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Polícia busca dois novos suspeitos dos ataques em Paris

5 de dezembro de 2015

Três semanas após os atentados, investigadores franceses e belgas estão à procura de duas outras pessoas que teriam estado na Hungria com Salah Adeslam, suspeito de envolvimento no 13 de Novembro.

Policial patrulha praça em BruxelasFoto: Reuters/Y. Herman

O Ministério Público em Bruxelas informou nesta sexta-feira (04/12) que duas pessoas teriam estado na Hungria com o belga Salah Abdeslam, suspeito de envolvimento nos atentados em Paris, dois meses antes dos ataques de 13 de Novembro.

"Eles são perigosos e estão possivelmente armados", afirmou a polícia belga. Em 9 de setembro, os dois homens com passaportes falsos passaram pelo controle na fronteira austro-húngaro junto a Abdeslam, que se encontra atualmente foragido.

As investigações da série de atentados indicaram que Abdeslam esteve duas vezes na Hungria em setembro. Fontes das investigações em Paris afirmaram que o carro alugado por Abdeslam foi rastreado no dia 17 de setembro na Hungria. Segundo o Ministério do Interior austríaco, ao passar por um controle em 9 de setembro, lke afirmou que queria passar uma semana de férias na Áustria, podendo então continuar a viagem com seus acompanhantes.

Ainda não se conhece a verdadeira identidade dos dois suspeitos. Segundo as autoridades, eles teriam apresentado passaportes belgas falsos sob o nome de Samir Bouzid e Soufiane Kayal.

Salah Abdeslam é procurado internacionalmenteFoto: picture-alliance/dpa/French Ministry Of The Interior

A identidade falsa de Kayal foi usada para alugar uma casa, onde foram feitas buscas em conexão com os atentados em Paris. Bouzid, por sua vez, usou esse nome para enviar 750 euros para a prima de Abdelhamid Abaaoud, o suposto mentor dos ataques na capital francesa. Assim como Abaaoud, a sua prima Hasna Aitboulahcen morreu durante a ação da polícia no subúrbio parisiense de Saint-Denis.

As autoridades húngaras informaram nesta quinta-feira que um dos "principais organizadores" dos atentados de Paris – em alusão aparente a Abdeslam – teria recrutado uma "equipe" entre os refugiados na estação ferroviária de Budapeste.

Até a Hungria fechar completamente suas fronteiras com a Sérvia, em 15 de setembro, milhares de refugiados e migrantes esperaram a continuação de sua viagem na estação ferroviária de Budapeste. Atualmente, o governo de direita do primeiro-ministro Viktor Orbán empreende uma campanha midiática contra o acolhimento de refugiados, alertando também para a elevada "ameaça terrorista" por meio da onda de refugiados.

Além de 130 mortos, na série de atentados praticados na sala de concertos Bataclan, no estádio de futebol Stade de France, como também em diversos cafés e restaurantes, por volta de 350 ficaram feridas. A maioria dos assassinos acionou seus cintos de explosivos, entre eles, um irmão de Abdeslam. Ele deveria ser levado de volta para a Bélgica, onde afirmou para um amigo que "iria mudar de rosto". Apesar dos esforços internacionais de busca, Abdeslam ainda não pôde ser encontrado.

CA/afp/dpa

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