Polícia alemã age contra manifestantes que ocupam floresta
5 de setembro de 2018
Grupo de ambientalistas mantém acampamento na floresta de Hambach há anos, em protesto contra planos de expandir uma das maiores minas de carvão a céu aberto do país.
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Centenas de policiais participaram de uma operação nesta quarta-feira (05/09) na floresta de Hambach, no oeste da Alemanha, ocupada pore dezenas de manifestantes em protesto contra a expansão de uma mina de carvão nas proximidades.
A floresta, localizada entre as cidades de Aachen e Colônia, já abriga uma das maiores minas de carvão a céu aberto do país. A empresa de energia RWE, proprietária do terreno, planeja remover 100 hectares de floresta para permitir a mineração de linhito, tipo de carvão considerado um dos combustíveis fósseis mais poluentes.
Entretanto, o projeto foi interrompido em diversas ocasiões pela ação dos ativistas. O local é considerado um símbolo de resistência contra à mineração de carvão.
Segundo a polícia, os agentes buscaram objetos perigosos e também tinham como objetivo proteger trabalhadores da RWE que começaram a remover obstáculos da floresta, incluindo troncos e galhos de árvores. A RWE recebeu autorização para iniciar a polêmica remoção dos 100 hectares da floresta em 1º de outubro.
A operação transcorreu, de acordo com a polícia, na maior parte do tempo, pacificamente, apesar das autoridades terem registrado alguns incidentes com os manifestantes. Três pessoas foram detidas.
Em uma série de postagens no Twitter, a polícia do estado divulgou imagens de objetos apreendidos no local, incluindo material para construção de barricadas, líquidos inflamáveis e aparentes explosivos.
Os policiais, porém receberam ordens para não vasculhar os cerca de 60 barracos em árvores que os manifestantes ergueram no local, entre os quais, alguns habitados desde 2012. A polícia estima que haja entre 60 e 100 manifestantes acampados no local.
Durante dias, ocorreram alguns atos de violência e ataques a policiais dentro da floresta e nos arredores. Pouco antes da operação, o secretário do Interior da Renânia do Norte-Vestfália, Herbert Reul, alertou que a polícia e os funcionários da RWE estavam lidando com "radicais de esquerda extremamente violentos".
Os ativistas negaram as alegações do secretário e disseram que as autoridades tentam criminalizar o movimento. O grupo que realizava a ocupação vinha sendo reforçado por ativistas que vieram de várias partes da Europa.
Três quartos dos gases estufa são produzidos pela combustão de carvão, petróleo e gás natural; o resto, pela agricultura e desmatamento. Como se podem evitar gases poluentes? Veja dez dicas que qualquer um pode seguir.
Foto: picture-alliance/dpa
Usar menos carvão, petróleo e gás
A maioria dos gases estufa provém das usinas de energia, indústria e transportes. O aquecimento de edifícios é responsável por 6% das emissões globais de gases poluentes. Quem utiliza a energia de forma eficiente e economiza carvão, petróleo e gás também protege o clima.
Foto: picture-alliance/dpa
Produzir a própria energia limpa
Hoje, energia não só vem de usinas termelétricas a carvão, óleo combustível e gás natural. Há alternativas, que atualmente são até mesmo mais econômicas. É possível produzir a própria energia e, muitas vezes, mais do que se consome. Os telhados oferecem bastante espaço para painéis solares, uma tecnologia que já está estabelecida.
Foto: Mobisol
Apoiar boas ideias
Cada vez mais municípios, empresas e cooperativas investem em fontes energéticas renováveis e vendem energia limpa. Este parque solar está situado em Saerbeck, município alemão de 7,2 mil habitantes que produz mais energia do que consome. Na foto, a visita de uma delegação americana à cidade.
Foto: Gemeinde Saerbeck/Ulrich Gunka
Não apoiar empresas poluentes
Um número cada vez maior de cidadãos, companhias de seguro, universidades e cidades evita aplicar seu dinheiro em companhias de combustíveis fósseis. Na Alemanha, Münster é a primeira cidade a aderir ao chamado movimento de desinvestimento. Em nível mundial, essa iniciativa abrange dezenas de cidades. Esse movimento global é dinâmico – todos podem participar.
Foto: 350.org/Linda Choritz
Andar de bicicleta, ônibus e trem
Bicicletas, ônibus e trem economizam bastante CO2. Em comparação com o carro, um ônibus é cinco vezes mais ecológico, e um trem elétrico, até 15 vezes mais. Em Amsterdã, a maior parte da população usa a bicicleta. Por meio de largas ciclovias, a prefeitura da cidade garante o bom funcionamento desse sistema.
Foto: DW/G. Rueter
Melhor não voar
Viajar de avião é extremamente prejudicial ao clima. Os fatos demonstram o dilema: para atender às metas climáticas, cada habitante do planeta deveria produzir, em média, no máximo 5,9 toneladas de CO2 anualmente. No entanto, uma viagem de ida e volta entre Berlim e Nova York ocasiona, por passageiro, já 6,5 toneladas de CO2.
Foto: Getty Images/AFP/P. Huguen
Comer menos carne
Para o clima, também a agricultura é um problema. No plantio do arroz ou nos estômagos de bois, vacas, cabras e ovelhas é produzido o gás metano, que é muito prejudicial ao clima. A criação de gado e o aumento mundial de consumo de carne são críticos também devido à crescente demanda de soja para ração animal. Esse cultivo ocasiona o desmatamento de florestas tropicais.
Foto: Getty Images/J. Sullivan
Comprar alimentos orgânicos
O óxido nitroso é particularmente prejudicial ao clima. Sua contribuição para o efeito estufa global gira em torno de 6%. Ele é produzido em usinas de energia e motores, mas principalmente também através do uso de fertilizantes artificiais no agronegócio. Esse tipo de fertilizante é proibido na agricultura ecológica e, por isso, emite-se menos óxido nitroso, o que ajuda a proteger o clima.
Foto: imago/R. Lueger
Sustentabilidade na construção e no consumo
Na produção de aço e cimento emite-se muito CO2, em contrapartida, ele é retirado da atmosfera no processo de crescimento das plantas. A escolha consciente de materiais de construção ajuda o clima. O mesmo vale para o consumo em geral. Para uma massagem, não se precisa de combustível fóssil, mas para copos plásticos, que todo dia acabam no lixo, necessita-se uma grande quantidade dele.
Foto: Oliver Ristau
Assumir responsabilidades
Como evitar gases estufa, para que, em todo mundo, as crianças e os filhos que elas virão a ter possam viver bem sem uma catástrofe do clima? Esses estudantes estão fascinados com a energia mais limpa e veem uma chance para o seu futuro. Todos podem ajudar para que isso possa acontecer.