimpíada, é um pássaro kookaburra; Syd, versão reduzida de Sydney, é um ornitorrinco; e Millie, batizada em homenagem ao novo milênio, é um equidna, espécie de porco-espinho.
Foto: Arne Dedert/dpa/picture-alliance
Atenas 2004: Athena e Phevos
As mascotes dos Jogos Olímpicos de Atenas foram uma homenagem à mitologia grega. Athena e Phevos receberam os nomes de irmãos do Olimpo. Athena era a deusa da sabedoria e deu o nome à cidade onde se realizaram os Jogos. Phevos era o outro nome de Apolo, deus da luz e da música. A inspiração para o desenho, feito por S. Gogos, foi uma "aitala", boneca de terracota encontrada em escavações.
Foto: Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Image
Pequim 2008: Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini
Os Jogos na capital chinesa tiveram cinco mascotes, cada um numa cor dos anéis olímpicos: Beibei, um peixe; Jingjing, um panda; Huanhuan, o fogo olímpico; Yingying, um antílope tibetano; e Nini, uma andorinha. Os nomes foram derivados de "Beijing huanying ni", que significa "Pequim lhe dá as boas-vindas".
Foto: Kazuhiro Nogi/AFP/Getty Images
Londres 2012: Wenlock e Mandeville
Wenlock e Madeville – esta última mascote dos Jogos Paralímpicos – lembram gotas de aço. Elas têm na cabeça um escudo laranja que lembra os sinais luminosos sobre os táxis ingleses. O olho, uma câmera, simboliza a era digital. Um nome vem de Much Wenlock, que teria inspirado o Barão de Coubertin a criar os Jogos da Era Moderna, e o outro vem de Stoke Mandeville, berço do Movimento Paralímpico.
Foto: Julian Finney/Getty Images
Rio 2016: Vinícius e Tom
A mascote Vinícius é uma mistura de macaco e gato selvagem e representa a fauna brasileira. Já a mascote paralímpica Tom combina várias plantas e representa a flora brasileira. Os nomes foram inspirados em Vinícius de Moraes e Tom Jobim.
Foto: Sebastiao Moreira/dpa/picture alliance
Tóquio 2020: Miraitowa e Someity
Miraitowa significa "futuro" (mirai) e "eternidade" (towa), em japonês. O projeto do artista Ryo Taniguchi foi escolhido por estudantes japoneses e combina futurismo com o tradicional estilo mangá. Já Someity, mascote dos Jogos Paralímpicos, mistura o termo "Someiyoshino", um tipo popular de flor de cerejeira, e a expressão "so mighty" (tão poderoso, em inglês).
Foto: picture-alliance/Kyodo/Maxppp
Paris 2024: os barretes Les Phryges
As mascotes dos Jogos de Paris também vêm em dupla: Les Phryges, em versão olímpica e paralímpica. Sua forma é inspirada no barrete frígio, "uma peça de vestuário que é um simbolo de liberdade, tem sido parte de nossa história há séculos e data a tempos remotos", "um símbolo de revoluções" e onipresente na França, explica o website do evento.