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Criminalidade

Polícia alemã lança megaoperação contra rede de prostituição

18 de abril de 2018

Maior ação contra o crime organizado já realizada na Alemanha mira suspeitos de traficar mulheres e transsexuais da Tailândia, forçando-os a pagar com serviços sexuais por vistos falsos. Mais de cem pessoas são detidas.

Operação policial contra o tráfico de pessoas ocorreu em 12 dos 16 estados federativos alemães
Operação policial contra o tráfico de pessoas ocorreu em 12 dos 16 estados federativos alemãesFoto: picture-alliance/dpa/A. Vogel

Forças de segurança alemãs realizaram na madrugada desta quarta-feira (18/04) a maior operação da história da corporação, tendo como foco crime organizado, mais especificamente tráfico de pessoas e prostituição forçada.

A operação visava principalmente as redes de traficantes e os criminosos envolvidos no tráfico, prostituição forçada e exploração de mulheres e transsexuais da Tailândia, trazidos ilegalmente para o país.

Leia também: O lado ruim da lei alemã de proteção a profissionais do sexo

Os alvos principais da polícia eram 17 suspeitos de liderarem o esquema. As ações foram realizadas em 12 dos 16 estados federativos alemães, sendo que 17 ocorreram na Renânia do Norte-Vestfália; dez, em Hesse; nove, na Baixa Saxônia; e outras nove, em Baden-Württemberg.

As batidas em 62 locais de prostituição, residências e escritórios envolveram cerca de 1,5 mil policiais, incluindo a unidade contraterrorista GSG9.

Mais de cem suspeitos foram detidos provisoriamente, e sete mandados de prisão foram executados. Entre os principais suspeitos detidos na operação estavam uma tailandesa de 59 anos e seu companheiro, um alemão de 62.

O casal, preso com diversas outras pessoas na cidade de Siegen, no oeste do país, é suspeito de integrar uma rede de tráfico de mulheres e transsexuais da Tailândia, que entraram no país com vistos falsos.

Em nota, a polícia informou que os criminosos cobravam entre 16 mil e 30 mil euros pelos vistos de entrada no país e forçavam as pessoas a pagarem suas dívidas através de serviços sexuais. Centenas de pessoas nessas condições eram movidas de um local para outro para evitar suspeitas.

O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, disse se tratar de uma operação sem precedentes. "Várias centenas de homens e mulheres estavam durante anos à mercê da ganância desumana e sem limites dos traficantes", afirmou.

RC/dpa/afp

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