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Polícia apura incêndio que paralisou trens na Alemanha

8 de setembro de 2023

Autoridades acreditam tratar-se de um ato político. Grupo de extrema-esquerda reivindicou autoria em carta anônima. Várias linhas com saída e chegada em Hambugo foram canceladas e outras transferidas.

Fila de pessoas com mochilas em uma estação
Passageiros formaram longas filas em Hamburgo em busca de informaçõesFoto: Paul Zinken/dpa/picture alliance

A polícia alemã apura se o incêndio que atingiu o corredor ferroviário que liga Berlim e Hamburgo, no norte da Alemanha, teve motivação política. O fogo foi deflagrado na madrugada desta sexta-feira (08/09). Para os investigadores, o ataque foi intencional.

Os autores do crime incendiaram três pontos por onde passam cabos elétricos da rede ferroviária em Hamburgo, o que comprometeu a operação dos trens de passageiros. Os focos foram detectados entre 2h30 e 3h40 (horário local). Os investigadores procuram por testemunhas que possam contribuir para elucidar o caso.

De acordo com a Deutsche Bahn (DB), empresa ferroviária estatal, tanto as linhas de trens regionais quanto as de trens rápidos foram afetadas pelo ataque. Ao todo, 11 viagens foram canceladas e 19 foram remanejadas para outros itinerários, o que provocou atrasos de até uma hora.

Parte das conexões de longa distância foram desviadas para estações em Hannover, a cerca de 150 quilômetros de distância de Hamburgo. A chegada ao porto de Rostock, no Mar Báltico, foi interditada. Outros trechos que seguem para o leste e o sul da Alemanha também foram prejudicados.

"Nossa equipe no local está trabalhando intensamente para corrigir a interrupção. Espera-se que a falha seja reparada até o final da tarde", informou a DB. A recomendação é que os passageiros verifiquem as conexões antes de embarcar.

Previsão é de que linhas sejam afetadas até a manhã de sábado (09/09)Foto: Gregor Fischer/dpa/picture alliance

Grupo extremista reivindica ataque

Logo após o ataque, o grupo de extrema-esquerda Indymedia publicou em seu site uma carta anônima em que reivindicava a autoria do ato de vandalismo. Na mensagem, o grupo alega que utilizou gasolina para incendiar a rede de infraestrutura de transporte.

No texto, os autores argumentam que a sabotagem seria um protesto contra a exploração de matérias-primas e a degradação do meio ambiente. Esse trecho seria uma referência à construção da linha férrea "Trem Maya", no México, por uma subsidiária da Deutsche Bahn. Segundo o grupo, a obra prejudica a população indígena que vive na região.

A veracidade e autoria da carta ainda estão sob investigação.

O ataque desta sexta ocorreu um dia depois de um outro episódio semelhante em Munique, no sul do país. Na quinta-feira (07/09), a operação do transporte ferroviário foi interrompida na região depois de danos na rede elétrica. A suspeita é de que um motorista de 25 anos tenha atingido os cabos de uma estação ferroviária em construção enquanto trabalhava em uma escavadeira.

vm/le (AFP, DPA, AP)