Polícia alemã prende sírio suspeito de planejar atentado
10 de outubro de 2016
Jaber al-Bakr estava foragido há quase dois dias, depois de policiais invadirem apartamento dele, em Chemnitz, e encontrarem grande quantidade de explosivos. Ele foi entregue por compatriota, que o manteve amarrado.
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A polícia alemã deteve na madrugada desta segunda-feira (10/10), em Leipzig, o cidadão sírio Jaber al-Bakr, acusado de planejar um ataque terrorista na Alemanha, encerrando com êxito quase 48 horas de perseguição.
O jovem de 22 anos estava foragido desde o sábado, quando forças de segurança, alertadas pelo serviço de inteligência, executaram uma operação de busca e localizaram explosivos no apartamento onde Bakr vivia, na cidade de Chemnitz, que, assim como Leipzig, fica no estado da Saxônia.
O suspeito fugiu do local pouco antes da chegada dos policiais, que chegaram a dar um tiro de alerta. Desde então, as autoridades elevaram os controles de segurança em todo o país, especialmente em aeroportos e estações de trem, e divulgaram o retrato de Bakr na televisão, pedindo que a população ajudasse a localizá-lo.
Segundo a emissora ARD, Bakr pediu a um compatriota, na estação de trem de Leipzig, para pernoitar na residência dele. Ele disse que sim. Depois de descobrir quem Bakr era, ele avisou a polícia e o manteve amarrado até a chegada dos policiais.
O jovem de 22 anos é suspeito de planejar um atentado terrorista e de ter ligações com organizações do terrorismo islâmico. O explosivo encontrado no apartamento dele reforça essa tese, pois trata-se de peróxido de acetona (TATP), o mesmo usado pelos terroristas dos recentes ataques em Paris e Bruxelas.
O explosivo foi destruído nas proximidades do apartamento, por meio de explosões controladas, pois especialistas o consideraram muito perigoso para o transporte.
Ao longo do fim de semana, a polícia da Saxônia prendeu quatro pessoas ligadas a Bakr. Uma delas está em prisão preventiva. Trata-se da pessoa, também um sírio, que alugou o apartamento onde Bakr vivia.
Segundo o site Spiegel Online, Bakr chegou à Alemanha em 18 de fevereiro de 2015, entrando pela Baviera em meio à onda de refugiados, e duas semanas depois pediu oficialmente refúgio no país. Ele apresentou um passaporte sírio. O pedido foi aceito em meados de junho.
AS/efe/ap/ard
Uma prisão como abrigo para refugiados
Shazia Lutfi, de 19 anos, não praticou nenhum crime. Ela somente fugiu. Seu alojamento agora é um antigo prédio de prisão na Holanda. Fotógrafo Muhammed Muheisen registra vida dos moradores na velha cadeia de Haarlem.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma cama, duas cadeiras, um teclado
Eles vêm do Afeganistão: Hamed Karmi (27) e sua esposa Farishta Morahami (25) se instalaram em "sua cela" na cidade holandesa de Haarlem. Enquanto ele faz música no teclado, ela escuta. Nenhuma guerra. Será que eles poderão permanecer na Europa?
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Pouca luz natural
Aqui se tem uma visão geral da prisão De Koepel em Haarlem. Ali estão abrigados centenas de refugiados. Um deles é Reda Ehsan (25), do Irã. Ele faz uma pausa sobre uma mesa no pátio – e pode ver seu novo lar a partir de outra perspectiva.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma prisão permanece uma prisão
Mesmo que o edifício seja tombado e as pessoas recebam bons cuidados: uma prisão continua a ser uma prisão. Isso é o que esta imagem documenta. A foto mostra ainda Mohammed Ben Salem (36, esq.) da Argélia e Amine Oshi (22) da Líbia numa pausa para fumar.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Chá no corredor
Em frente à porta de sua cela, Siratullah Hayatullah, do Afeganistão, prefere o chá ao café. Podem-se imaginar cantos mais acolhedores, mas ao menos pela expressão de seu rosto, o jovem de 23 anos parece estar contente com o lugar que escolheu para tomar uma xícara da bebida.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alojamento para solteiras
Mulheres solteiras estão alojadas numa ala separada. Por essa janela, o fotógrafo Muheisen descobriu uma mulher da Somália. Ijaawa Mohamed tem 41 anos e está diante, como muitos outros, de um futuro incerto. Ela deixou para trás a violência em seu país.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Microcosmo da crise
A antiga prisão na Holanda é um microcosmo do que na Europa se chama "crise migratória". Ali estão alojadas pessoas de regiões de crise em todo o mundo. Yassir Hajji (24) e sua esposa Gerbia (18) vêm do Iraque. Gerbia não vai ao cabeleireiro nem ao salão de beleza. Suas sobrancelhas são tratadas por seu marido.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma espécie de lavanderia
Os refugiados vivenciam aqui novamente um mundo em ordem. Sem guerra, sem caos, sem confusão, mas justamente o contrário: muitos nunca puderam usar uma lavanderia como essa em seus países.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alívio e medo
Este jovem não quer dizer seu nome nem mostrar seu rosto. A razão poderia estar na sua homossexualidade. Mas sabemos que ele vem do Marrocos.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Rezar ajuda
Fatima Hussein, de 65 anos, é uma das refugiadas mais idosas que o fotógrafo Muhammed Muheisen conheceu em Haarlem. Hussein permitiu que ele desse uma olhada em sua cela e até mesmo a fotografasse enquanto rezava. Ela também vem do Iraque.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Passe livre
Naaran Baatar (40), da Mongólia, também veio para Haarlem. Ele joga basquetebol no pátio externo. Os gestores e administradores de abrigos como esse tentam fazer com que as pessoas se acostumem com uma vida em liberdade. Isso se elas puderem ficar e não forem deportadas.