Polícia oferece €500 mil de recompensa por joias roubadas
28 de novembro de 2019
Autoridades querem informações para solucionar o caso e recuperar peças que foram levadas de museu em Dresden. Quatros suspeitos teriam participado de roubo.
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A polícia alemã ofereceu nesta quinta-feira (28/11) uma recompensa de 500 mil euros por informações que levem à recuperação das joias do século 18 roubadas no museu Grünes Gewölbe (Abóbada Verde), no Palácio Real em Dresden, e à prisão dos ladrões.
Em comunicado, a polícia e a promotoria disseram que não deixarão "pedra sobre pedra para resolver o caso". Atualmente, 40 investigadores trabalham no caso. As autoridades procuram por quatro suspeitos.
Um grande broche de diamante e uma dragona de diamantes estão entre os objetos roubados do museu na segunda-feira. O tesouro pertencia ao príncipe da Saxônia Augusto, o Forte (1670-1733). Os três conjuntos de joias barrocas levados compunham-se de dezenas de gemas. A imprensa alemã relatou que o valor dos artefatos roubados seria em torno de 1 bilhão de euros.
A valiosa coleção de arte de Dresden
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Imagens das câmeras de segurança mostraram o momento no qual um dos suspeitos arrebenta a vitrine onde estavam as joias com um machado.
Além de um carro queimado, que foi utilizado na fuga, a polícia ainda não possui nenhuma pista significativa sobre os ladrões. Ao todo, as autoridades receberam 342 possíveis pistas da população, incluindo fotografias e vídeos.
As autoridades de Dresden estão também em contato com a polícia Berlim para investigar possíveis ligações com o roubo de uma moeda de ouro de cem quilos com a imagem da rainha Elizabeth 2°, conhecida como "Big Maple Leaf", que ocorreu no Museu Bode, em 2017. Quatro suspeitos, ligado a um clã libanês, foram presos na época.
O roubo em Dresden ocorreu na segunda-feira de madrugada. O museu possui uma das maiores coleções de tesouros barrocos na Europa e abriga em torno de 4 mil objetos de alto valor feitos de ouro, prata, pedras preciosas e marfim, entre outros materiais valiosos.
A polícia foi alertada por volta das 5 horas da manhã. Os ladrões entraram no local por uma janela após cortarem uma grade e quebrarem o vidro.
É possível que o abastecimento de energia elétrica do museu tenha sido sabotado antes da invasão ao local. Segundo a empresa de energia, um incêndio numa caixa de junção provocou uma interrupção no abastecimento elétrico da região. As luzes das ruas ficaram apagadas no momento do crime, o que prejudicou a iluminação em frente à janela utilizada pelos criminosos para entrar no local. A ligação entre a pane e o roubo ainda está sendo investigada.
Os mais espetaculares roubos de obras de arte da história
Armados, disfarçados de policiais ou de turistas, ladrões entraram para a história ao roubar valiosas pinturas e objetos de museus – da "Mona Lisa" a uma moeda de ouro de 100 quilos.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Van Weel
Quando o sorriso de Mona Lisa desapareceu
Em 1911, o retrato feminino mais famoso do mundo – "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci – foi roubado. Um jovem italiano, Vincenzo Peruggia, furtou a imagem do Louvre depois de se vestir como um empregado do museu parisiense e esconder a obra debaixo do casaco. A pintura reapareceu em 1913, após um comerciante de arte denunciar Peruggia à polícia.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
A pintura mais roubada
O retrato de "Jacques 3º de Gheyn", de Rembrandt, foi roubado quatro vezes da Dulwich Picture Gallery, no Reino Unido, em 1966, 1973, 1981 e 1986. Por isso, a pintura também é conhecida como "o Rembrandt para viagem". Também após o último roubo, a obra de arte felizmente foi recuperada.
Foto: picture-alliance/akg-images
Misterioso roubo em Boston
Em 1990, o roubo de 13 pinturas do Museu Isabella Steward Gardner, em Boston, nos EUA, atraiu a atenção internacional. Dois homens disfarçados de policiais invadiram o prédio e roubaram, entre outras obras de arte, "Chez Tortoni", de Édouard Manet, e "O Concerto" (foto), de Jan Vermeer. Até hoje, as molduras, sem os quadros, permanecem penduradas no local.
Foto: Gemeinfrei
O roubo espetacular de pinturas de Van Gogh
Em 1991, sem ser notado, um homem se fechou num banheiro do Museu Van Gogh, em Amsterdã, e roubou 20 pinturas com a ajuda de um supervisor. Entre elas, estavam o "Autorretrato diante do cavalete" (foto). No entanto, a polícia conseguiu recuperar as obras roubadas apenas uma hora depois, no veículo usado na fuga. Depois de alguns meses, os ladrões foram presos.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Van Weel
"Virgem do fuso" desaparecida
A pintura de Leonardo da Vinci, avaliada em até 70 milhões de euros, foi roubada em 2003 de um castelo na Escócia. Dois ladrões, que entraram na exposição como turistas, dominaram o guarda do Castelo de Drumlanrig e fugiram com a obra. A imagem ficou desaparecida por quatro anos. Somente em 2007 ela foi recuperada após uma batida policial realizada em Glasgow.
Foto: picture-alliance/dpa
Roubo armado no Museu Munch
Em 2004, "O grito" e "Madonna", do expressionista Edvard Munch, foram roubadas em Oslo. Dois criminosos armados invadiram o Museu Munch e furtaram as obras diante de várias testemunhas. Durante uma busca, a polícia recuperou as duas pinturas. Porém, o estado de "O grito" era tão ruim que o quadro não pôde ser totalmente restaurado.
Foto: picture-alliance/dpa/Munch Museum Oslo
Roubo milionário na Suíça
Em 2008, ladrões armados roubaram quatro pinturas no valor de 180 milhões de francos suíços do museu privado Fundação Coleção Emil G. Bührle, em Zurique: "Rapaz de colete vermelho", de Paul Cézanne; "Conde Lepic e suas filhas", de Edgar Degas; "Amendoeira em flor", de Vincent Van Gogh; e "Campo de papoulas perto de Vétheuil" (foto), de Claude Monet. Todos foram recuperados.
Foto: picture-alliance/akg-images
Moeda de ouro de 100 quilos em Berlim
Em março de 2017, uma moeda de ouro de 100 quilos, com valor nominal de 1 milhão de dólares, foi roubada do Museu Bode, em Berlim. Os ladrões provavelmente usaram uma escada para entrar no edifício. A moeda, chamada de "Big Maple Leaf", é originária do Canadá, tem 53 centímetros de diâmetro e três centímetros de espessura. Na parte frontal, ela traz o retrato da rainha Elizabeth 2ª.
Foto: picture-alliance/dpa/F.May
2019: Roubo na Abóbada Verde em Dresden
Três conjuntos de joias foram roubados no museu Grünes Gewölbe (Abóbada Verde), no Palácio Real em Dresden, em 25 de novembro de 2019. Investigações iniciais apuraram que os ladrões entraram por uma janela e quebraram as vitrines, como mostra um vídeo.