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Polícia de Hamburgo pede reforços durante G20

7 de julho de 2017

Após mais de 160 policiais ficarem feridos, autoridades apelam por ajuda de outros estados alemães para garantir segurança. Mais de 100 mil são esperados no maior protesto contra o evento.

Polícia tem dificuldades para conter diversos protestos em diferentes pontos de Hamburgo
Polícia tem dificuldades para conter diversos protestos em diferentes pontos de HamburgoFoto: picture-alliance/dpa/AP Photo/M. Schreiber

A polícia de Hamburgo teve de pedir reforços nesta sexta-feira (07/07) a departamentos de polícia em outros estados alemães para conter os violentos protestos que ocorrem na cidade em razão da cúpula do G20.

Leia mais: No G20, diferenças já começam pela agenda

A polícia, que já contava com a ajuda de policiais vindos da Áustria, informou que o pedido urgente de reforços foi feito em razão de "um grande número de crimes" ocorridos na cidade.

Nesta sexta-feira, as autoridades lidaram com diversos protestos em diferentes pontos de Hamburgo, incluindo bloqueios de tráfego, dezenas de ataques incendiários contra carros civis e viaturas de polícia, vitrines quebradas e outros danos a propriedades.

Policiais removeram à força mais de 80 manifestantes que ocupavam uma via que possivelmente faria parte do trajeto entre o hotel onde está hospedado o presidente americano, Donald Trump, e o local da cúpula, após não conseguirem dispersá-los com canhões de água.

A comitiva de Trump teve de fazer um trajeto mais longo ao redor da cidade, atrasando a chegada do americano ao local onde a chanceler alemã, Angela Merkel, aguardava para recebê-lo.

Um grupo de 20 manifestantes atacou policiais próximo ao hotel onde estão hospedados o presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Coreia do Sul, Moon Jae-in e o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, teve de cancelar sua participação num evento no centro da cidade por questões de segurança

Um helicóptero da polícia foi alvo de um sinalizador supostamente lançado por manifestantes, que quase o atingiu. No distrito de Altona, uma delegacia de polícia foi atacada enquanto manifestantes arremessavam objetos incendiários a uma estação de trens nas proximidades e ateavam fogo a viaturas policiais.

Diversos carros incendiados foram vistos em diferentes regiões da cidade. Um fotógrafo da agência alemã de notícias DPA afirmou ter visto entre 25 e 30 automóveis queimados em Elbchausee.

Protestos e violência antecedem o G20

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Imagens de televisão mostraram veículos incendiados no distrito de Blankenese. A polícia entrou em confronto com mais de mil manifestantes em píeres às margens do rio Elba e com outros 200 no movimentado cruzamento de Berliner Tor.

O estado de Baden-Württtemberg confirmou o envio de cerca de 200 policiais para reforçar a segurança em Hamburgo. Dos 800 policiais do estado que já se encontravam na cidade, 23 ficaram feridos durante os protestos. As autoridades disseram que mais de 850 policiais de cinco estados alemães estão a caminho.

A principal autoridade de segurança de Hamburgo, Andy Grote, disse que até o momento o número de policiais feridos nos protestos era 160. A polícia confirmou que 45 manifestantes foram presos.

Mas de 100 mil pessoas são aguardadas na principal manifestação contra o G20, marcada para este sábado na praça Deichtorplatz.

Melania isolada

A porta-voz da primeira-dama dos EUA, Melania Trump, disse que ela não pôde deixar o local onde está hospedada porque sua equipe não recebeu o "sinal verde" da polícia alemã. A polícia de Hamburgo não confirmou a informação.

Na parte da manhã, Melania participaria de um tour pela cidade juntamente às esposas e maridos dos líderes internacionais, que incluiu um passeio de barco pela zona portuária.

As preocupações com a segurança resultaram no cancelamento de uma visita do grupo a um centro de pesquisas ambientais, marcado para esta tarde. As esposas e maridos dos líderes acabaram sendo levados para um hotel.

No Twitter, Melania enviou uma mensagem dizendo estar preocupada com os feridos nos protestos. "Espero que todos estejam bem", disse a primeira-dama.

RC/dpa/afp/dw

 

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