Polícia belga mata um suspeito em operação antiterrorismo
15 de março de 2016
Homem foi morto em apartamento ligado a terroristas do EI que planejaram atentados em Paris. Dois suspeitos estão foragidos. Operação conjunta com a França é ligada a atentados de Paris de novembro do ano passado.
Anúncio
Policiais belgas mataram um suspeito em Bruxelas nesta terça-feira (15/03) numa operação antiterrorismo ligada aos ataques terroristas de 13 de novembro do ano passado em Paris. As autoridades estão à procura de outros dois suspeitos.
Uma área no sul da capital belga foi bloqueada pela polícia, que pediu aos moradores que ficassem em casa. Escola e creches próximas ao local do tiroteio foram fechadas, na comuna de Forest, próxima a Molenbeek, onde viviam várias pessoas ligadas aos ataques em Paris.
O prefeito de Forest, Marc-Jean Ghyssels, disse ao jornal Le Soir que duas pessoas barricaram-se num apartamento e atiraram contra os policiais. Quatro agentes de segurança ficaram feridos.
Um porta-voz da polícia disse, em condição de anonimato, que ainda não foi esclarecido se os policiais foram atingidos por balas ou se foram feridos de outra maneira.
Segundo uma fonte policial citada pela agência de notícias AFP, um dos principais suspeitos dos ataques de novembro passado, o foragido Salah Abdeslam, não era o alvo da batida policial desta terça-feira. "A operação teve como alvo pessoas ligadas a um ou vários dos 11 belgas que foram acusados", disse.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, afirmou que unidades da polícia francesa também estavam participando da operação em Bruxelas. Investigadores acreditam que grande parte do planejamento dos ataques de 13 de Novembro, que deixaram 130 mortos, tenha sido realizada na capital belga, por jovens franceses e belgas. Alguns deles teriam lutado na Síria.
O muçulmanos compõem cerca de 5% da população de 11 milhões de habitantes da Bélgica. Trata-se do país europeu com a maior taxa de adesão de cidadãos à militância islâmica na Síria.
LPF/rtr/ap
Homenagem às vítimas de Paris
Duas semanas após os atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa, governo organiza um dia nacional de homenagens às vítimas. Bandeiras, flores e velas foram espalhadas pela cidade.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Dia nacional de homenagem
Bandeiras francesas penduradas nas janelas de um edifício próximo do Palácio dos Inválidos, em Paris. O presidente François Hollande apelou a todos os cidadãos que estampassem a bandeira tricolor em suas janelas nesta sexta-feira (27/11) para prestar homenagem às vítimas dos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Palácio dos Inválidos
Duas semanas após os ataques em Paris, o Hôtel National des Invalides (Palácio dos Inválidos) foi palco da cerimônia oficial em homenagem às vítimas. A construção foi ordenada por Luís 14 em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje é sede de museus e túmulo de personalidades ilustres como Napoleão Bonaparte e Sébastien Vauban.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Marselhesa
A homenagem começou com a chegada do presidente francês, François Hollande, enquanto a Guarda Republicana entoava a Marselhesa, o hino nacional francês. Após os ataques de 13 de novembro, a Marselhesa foi cantada por cidadãos de toda a Europa, como hino de resistência contra a ameaça do terrorismo.
Foto: Getty Images/AFP/P. Wojazer
Políticos
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ao lado de Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês entre 2007 e 2012 e líder do partido Os Republicanos. Sarkozy perdeu a última eleição para o socialista François Hollande e, ao que tudo indica, pretende disputar novamente as eleições presidenciais em 2017.
Foto: Reuters/C. Platiau
Frente Nacional
Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional (FN), também esteve presente na cerimônia. Ela, que também será candidata à presidência em 2017, foi a primeira dos líderes populistas e de extrema direita da Europa a pedir o "fim imediato de toda a admissão de imigrantes na França".
Foto: Reuters/C. Platiau
Promessa solene
Em discurso durante a cerimônia, François Hollande disse que aqueles que realizaram os ataques em Paris atuam em nome de uma "causa insana e traem o seu Deus". Hollande fez ainda a "promessa solene" de destruir o grupo "Estado Islâmico", autor dos ataques, descrevendo-o como um "exército de fanáticos".
Foto: Reuters/P. Wojazer
Feridos presentes
Mais de 2 mil pessoas acompanharam a cerimônia no Palácio dos Inválidos. Entre os convidados havia algumas das 350 pessoas que foram feridas nos ataques, parte delas em cadeiras de rodas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Flores no Bataclan
Flores e bandeiras foram colocadas na frente da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas por terroristas. Homenagens também foram prestadas nos outros locais dos ataques: o restaurante Le Petit Cambodge, o bar Le Carrilon, a pizzaria Casa Nostra e o bar Belle Equipe.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Bandeira de roupas
Camisetas e casacos nas cores da bandeira francesa enfeitam uma sacada em em Paris. Com o estado de emergência declarado no país, não foram permitidas grandes manifestações de repúdio aos atentados, como aconteceu após os ataques de janeiro. Aos franceses foi pedido que se solidarizassem de suas próprias casas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Memorial improvisado
Franceses se reúnem em frente a um memorial improvisado na Place de la Republique.
Foto: Getty Images/AFP/T. Samson
Patriotismo
Homem segura bandeiras francesas perto da estátua na Place de la Republique.